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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Rua Vinte, 1600 - Bairro Tupã, Ituiutaba-MG, CEP 38304-402 |
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Plano de Ensino
IDENTIFICAÇÃO
Componente Curricular: |
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Unidade Ofertante: |
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Observações: |
EMENTA
-Educação em Química e Direitos Humanos, um diálogo possível?;
-Relações Ciência, Tecnologia e Sociedade;
-Saberes tradicionais e científicos no ensino de Ciências/Química;
-Ensino de Ciências/Química para a Educação de Jovens e Adultos (EJA);
-Inclusão;
-Elaboração de projetos pedagógicos e materiais didáticos para aulas de Química.
JUSTIFICATIVA
A disciplina PROINTER III justifica-se pela necessidade de refletir questões relacionadas à Educação em Ciências/Química numa perspectiva de Educação em Direitos Humanos, abrangendo temáticas previstas nos dispositivos legais que versam sobre a formação de professores/as. Além disso, serão elencadas discussões importantes para uma formação mais humana dos/as futuros/as professores/as proporcionando estratégias destes/as vislumbrarem possibilidades de pedagogização dos conteúdos da Química de acordo com temáticas caras à Educação em Direitos Humanos.
OBJETIVO
Objetivo Geral: |
Conhecer e analisar ações e propostas educativas relacionadas aos Direitos Humanos, as relações étnico-raciais, de gênero, sexualidade, religiosa, de faixa geracional, à educação especial e aos direitos educacionais de adolescentes e jovens, à educação ambiental, e, suas articulações com a Educação em Química. |
Objetivos Específicos: |
-Refletir a formação docente em Educação em Ciências/Química a partir das perspectivas dos Estudos Culturais, da etnociências e da filosofia da diferença. -Analisar o investimento que a escola e o ensino de Química e de Ciências, dentre outras instâncias e artefatos culturais realizam na (des)construção do apreço às diferenças. -Identificar políticas públicas e práticas educacionais voltadas aos Direitos Humanos e refletir os tensionamentos e articulações com o ensino de Química e de Ciências. -Analisar as aproximações e distanciamentos das produções curriculares que circulam na Educação em Ciências (Química, Física, Biologia e Matemática) voltados a educação ambiental, aos direitos humanos, as relações étnico-racial, de gênero, sexualidade, religiosa, de faixa geracional, à educação especial no contexto escolar. |
PROGRAMA
-Educação em Química e Direitos Humanos: O olhar sobre o outro diferente e a pedagogização de conteúdos de Ciências/Química a partir de uma concepção de educação em Direitos Humanos. Formação docente numa perspectiva do professor enquanto agente de transformações sociais. Relações entre o ensino de Ciências/Química e as questões de gênero, religiosidade, sexualidade, educação para as relações étnico- raciais, faixa geracional.
-Relações Ciência, Tecnologia e Sociedade: Debates sobre as interações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade numa perspectiva de alfabetização cientifica e tecnológica.
-Saberes tradicionais e científicos no ensino de Ciências/Química: valorizar os saberes populares e saberes localmente construídos. Discutir as possibilidades de interlocução entre saberes populares e propostas didáticas de Ensino de Ciências/Química.
-Ensino de Ciências/Química para Educação de Jovens e Adultos: Tecer debates acerca da diversidade cultural, para além da diversidade etária nas salas de aula da EJA, entendendo os sujeitos sócio historicamente construídos nesta modalidade de educação; Políticas Públicas para EJA; Especificidades do ensino de Química para a EJA.
-Inclusão: Educação Especial Inclusiva; Políticas educacionais de inclusão; Processos educativos de ensino de Ciências/Química numa perspectiva inclusiva, abrangendo a educação para surdos, cegos, deficiências físicas, etc.
-Elaboração de projetos pedagógicos e/ou materiais didáticos para aulas de Química: Desenvolvimento de projetos pedagógicos e/ou materiais didáticos que façam relações entre o ensino de Ciências/Química abarcando questões relacionadas a gênero, religiosidade, sexualidade, educação para as relações étnico-raciais, faixa geracional, direitos educacionais de jovens e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, inclusão, CTS, Saberes populares, dentre outros.
METODOLOGIA
Aulas expositivas e dialogadas, calcadas na dialogicidade. Nesses momentos de aula haverá a apresentação da ementa e conteúdos programáticos previstos na disciplina, juntamente com dinâmicas de leitura, reflexão e debate acerca de textos previstos na bibliografia básica e complementar. Ademais, haverá a exibição de vídeos sobre sobre metodologia no ensino de Química e suas implicações nos materiais didáticos, paradidáticos e nos planejamentos de ensino que trarão aspectos importantes para o processo de formação inicial dos/as estudantes, bem como a socialização das atividades avaliativas elaboradas pelos/as mesmos/as. Os recursos didáticos mobilizados ao longo das ações da disciplina serão: quadro verde; lousa branca; apagador; giz; pincel atômico; notebook; data-show; caixa de som; livros didáticos e paradidáticos; entre outros.
Os/as estudantes também terão acesso aos materiais da nossa disciplina na plataforma Microsoft Teams (a qual oferece todas as ferramentas que os/as estudantes necessitam para enviar tarefas e acessar materiais da disciplina). Para isso, é primordial que os/as estudantes matriculados/as tenham e-mail institucional (@ufu.br) para ter acesso às funcionalidades da plataforma.
AVALIAÇÃO
Os/as discentes serão avaliados em um processo contínuo em diferentes momentos ao longo das atividades da disciplina. Ademais, a avaliação acompanhará o próprio processo e evolução com as leituras, escritas, conversações e seu modo de agir diante das provocações da disciplina, percebendo seu interesse, envolvimento e responsabilidade. Serão utilizados os seguintes instrumentos avaliativos:
-Entrega de resenha crítica: 20 pontos.
-Entrega e apresentação dos projetos pedagógicos e/ou materiais didáticos: 40 pontos.
-Entrega do Portfólio discente envolvendo reflexões acerca das ações/aprendizagens vivenciadas na disciplina, contemplando autoavaliação: 40 pontos.
Todos os critérios a serem empregados nos diferentes instrumentos avaliativos serão explanados e explicitados aos alunos e alunas durante a disciplina, ficando a docente à disposição para maiores esclarecimentos. Não entregar as atividades avaliativas, na data e horário determinado, implicará em nota 0 (zero).
Será considerado aprovado o aluno que obtiver um aproveitamento na disciplina igual ou superior a 60 (sessenta) pontos e alcançar uma frequência igual ou superior a 75% nas aulas. Entretanto, se a nota final for maior que 40 e menor que 60 pontos e, alcançar uma frequência igual ou superior a 75%, o aluno poderá fazer uma Atividade Avaliativa de Recuperação da Aprendizagem (Conforme Art. 141 da Resolução CONGRAD Nº 46 de 31 de março de 2022), no valor de 100 pontos, a qual versará sobre toda a matéria do semestre, e neste caso, o aluno será aprovado se alcançar aproveitamento maior ou igual a 60% neste exame. A avaliação ocorrerá na última semana do semestre letivo. Persistindo a nota final menor do que 60 pontos, o discente será reprovado.
BIBLIOGRAFIA
Básica
LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro. Editora Zahar, 2008.
SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina Brasil, 2010, 586p.
CHASSOT, A. A ciência é masculina? É, sim senhora! 6ª ed. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2013, 136p.
Complementar
CARDOSO, S. M. B.; PINHEIRO, B. C. S. Indícios de uma perspectiva (de)colonial no discurso de professores (as) de química sobre as relações étnico-raciais. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), [S.l.], v. 13, n. 35, p. 464-492, fev. 2021. ISSN 2177-2770. Disponível em: https://www.abpnrevista.org.br/index.php/site/article/view/902
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC– contextos históricos e pressupostos pedagógicos. 2019. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/contextualizacao_temas_contemporaneos.pdf.
GONDIM, M. S. C.; MÓL, G. S. Saberes Populares e Ensino de Ciências: Possibilidades para um trabalho interdisciplinar. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 30, p. 3-9, nov. 2008. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc30/02-QS-6208.pdf
OLIVEIRA, R. D. V. L. de; QUEIROZ, G. R. P. C. Professores de Ciência como Agentes Socioculturais e Políticos: A Articulação Valores Sociais e a Elaboração de Conteúdos Cordiais. Revista Debates em Ensino de Química, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 14–31, 2017. Disponível em: http://www.journals.ufrpe.br/index.php/REDEQUIM/article/view/1312.
OLIVEIRA, R. D. V. L.; QUEIROZ, G. R. P. C. A formação de professores de ciências a partir de uma perspectiva de educação em direitos humanos: uma pesquisa-ação. Ciência e Educação (UNESP), v. 24, p. 355-373, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/vBmCC5YHw7KgNBQ5vsGZRBG/?lang=pt#
OLIVEIRA, R. D. V. L.; QUEIROZ, G. R. P. C. O cotidiano, o contextualizado e a Educação em Direitos Humanos: a escolha de um caminho para uma Educação cidadã cosmopolita. Revista Iberoamericana de Educación, v. 71, n. 1, p. 75-96, 15 may 2016.
RIGUE, F.; DALMASO, A.; RAMOS, M. R. A potência do Portfólio na Formação Docente em Química: um relato narrativo autobiográfico. Revista Insignare Scientia - RIS, v. 4, n. 1, p. 151-167, 19 fev. 2021.
SANTOS, W. L. P. dos.; MORTIMER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S (Ciência – Tecnologia – Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio - Pesquisa em Educação em Ciências, v. 2, n. 2, dez., p. 1-23, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epec/a/QtH9SrxpZwXMwbpfpp5jqRL/?lang=pt
SANTOS, J. P. V.; RODRIGUES FILHO, G. ; AMAURO, N. Q. A Educação de Jovens e Adultos e a Disciplina de Química na Visão dos Envolvidos. Química Nova na Escola, p. 244-250, 2016. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_3/09-EQF-22-14.pdf
TORRADA, L.; COSTA RIBEIRO, P. R.; RIZZA, J. L. Estratégias de resistência possibilitando o debate de gênero e sexualidade na escola. Revista Contexto & Educação, [S. l.], v. 35, n. 111, p. 46–63, 2020. DOI: 10.21527/2179-1309.2020.111.46-63. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/9088
TOYAMA, K. S. F.; PRAIS, J. L. de S.; FIGUEIREDO, M. C. Elaboração de materiais didáticos adaptados ao ensino de química para alunos cegos. Revista Inter Ação, [S. l.], v. 46, n. 1, p. 1–16, 2021. DOI: 10.5216/ia.v46i1.64893. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/interacao/article/view/64893
Textos selecionados dos periódicos: Journal of Chemical Education; Enseñanza de las Ciencias; Journal of Research in Science Teaching; Química Nova; Química Nova na Escola; Education in Chemistry; International Journal of Science Education; Science Education.
Todas as referências bibliográficas contidas neste plano de ensino que não forem de acesso livre remoto (online), deverão ser acessadas através do sistema de Biblioteca (SISBI) da UFU a partir do link: hps://www.bibliotecas.ufu.br/portal-da-pesquisa/livros-eletronicos.
APROVAÇÃO
Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______
Coordenação do Curso de Graduação: _________________________
Documento assinado eletronicamente por Eder Vieira Flor, Técnico(a) em Secretariado, em 05/09/2022, às 17:13, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. |
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Referência: Processo nº 23117.057577/2022-03 | SEI nº 3839633 |