UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal

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Telefone: (34)3271-5248 -
  

Timbre

Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

Componente Curricular:

Instrumentação para o Ensino de Química I

Unidade Ofertante:

Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal

Código:

 GQI111

Período/Série:

Turma:

QN

Carga Horária:

Natureza:

Teórica:

60

Prática:

0

Total:

60

Obrigatória:

(X)

Optativa:

( )

Professor(A):

Fernanda Monteiro Rigue

Ano/Semestre:

2021/2

Observações:

Período Letivo 2021/2 – Resolução nº. 25/2020 e suas atualizações, pela Resolução CONGRAD nº 11/2021, de 13/05/2021, Resolução CONGRAD nº 16, de 21/06/2021 e Resolução CONGRAD n° 38, de 14/02/2022 do Conselho de Graduação da Universidade Federal de Uberlândia - 02 de maio de 2022 a 20 de agosto de 2022.

 

EMENTA

1. Principais concepções sobre a natureza da Ciência.

2. Ciência e Tecnologia.

3. Contribuição da pesquisa em ensino de Ciências.

4. Principais concepções das diversas correntes sobre ensino e aprendizagem de ciências.

5. Tendências atuais no ensino.

JUSTIFICATIVA

A disciplina Instrumentação para o Ensino de Química I justifica-se pela necessidade de se discutir a construção do conhecimento científico enquanto uma produção humana, suscetível a erros e imprecisões, sendo, portanto, um conhecimento transitório e passível de constantes mudanças. Ademais, é importante que os/as futuros/as professores/as de Química, concebam que a ciência Química não foi construída por mentes iluminadas, de maneira que o ensino da Química deve desmistificar a forma como o imaginário coletivo concebe a construção do conhecimento científico.

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Introduzir o estudante na reflexão crítica sobre a construção do conhecimento químico na escola e na sociedade.

Objetivos Específicos:

Perceber o conhecimento científico como uma realidade construída pela inteligência humana; Romper com as visões simplistas sobre o ensino de ciências; Adquirir conhecimentos teóricos sobre a aprendizagem das ciências.

PROGRAMA

1. Principais concepções sobre a natureza da Ciência – construção humana do conhecimento científico guiada por paradigmas, sujeita a mudanças e relacionada a aspectos sociais, políticos, históricos e atendendo a diferentes interesses.
2. Ciência e Tecnologia – herança cultural, conhecimento e recriação da natureza (traço fundamental das culturas); benefícios e malefícios.
3. Contribuição da pesquisa em ensino de Ciências – avançando o conhecimento de como se dão os processos de aprendizagem; subsídios para a elaboração de diferentes teorias e para a organização de propostas curriculares inovadoras.
4. Principais concepções das diversas correntes sobre ensino e aprendizagem de ciências
Ensino Tradicional (os professores transmitem os conhecimentos acumulados pela humanidade por meio de aulas expositivas e os alunos reproduzem as informações – conhecimento científico considerado um saber neutro, isento e inquestionável);
Escola Nova (dar condições para o aluno vivenciar o que se denominava método científico – observar, levantar hipóteses, testa-las, refutá-las e abandoná-las quando fosse o caso – trabalhando de forma a redescobrir conhecimentos (método da redescoberta);
CTS (conteúdos socialmente relevantes e processos de discussão coletiva de temas e problemas de significado e importância reais – integração de diferentes conteúdos, caráter interdisciplinar);
Movimento das concepções alternativas/mudança conceitual e construção do conhecimento (as crianças possuem concepções sobre uma variedade de tópicos em ciências mesmo antes da aprendizagem formal, na maioria das vezes são diferentes das concepções dos cientistas e podem não serem influenciadas pelo ensino);
Ensino por pesquisa (tendo como ponto de partida situações problemáticas abertas empreende-se investigações similares às científicas);
Perfil conceitual (conjunto de duas ou mais versões para um mesmo conceito, comportando simultaneamente as concepções cotidianas e as científicas, mesmo que sejam incompatíveis entre si).
5. Tendências atuais no ensino – pluralidade de perspectivas teórico-práticas (diversificados contextos e processos relacionados ao ensino e à aprendizagem em Ciências).

METODOLOGIA

Atividades presenciais (60 aulas - ocorrerão às terças-feiras (19:00horas–22:30horas)) compostas por: Aulas expositivas e dialogadas, calcadas na dialogicidade. Nesses momentos de aula haverá a apresentação da ementa e conteúdos programáticos previstos na disciplina, juntamente com dinâmicas de leitura e debate acerca de textos sobre a Instrumentação para o Ensino de Química I, previstos na bibliografia básica e complementar. Ademais, haverá a exibição de vídeos envolvendo os conteúdos da disciplina que trarão aspectos importantes para reflexão dos/as estudantes, bem como a socialização das atividades avaliativas elaboradas pelos/as mesmos/as. Os recursos didáticos mobilizados ao longo das ações da disciplina serão: quadro verde; lousa branca; apagador; giz; pincel atômico; notebook; data-show; caixa de som; livros paradidáticos; entre outros.

Atividades remotas-assíncronas (complementares para cumprimento das 60 horas) (12 aulas) compostas por: estudos, leituras e construção de resenhas de textos previstos na bibliografia básica e complementar, bem como realização de atividades avaliativas. Estas atividades serão depositadas, acessadas e socializadas na plataforma Microsoft Teams em datas pré-estabelecidas com a turma (a qual oferece todas as ferramentas que os/as estudantes necessitam para enviar tarefas e atividades requisitadas). Para isso, é primordial que os/as estudantes matriculados/as tenham e-mail institucional (@ufu.br) para ter acesso às funcionalidades da plataforma. Todas as atividades remotas-assíncronas deverão ser realizadas individualmente por cada estudante.

AVALIAÇÃO

Os/as discentes serão avaliados em um processo contínuo em diferentes momentos ao longo das atividades da disciplina. Ademais, a avaliação acompanhará o próprio processo e evolução com as leituras, escritas, conversações e seu modo de agir diante das provocações da disciplina, percebendo seu interesse, envolvimento e responsabilidade. Serão utilizados os seguintes instrumentos avaliativos:
1) Elaboração e apresentação de seminários: 40 pontos.
2) Elaboração de resenhas: 30 pontos.
3) Entrega do Portfólio discente envolvendo reflexões acerca das ações/aprendizagens vivenciadas na disciplina: 30 pontos.

Não entregar as atividades avaliativas, na data e horário determinado, implicará em nota 0 (zero).

Será considerado aprovado o aluno que obtiver um aproveitamento na disciplina igual ou superior a 60 (sessenta) pontos e alcançar uma frequência igual ou superior a 75% nas aulas. Entretanto, se a nota final for maior que 40 e menor que 60 pontos e/ou a frequência for inferior a 75%, o aluno poderá fazer um exame final, no valor de 100 pontos, o qual versará sobre toda a matéria do semestre, e neste caso, o aluno será aprovado se alcançar aproveitamento maior ou igual a 60% neste exame.

BIBLIOGRAFIA

Básica

CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1991.

KNELLER, G. F. A Ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar Editores; São Paulo: Edusp, 1980.

Complementar

BELTRAN, M. H. R.; TRINDADE, L. dos S. P. (Org.). História da Ciência e Ensino: abordagens interdisciplinares. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2017.

BELTRAN, M. H. R.; SAITO, F.; TRINDADE, L. dos S. P. (Org.). História da Ciência para Formação de Professores. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2014.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1999.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978.

LUTFI, M. Cotidiano e educação em química. Ijuí: Livraria Unijuí, 1988.

MASSONIR, N.T. Epistemologias do século XX. Porto Alegre: Instituto de Física, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física, UFRGS, 2005. Disponível em: <https://ppgenfis.if.ufrgs.br/index.php>.

MINAS GERAIS. Currículo Referência do Ensino Médio de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, 2018. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf

MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo, EPU, 1986.

RIGUE, F. M. Uma Genealogia do Ensino de Química no Brasil. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2017.

SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências, São Paulo: Cortez, 1999.

SANTOS, W. L. P. Educação em química: compromisso com a cidadania. 4. ed., rev. e atual. Ijuí: Ed. da UNIJUÍ, 2010.

SANTOS, W. L. P.; MALDANER, O. A. (Orgs). Ensino de Química em foco. Ijuí: Ed. da UNIJUÍ, 2010.

SCHNETZLER, R. P.; ARAGÃO. R. M. R. (Orgs). Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. Campinas: R. Vieira Gráfica e Editora, 2000.

Textos selecionados dos periódicos: Journal of Chemical Education; Enseñanza de las Ciencias; Journal of Research in Science Teaching; Química Nova; Química Nova na Escola; Education in Chemistry; International Journal of Science Education; Science Education, entre outros periódicos da área da Educação e do Ensino.

APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______

Coordenação do Curso de Graduação: _________________________

 


logotipo

Documento assinado eletronicamente por Fernanda Monteiro Rigue, Professor(a) do Magistério Superior, em 11/04/2022, às 19:32, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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Referência: Processo nº 23117.024402/2022-10 SEI nº 3516080