Boletim de Serviço Eletrônico em 30/09/2020

 

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em História

Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1H, Sala 1H50 - Bairro Santa Mônica, Uberlândia-MG, CEP 38400-902
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Timbre

Edital PPGHI nº 2/2020

30 de setembro de 2020

Processo nº 23117.057989/2020-73

 

 

EDITAL N. 02/PPGHI/ CREDENCIAMENTO DE DOCENTES

 

O programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia, em conformidade com a Resolução n. 8/2020, que dispõe sobre o novo Regulamento do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia, com a Resolução No. 1/2019, que dispõe sobre procedimentos para credenciamento, enquadramento, habilitação, recredenciamento e descredenciamento de docentes do PPGHI, e com o Documento de Área (História) da CAPES, torna público o processo de credenciamento de docentes, nos termos estabelecidos neste edital.

 

 

1 – DA FINALIDADE

 

Estabelecer condições e abrir processo para credenciamento de docentes para o PPGHI/UFU, em suas três linhas de pesquisa: a) Linguagens, Identidades e Subjetividades; b) Práticas Culturais e relações de Poder; c) Territorialidades, Cultura e Poder. (Detalhamento – Anexo III)

 

2– DAS INSCRIÇÕES E VAGAS

 

2.1 – Por meio do presente Edital ficam abertas as inscrições para o credenciamento de docentes para o PPGHI/UFU.

2.2 – As inscrições para o credenciamento nas linhas que integram o PPGHI estão abertas com as seguintes vagas:

     

      2.2.1 – 1 (uma) vaga para a Linha Linguagens, Identidades e Subjetividades.

      2.2.2 – 1 (uma) vaga para a Linha Práticas Culturais e Relações de Poder.

      2.2.3 – 1 (uma) vaga para a Linha Territorialidades, Cultura e Poder.

 

2.3 – Os candidatos e candidatas às vagas de credenciamento no PPGHI deverão indicar, na ficha  de inscrição, a linha de pesquisa à qual pretendem se vincular.

 

2.4 - As inscrições deverão ser realizadas entre os dias 9 e 10 de outubro, mediante envio da ficha de inscrição preenchida (Anexo I) e dos documentos exigidos no item 2.5 deste edital para o e-mail editaisppghi@inhis.ufu.br

       2.4.1 – O edital, a ficha de inscrição e a tabela de pontuação estão disponíveis no site do PPGHI www.ppghis.inhis.ufu.br

       2.4.2 – A ficha de inscrição, a tabela de pontuação e os documentos devem ser enviados exclusivamente em formato pdf (Portable Document Format) em um único documento.

 

 2.5 – Documentos necessários para a inscrição:

   

     a)Ficha de inscrição preenchida (Anexo I ).

 

     b)Currículo Lattes atualizado

 

     c)Tabela de pontuação da produção do docente devidamente preenchida, correspondente ao período do último quadriênio (2017 a 2020). (Anexo II )

 

    d)Projeto de Pesquisa ou de Extensão sob sua coordenação e comprovação de sua aprovação com financiamento por agência de fomento ou registro junto à UFU (projeto sem financiamento).

 

    e)Plano de trabalho a ser desenvolvido no PPGHI, em que devem constar as seguintes informações: disponibilidade em ministrar disciplina obrigatória e/ou optativa no quadriênio de 2021-2024; disponibilidade de compor comissões (permanentes e/ou provisórias) e colegiado; planejamento e compromisso de publicação de, ao menos, um artigo em periódicos de altos estratos, no quadriênio de 2021-2024, dentre outras produções bibliográficas, conforme classificação vigente no respectivo quadriênio,

 

    f)Comprovantes das informações contidas na tabela preenchida sobre a produção e atuação do docente entre os anos de 2017 e 2020.

 

 

3– DOS REQUISITOS

 

3.1 – Para o credenciamento de docente no PPGHI, os/as candidato/as devem atender aos requisitos previstos no Art. 13º da Resolução No. 1/2019:

     a)Ser proponente individual de projeto de pesquisa e/ou extensão, com ou sem financiamento externo, ao longo do quadriênio que anteceder ao seu pedido de credenciamento. Ressalta-se que os projetos sem financiamento deverão ser registrados na Universidade Federal de Uberlândia.

 

    b)Obter pontuação mínima de 140 pontos, conforme tabela em anexo (Anexo II), obedecendo aos mínimos estabelecidos em produção bibliográfica, produção técnica, orientação e administração. Destaca-se que, para efeito de credenciamento, serão considerados apenas artigos publicados em periódicos que tenham obtido avaliação Qualis A e B.

 

    c)Obter pontuação mínima de 12 pontos na categoria Orientação na graduação,  nos últimos quatro anos, a contar do período de submissão da candidatura, considerando monografia/outros produtos como Trabalho de Conclusão de Curso, iniciação à docência (PIBID), iniciação científica com ou sem bolsa, orientação de projeto de extensão, registrados na Universidade Federal de Uberlândia.

 

4– DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO PARA O CREDENCIAMENTO

 

4.1– A avaliação das solicitações de credenciamento ficará a cargo de uma comissão composta por três integrantes designados pelo Colegiado do PPGHI, obedecendo ao Art. 18 da Resolução No. 8/2020.

4.2 – A comissão foi nomeada com a Portaria PPGHI Nº 9, de 23 de setembro de 2020.

4.3 – A comissão é composta pela coordenadora do Programa de Pós-graduação em História, Profa. Dra. Ana Paula Spini (presidente), pela Profa. Dra. Ana Flávia Cernic Ramos, membro da Comissão de Autoavaliação e Planejamento e pela Profa. Dra. Adriana Romeiro, docente do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais, (PPGH/UFMG)   

4.4 - Na classificação dos/as candidato/as que concorrerem a cada uma das vagas estabelecidas no item 2.2 deste edital a comissão considerará:

 

     4.4.1 - O vínculo do/a docente ao INHIS/UFU;

     4.4.2 - A aderência do projeto de pesquisa apresentado pelo/a candidato/a à Linha de Pesquisa do PPGHI almejada por ele;

     4.4.3 - A pertinência do plano de trabalho apresentado pelo/a candidato/a em relação ao perfil da Linha de Pesquisa do PPGHI almejada por ele/ela;

     4.4.4 - O Currículo Lattes comprovado apresentado pelo/a candidato/a e a consequente pontuação da produção intelectual comprovada, conforme o presente edital e as normas de credenciamento vigentes no Programa;

     4.4.5 - As produções bibliográficas no prelo com publicação prevista para o próximo quadriênio, desde que tal condição esteja devidamente atestada pela editora ou revista correspondente.

     4.4.6 - As recomendações e normativas da CAPES que imponham limites ao credenciamento, em especial aquelas que restrinjam o número de docentes com formação em outra área e que limitem o número de docentes que integrem simultaneamente mais de um programa de pós-graduação.

 

4.5 – No caso de empate na pontuação da produção intelectual comprovada, serão levados em conta, na seguinte ordem de prioridade:

     a)as publicações em Qualis mais alto;

     b)o tempo do docente no INHIS;

     c)as orientações concluídas e em andamento.

 

4.6 – A comissão poderá, durante o período de sua atuação, requerer que o/a candidato/a sane eventuais dúvidas e preste esclarecimentos que forem necessários.

4.7 – O resultado preliminar quanto à classificação dos/as candidatos/as será divulgado no dia 14 de outubro, após as 17 horas.

4.8 – Os credenciamentos resultantes desse processo terão vigência a partir do início do próximo quadriênio, em 2021.

4.9 – Os/as candidatos/as poderão encaminhar recurso contra o resultado do processo de credenciamento até 48 (quarenta e oito) horas após a divulgação do resultado preliminar. O recurso deverá ser encaminhado à Coordenação do PPGHI, via e-mail para editaisppghi@inhis.ufu.br, que o submeterá à apreciação do Colegiado de forma a emitir parecer definitivo, a ser devidamente informado ao/à candidato/a.

4.10 – Os pareceres emitidos acerca das solicitações de credenciamento e o relatório da comissão serão apreciados pelo Colegiado do PPGHI em reunião subsequente à finalização dos trabalhos, de modo a deliberar sobre sua aprovação.

4.11 – Os trabalhos da comissão envolverão, além da elaboração de parecer para cada solicitação e pareceres quanto a possíveis recursos interpostos por candidato/as, a preparação de um relatório das suas atividades, a ser encaminhado ao Colegiado do PPGHI até o dia 19 de outubro.

4.12 – O resultado definitivo quanto à classificação dos/as candidatos/as será divulgado até o dia 20 de outubro, após aprovação e homologação pelo Colegiado.

 

 

 5 - DAS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

 

5.1 - Os credenciamentos resultantes do presente processo terão duração de até 4 (quatro) anos, a depender do planejamento estratégico do Programa para o quadriênio 2021-2024 e considerando o resultado da avaliação do quadriênio 2017-2020.

5.2 - O/a credenciado/a ficará sujeito/a ao Regulamento do PPGHI (Resolução N. 8/2020 do Conselho de Pesquisa e Pós-graduação) e à Resolução do Colegiado do PPGHI de credenciamento, recredenciamento, enquadramento e descredenciamento vigente no quadriênio 2021-2024.

5.3 - Os casos omissos serão decididos pela comissão em seu período de atuação, e pelo Colegiado do PPGHI, findo o período de atuação da comissão.

5.4 - Os credenciamentos serão homologados  pelo Conselho de Pesquisa e Pós-graduação.

 

 

 

 

Ana Paula Spini

Coordenadora do PPGHI

Portaria Reito Nº 761/2019

 

 

 

 


logotipo

Documento assinado eletronicamente por Ana Paula Spini, Coordenador(a), em 30/09/2020, às 15:28, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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ANEXOS AO Edital

ANEXO I

FICHA DE INSCRIÇÃO

 

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome:

Universidade de origem:

Endereço profissional:

Endereço residencial:

Telefone:

E-mail:

 

LINHA DE PESQUISA EM QUE DESEJA SE CREDENCIAR

 

(  ) Linha Linguagens, Identidades e Subjetividades. 

(  ) Linha Práticas Culturais e relações de Poder.

(  ) Linha Territorialidades, Cultura e Poder.

 

DOCUMENTOS SOLICITADOS E APRESENTADOS NESTA INSCRIÇÃO (EM FORMATO PDF):

 

(    ) Ficha de inscrição preenchida, seguindo o modelo do Anexo I deste edital.

(    ) Currículo Lattes atualizado

(    ) Tabela de pontuação da produção do docente (Anexo II deste edital).

(    ) Projeto de Pesquisa ou de Extensão sob sua coordenação

(    ) Plano de trabalho a ser desenvolvido no PPGHI

(    ) Comprovantes das informações contidas na tabela (Anexo II deste edital).

 


                                                                                                  Uberlândia, ..... de................................. de 2020.

 

                                                                                                                                                                                                                                             

  Assinatura

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO II

 

TABELA DE PONTUAÇÃO PARA CREDENCIAMENTO

PONTUAÇÃO MÍNIMA 140

CATEGORIAS

MÁXIMO

MÍNIMO

PONTOS

RESULTADO

Categoria 1 – Funções administrativas

 

4

 

 

Direção, Coordenação da Graduação e da

Pós-graduação – por mandato

 

 

                20

 

Coordenações de órgãos complementares –

por mandato

 

 

                10

 

Participação no Colegiado do Curso – por

Mandato

 

 

                 8

 

Participação em bancas de seleção por ano –

Cada

 

 

                 4

 

Participação em comissões permanentes por

ano – cada

 

 

                 6

 

Participação em outras comissões – cada

 

 

                 3

 

Categoria 2 – Orientações

 

                 12

 

 

Orientações na Pós-graduação

 

 

 

 

Defesa de doutorado

 

 

               12

 

Defesa de mestrado

 

 

               10

 

Doutorado em andamento

 

 

                8

 

Mestrado em andamento

 

 

                5

 

Orientações na Graduação para

Credenciamento

 

                 12

 

 

Defesa de monografia

 

 

                2

 

Monografia em andamento

 

 

                2

 

Iniciação Científica (com ou sem bolsa)

 

 

                2

 

Iniciação à Docência (PIBID)

 

 

                2

 

Orientações de outra natureza

-

-

 

 

Coordenação de Grupos de Estudo

 

 

                2

 

Coordenação de simpósios temáticos

 

 

                2

 

Categoria 3 – Inserção Regional

 

 

 

 

Ações extra acadêmicas na educação básica (assessoria, capacitação, cursos de

formação, etc)

 

 

                8 

 

Ações junto a entidades da Sociedade civil e instituições públicas (assessorias a ongs, ANPUH, projetos, cursos de extensão e outras formas de colaboração junto a agência de fomento e outros)

*Pontuação por ação

 

 

                8

 

Categoria 4 – Produção técnica

 

                20

 

 

Resenha e artigo publicado em jornal ou

revista de divulgação

 

 

              30

 

Editoração (revista e anais)

 

 

              30

 

Organização de livro e catálogo

 

 

              50

 

Produção/organização de material didático

 

 

              30

 

Organização de dossiê em periódico

 

 

              30

 

Prefácio, Posfácio

 

 

              15

 

Tradução de livro

 

 

              50

 

Tradução de capítulo

 

 

              20

 

Participação em evento científico com apresentação de trabalho (conferência,

mesa-redonda e outros)

 

 

               5

 

Organização de evento e curadorias

 

 

              40

 

Parecer Ad Hoc

 

 

               5

 

Categoria 5 – Produção bibliográfica

 

100

 

 

Livro autoral

 

 

             250

 

Capítulo de livro

 

 

              80

 

Verbetes

 

 

              40

 

Artigo em periódico Qualis A1

 

 

            100

 

Artigo em periódico Qualis A2

 

 

             85

 

Artigo em periódico Qualis B1

 

 

             70

 

Artigo em periódico Qualis B2

 

 

             55

 

Artigo em periódico Qualis B3

 

 

             40

 

Artigo em periódico Qualis B4

 

 

             25

 

Artigo em periódico Qualis B5

 

 

             10

 

 

 

 

 

ANEXO III

Edital N.02/2020/PPGHI CREDENCIAMENTO DE PROFESSORES NO PPGHI/UFU

 

1.Área de Concentração:

História, Cultura e Poder

Descrição: Abrangendo uma multiplicidade de definições, usos e interpretações, os conceitos de Cultura e Poder são os principais articuladores dos estudos abrigados pelo programa de pós-graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia. A noção de cultura, percebida em sua polissemia característica – que é permeada, entre outras, pelas ideias de modos de ver e representar o mundo, conjunto de costumes, tradições, regras, valores, padrões de comportamento produzidos pela coletividade, ou mesmo sistema de símbolos compartilhados por diferentes sujeitos e grupos sociais, que sintetizam códigos, vivências, discursos e saberes - articula-se ao conceito de poder na medida em que as identidades, instituições e relações sociais produzem sentidos, subordinações, hierarquizações e resistências entre os indivíduos que compõem a sociedade, constituindo-se como um campo de luta em torno da significação social e também como uma arena de elementos conflitivos, nos quais as formulações simbólicas atuam na estruturação das formas sociais e políticas. O poder, entendido de forma que ultrapassa as instituições tradicionais como o Estado e seus aparatos, é abordado numa perspectiva relacional e plural, como efeito da dinâmica das relações sociais e práticas culturais em constante tensionamento, por meio das quais sujeitos e grupos operam e se inter- relacionam legitimando regras e valores, construindo discursos, produzindo identidades e suscitando histórias.

 

 

2.Linhas de Pesquisa:

 

 

Práticas Culturais e Relações de Poder

 

Esta linha abriga pesquisadores e pesquisadoras interessados (as) no estudo das múltiplas dimensões das relações de poder em intercâmbio com as práticas culturais. A Cultura é aqui compreendida como um processo de constante tensionamento entre tradição e ruptura produzido pelos embates das forças sociais. Nesse sentido, esta linha pretende abarcar estudos que se dediquem às diversas formas de elaboração simbólica, resultado da experiência dos indivíduos, dos compartilhamentos culturais construídos historicamente em situações conflitivas, sejam eles ações, ritos, valores, dentre outros. Importa ainda analisar os processos de trocas culturais entre sujeitos e grupos sociais em diferentes escalas espaciais, contextos e temporalidades. Isso porque entende- se que, do trânsito de indivíduos e de ideias, estabelecem-se histórias conectadas, marcadas por apropriações e ressignificações culturais, fundamentais para a produção artística e para a articulação de lutas sociais.

A linha interessa-se pelo estudo de costumes, valores e práticas culturais que definem e são definidos pelas relações sociais no trabalho, na vida cotidiana, nas instituições, nos espaços de lazer, em rituais, festas e celebrações, nos usos da lei e nas artes. As pesquisas aqui abrigadas buscam perceber também, através de documentação cartorial, processos judiciais e fontes orais, como os padrões culturais, as relações de poder e as mais variadas instituições sociais são criadas e transformadas sob o movimento de dinâmicas dos grupos sociais, bem como das estratégias dos sujeitos, em escalas variadas, analisando as experiências coletivas e individuais por meio das quais os agentes se constroem tanto como sujeitos quanto como grupos.

O estudo das artes contemplará não apenas o produto cultural, mas também seus suportes, lugares e os sujeitos a elas relacionados, como seus produtores, públicos/leitores, espectadores, críticos, considerados a partir de seu lugar social (gênero, classe, raça). Abarcará o cinema, a fotografia, o grafitti, o teatro, a música, a literatura, entre outros tipos de produções artísticas, tratadas aqui como expressões de ação política e social. A linha abrigará também estudos que abordam a imprensa, pensada como espaço de  intervenção  social e constituída de tensões e disputas políticas, econômicas e culturais cotidianas. São considerados relevantes diferentes aspectos da produção, distribuição/circulação e recepção de ideias, imagens e outras narrativas. Tais aspectos são tratados, preferencialmente, de modo articulado para a compreensão da maneira como ocorrem os processos de construção de sentido e seus tensionamentos e reconfigurações no âmbito das disputas políticas e simbólicas entre indivíduos, grupos sociais, ou sociedades.

 

Referências bibliográficas:

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história. Obras Escolhidas. Volume I. São Paulo: Brasiliense, 2012.

BUCK-MORS, Susan. Hegel, Haiti, and universal History. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 2009.

CHALHOUB, Sidney; PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda (org.) A História Contada: capítulos de história social no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante da Imagem: questão colocada aos fins de uma história da arte. São Paulo: Editora 34, 2013.

GINZBURG, Carlo. Nenhuma ilha é uma ilha: quatro visões da literatura inglesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

LEVI, Giovanni. A Herança Imaterial. A trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

MITCHELL, W.J.T. Iconology: Image, Text, Ideology. Chicago: The University Chicago Press, 1986.

PORTELLI, Alessandro. História Oral como arte da escuta. Letra & Voz, 2018.

REDIKER, Marcus. The Fearless Benjamin Lay: The Quaker Dwarf Who Became the First Revolutionary Abolitionist. New York: Verso, 2017.

SCOTT, Rebecca J.. Hébrard, Jean M. Provas de liberdade: uma odisseia atlântica na era da emancipação. Campinas: Ed. Unicamp, 2014.

THOMPSON, Edward P. Costumes em  Comum:  estudos  sobre  a  cultura  popular tradicional.    São    Paulo:    Companhia    da letras,   1988.                                        Os Românticos: a Inglaterra na era revolucionária.  Rio  de  Janeiro:  Civilização Brasileira, 2002.

WILLIAMS, Raymond. Marxismo e Literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

TRIVELLATO, Francesca. Corail contre diamants. De la Méditerranée à l'océan Indien au XVIIIe siècle. Paris: Seuil, 2016.

 

 

Linguagens, Identidades e Subjetividades

 

Esta linha de pesquisa integra projetos que, partindo de diferentes recortes temáticos e temporais, interpelam e analisam crítica e interdisciplinarmente as diversas dimensões das relações entre História, linguagens, identidades e subjetividades, considerando os jogos de poder que as configuram e seus múltiplos contornos. Reúne investigações que dizem respeito às relações entre a História e os campos das Linguagens, entendidas enquanto (re)elaborações simbólicas das experiências, organização e classificação de mundo, em suas diversas manifestações e suportes – visualidades, sonoridades  e corporeidades –, e cujo enfoque teórico-metodológico evidencia as problemáticas da produção, reprodução e circulação de sentidos, assim como a das (re)configurações das formas de percepção. A linha também contempla investigações com interesses nas relações entre História e identidades, especialmente nos aspectos que configuram as identidades culturais, consideradas a partir da produção, dos modos de apropriação de (re)significações de sentidos e das redes de interdependências que os indivíduos estabelecem no interior dos arranjos sociais, considerando as interseccionalidades entre etnia, raça e gênero, a partir dos incessantes tensionamentos entre as forças que operam nos processos de sujeição dos corpos e das ideias, e as estratégias e táticas que configuram resistência, atentando para a reorganização das relações de força que constroem e hierarquizam os saberes, as identidades, as sensibilidades e os processos de subjetivação. Nesse sentido, a Linha abriga pesquisas nos campos dos estudos de gênero, das escritas de si, das biografias e as que envolvem os processos de composição, rearticulação e agenciamento das escritas da história e das narrativas que abrangem a construção e a gestão da memória, do esquecimento e dos patrimônios – material e imaterial - nas várias linguagens como cinema, dança, teatro, tv, música, jogos digitais, literatura, artes plásticas, instalações e mídia.

 

Referências bibliográficas:

AGAMBEN, Giorgio. A potência do Pensamento. Ensaios e Conferências. 1ª. ed. 2ª. reimp. BH: Autêntica Editora, 2017.

ARENDT, Hannah. A vida do espírito: o pensar, o querer, o julgar. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

BENJAMIN, Walter. Passagens. BH: UFMG 1ª. ed., 2007.

BUTLER, Judith. Corpos que importam. Os limites discursivos do “sexo”. SP: n-1 Edições, 1ª. ed., 2019.

                      . A vida psíquica do poder. Teorias da Sujeição. Belo Horizonte: Autêntica. 1a. ed., 2017.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tomam posição. O olho da História, I. BH: Ed, UFMG, 2017.

FOUCAULT, Michel. A hermenêutica do sujeito. WMF Martins Fontes; Edição: 3ª, 2010. HALL, Stuart. Identidade cultural na pós - modernidade. Rio de  Janeiro: DP&A, 2004.

DELEUZE, Gilles, GUATTARI, Fêlix. Mil Platôs. 5 volumes. São Paulo: Ed. 34, 1ª. ed., 1995. MIGNOLO. Walter. Desobediencia epostémica. Retórica de la modernidade, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. 2ª. ed.-Ciudade Autónoma de Buenos Aieres: Del Signo, 2014.

MBEMBE, Achille. Necropolítica. Biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte. SP: n-1 edições, 2018.

MITCHEL, W.J.T. O que as imagens realmente querem? in ALLOA, Emmanuel. Pensar a Imagem. 1a. Ed., Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.

RANCIÈRE, Jacques. O destino das imagens. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o Subalterno falar? BH: Ed. UFMG, 2010.

 

Territorialidade, Cultura e Poder

 

Esta linha de pesquisa reconhece as relações de mútua dependência entre espaço, cultura e poder. Examina as práticas sociais que forjam identidades, territórios, espacialidades traduzidas nas expressões culturais atravessadas pelas diversas formas de territorialização e desterritorialização e nas formas como os sujeitos sociais assumem seu lugar no mundo. As investigações históricas e historiográficas reunidas nesta linha privilegiam as relações sociais, seus agentes e ações, nas diferentes dimensões da política, considerando as interações inter e intragrupais e identificando, no espaço e no tempo, as relações de poder como inerentes a qualquer forma de relação social. A linha compreende investigações que partem do pressuposto de que o Território Social é uma comunidade imaginada em todas suas dimensões espaciais: a internacional, a nacional, a regional e a local. Do ponto de vista do recorte do objeto, a linha proporciona uma abertura para microtemas, como, por exemplo, a história do cotidiano; de personagens, grupos e localidades sem aparente importância; histórias de vida; os processos movediços de caracterização das identidades; as interseccionalidades (com destaque para as variáveis em torno de gênero, sexualidade, raça, etnia, classe, migrações, diásporas); os conflitos e movimentos sociais; as variadas práticas, suas ideologias, imaginários, representações, crenças e experiências do sagrado; os sistemas e regimes políticos; as modalidades de governo e as instituições; os diferentes atores e as formas de agir; os conflitos e processos de negociação; o mundo do trabalho; a escravidão e os processos de emancipação; os nexos entre política, mídias e cultura, entre essas e o patrimônio cultural; as práticas políticas, suas representações e linguagens, as ideias e as culturas políticas. As pesquisas debruçam-se também sobre as instituições públicas e privadas, governamentais ou não, as relações cotidianas entre e no interior de diferentes movimentos e grupamentos sociais e suas formas de identidade, organização, demandas e contradições, focalizando manifestações rurais e urbanas em suas dimensões políticas, econômicas, culturais e religiosas. Em termos locais e regionais, as investigações focam o estado de Minas Gerais e regiões circunvizinhas, o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, utilizando seus acervos culturais, artísticos e históricos, promovendo-lhes sua importância e preservação.

 

Referências bibliográficas:

ARENDT, Hannah. O que é Política? Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1999.

BRESCIANE, Stella. Da cidade e do urbano. Experiências, sensibilidades, projetos. São Paulo, Alameda, 2018.

COLLINS, Patrícia Hill. Pensamento feminista negro. São Paulo,  Boitempo, 2019. DAVIS, Angela. Mulheres, cultura, política. São Paulo, Boitempo, 2017.

HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização. Do “fim dos territórios” à Multiterritorialidade. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2004.

RÉMOND, René. Por uma história política. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 1996.

RICOEUR, Paul. Em torno ao político. São Paulo, Loyola,1995.

WILLIAMS, Raymond. Cultura e Materialismo. São Paulo, UNESP, 2011.


Referência: Processo nº 23117.057989/2020-73 SEI nº 2291726