UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Instituto de Ciências Humanas do Pontal

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Timbre

Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

Componente Curricular:

TÓPICOS ESPECIAIS III - TÉCNICA, TECNOLOGIA E PROCESSOS SOCIOESPACIAIS

Unidade Ofertante:

Instituto de Ciências Humanas do Pontal/Programa de Pós-graduação em Geografia do Pontal

Código:

 

Período/Série:

 

Turma:

 

Carga Horária:

Natureza:

Teórica:

60

Prática:

0

Total:

60

Obrigatória:

( )

Optativa:

(X)

Professor(A):

Antonio de Oliveira Júnior
Natália Batista Peçanha

Ano/Semestre:

2023/1º

Observações:

 

 

EMENTA

 Colonialismo/Decolonialialidade/Colonialidade. Cultura de Massa, Cultura Digital. Tecnologia e Sociedade: aspectos sociais, políticos, históricos e geográficos. Novas formas de luta políticas: fakenews. Diversidade digital: raça e gênero. Segurança ou vigilância digital: o corpo programado e vigiado.

 

JUSTIFICATIVA

A disciplina está situada em um campo de conhecimento transdisciplinar, Humanidades Digitais, cuja definição é: a opção da sociedade pelo digital altera e questiona as condições de produção e divulgação dos conhecimentos, segundo o Manifesto das Humanidades Digitais. Nesta linha de pensamento as Humanidades Digitais são estruturadas em um diálogo das Ciências Humanas e Sociais, Artes e Letras que permite não apenas o uso de técnicas digitais mas pensar sobre os impactos da tecnologia nas diversas esferas das relações sociais, bem como suas variações espaço-temporais no e do cotidiano.

 

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Promover uma discussão sobre os efeitos da tecnologia na vida social dos indivíduos e as transformações decorrentes da intensidade do uso de gadgets, das plataformas digitais de comércio e de relações sociais.

 

Objetivos Específicos:

1. Discutir o conceito de colonialidade/colonialismo de dados;

2. Analisar as mudanças nas relações sociais diante das novas tecnologias de comunicação e informação;

3. Refletir sobre as novas formas de apropriação da vida privada;

4. Problematizar os novos instrumentos de viabilização de uma politica de preconceito.

 

PROGRAMA

Unidade I – Sociedade digital: para onde ou até onde vamos?

                - Colonialismo de dados

                - Capitalismo de vigilância

                - Plataformização

                - Psicoesfera, psicopolíticas e biopoder

 

Unidade II – Redes sociais, controle social e desinformação

                - Negacionismo, discursos de ódio e fake News

                - Letramento midiático

                - História digital: diálogos possíveis na esfera pública

 

Unidade III – Tecnologias digitais e desigualdades sociais.

                - Gênero no ciberespaço

                - Racismo algorítmico

                - Reconhecimento facial como imagem da exclusão social

 

METODOLOGIA

Busca-se o desenvolvimento de aulas em formato de discussão de textos, aulas expositivas e dialogadas, que suscitarão a produção de um ambiente reflexivo acerca dos temas abordados. Para isso, contaremos com a participação dos/as discentes através de exposição de textos, que ocorrerão entre as 18 aulas previstas para a disciplina.   

                                                                                       

AVALIAÇÃO

A avaliação consiste em 2 (duas) etapas:

1ª etapa: apresentação do texto - 30,0  (os textos serão sorteados entre os/as discentes)

Critério de avaliação: Espera-se que os/as alunos/as apresentem as principais ideias levantadas no texto de forma clara, possibilitando a realização de um ambiente de debate e reflexão sobre a temática apresentada. Os temas assim como as bibliografias para cada tema serão as indicadas na bibliografia básica e na complementar 

 

2ª etapa: artigo da temática da disciplina - 70,0  - entrega no dia 05/07/2023

Critério de avaliação: Será levada em consideração a apropriação da bibliografia para o desenvolvimento do artigo, que pode ou não articular-se ao objetivo de pesquisa de cada discente. Além disso, será avaliada a clareza, objetividade, a coerência textual e a adaptação às normas da ABNT.

O texto deverá ter entre 15 e 20 páginas e seguir o modelo da Brazilian Geographical Journal

 

BIBLIOGRAFIA

OBSERVAÇÃO: pode haver alterações (inclusão/exclusão) de bibliografias

Básica

BAUMAN, Zygmunt. Vigilância líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2014

 

BEIGUELMAN,G. Políticas da Imagem: vigilância e resistência na dadosfera. São Paulo: Ubu Editora,2021.

 

BEZERRA, Arthur Coelho; COSTA, Camila Mattos da. Pele negra, algoritmos brancos: informação e racismo nas redes sociotécnicas. LIINC em Revista, Rio de Janeiro, v. 18, n. 2, nov. 2022. pp. 1-14

 

BRUNO, Fernanda et al. Tecnopolíticas da vigilância: perspectivas da margem. São Paulo: Boitempo, 2018.

 

FERREIRA, Sérgio Rodrigo da Silva. O que é (ou o que estamos chamando de 'Colonialismo de Dados'? PAULUS: Revista de Comunicação da FAPCOM. São Paulo, v.5, n.10, jul/dez, 2021

 

GONÇALVES, M. G. M. (org.) Estamos sob ataque: tecnologia de comunicação na disputa das subjetividades: Falas do III Simpósio Nacional Psicologia e Compromisso Social. São Paulo: Instituto Silva Lane, 2021

 

HAESBAERT, Rogério. Território e descolonialidade: sobre o giro (multi) territorial/de(s)colonial na América Latina. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO; Niterói: Programa de Pós-Graduação em Geografía; Universidade Federal Fluminense, 2021.

 

HAN, Byung-Chul. Psicopolítica: o neoliberalismo e as novas técnicas de poder.  Belo Horizonte: Editora Ayiné, 2018

 

MOROZOV, E. Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018. 

 

MOROZOV, E.; BRIA, F. A cidade inteligente – Tecnologias urbanas e democracia. São Paulo: Ubu Editora, 2019.

 

NATANSOHN, G.; ROVETTO, F. Internet e feminismos: olhares sobre violências sexistas desde a América Latina. Salvador: EDUFBA, 2019. 231 p.

 

NÚCLEO DE INFORMAÇÃO E COORDENAÇÃO DO PONTO BR. Inteligência artificial e cultura: perspectivas para a diversidade cultural na era digital. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2022.

 

PRETTO, N. de L.; SILVEIRA, S. A. (org.) Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA, 2008.

 

SILVA, Tarcízio da. Visão Computacional e racismo algorítmico: Branquitude e opacidade no aprendizado de máquina. Revista da ABPN. v.12, n.31, dez 2019-fev. 2020, p.428-448.

 

SILVA, Tarcízio. Comunidades, algoritmos e ativismos digitais: olhares afrodiaspóricos. São Paulo: LiteraRUA, 2020.

 

SILVA, Tarcízio. Visão computacional e racismo algorítmico: branquitude e opacidade no aprendizado de máquina. Revista da ABPN, v. 12, n. 31, dez 2019-fev, 2020, p. 428-448

 

SILVA, Tarcízio. Racismo algorítmico: inteligência artificial e discriminação nas redes digitais. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2022

 

SILVEIRA, Sérgio A. Democracia e os códigos invisíveis: como os algoritmos estão modulando comportamentos e escolhas políticas. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2019.

 

SILVEIRA, Sérgio A.; SOUZA, J.; CASSINO, J.F. Colonialismo de dados: como opera a trincheira algorítmica na guerra liberal. São Paulo: Autonomia Literária, 2021.

 

SILVEIRA, Sergio Amadeu da. Tudo sobre tod@s: redes digitais, privacidade e venda de dados pessoais. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2017. 

 

SILVEIRA, Sergio Amadeu da (Org.). Cidadania e redes digitais. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil: Maracá – Educação e Tecnologias, 2010.

 

SILVEIRA, Sergio Amadeu da; PRETTO, Nelson De Luca (Orgs). Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA, 2008

 

SILVEIRA, Sergio Amadeu da. Governo dos Algoritmos. Revista de Políticas Públicas. vol. 21(1), 267–282, 2017

 

SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Para além da inclusão digital: poder comunicacional e novas assimetrias. In: BONILLA, MHS;  PRETTO, NDL. (orgs) Inclusão digital: polêmica contemporânea. Salvador: EDUFBA, 2011, pp. 49-59

 

TRINDADE, Luiz Valério. Discurso de ódio nas redes sociais. São Paulo: Jandaíra, 2022

 

 

Complementar

 

CHAMAYOU, Grégoire. Teoria do Drone. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

 

FAUSTINO, Deivison. Frantz Fanon: um revolucionário, particularmente negro. São Paulo: Ciclo Contínuo Editorial, 2018

 

FAUSTINO, Deivison; LIPPOLD, Walter. Colonialismo digital, racismo e a acumulação primitiva de dados. Germinal: marxismo e educação em debate, Salvador, v.14, n.2, p.56-78. 2022.

 

FRAILE-JURADO, Pablo; LÓPEZ-MARTÍN, Manuel. Mitos geográficos contemporáneos. El conocimiento geográfico reglado frente al fake science en el contexto 2.0. Ar@cne. Revista Electrónica de Recursos de Internet sobre Geografía y Ciencias Sociales. [En línea]. Barcelona: Universidad de Barcelona, nº 222, 1 de octubre de 2017. <http://www.ub.edu/geocrit/aracne/aracne-222.pdf>

 

FURTADO, Rafael Nogueira; CAMILO, Juliana Aparecida de Oliveira. O conceito de biopoder no pensamento de Michel Foucault. Revista Subjetividades,  Fortaleza ,  v. 16, n. 3, p. 34-44, dez.  2016 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-07692016000300003&lng=pt&nrm=iso>

 

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. 53 p.

 

MBEMBE, Achille. Necropolítica: Biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte.  - : N-1 edições, 2018.

 

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: QUIJANO, A. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf

 

VASCONCELOS FILHO, J. M. de.; COUTINHO, Sérgio. O ativismo digital brasileiro. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2016. 62 p.

 

 

APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______

Coordenação do Curso de Graduação: _________________________

 


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Documento assinado eletronicamente por Antonio de Oliveira Junior, Professor(a) do Magistério Superior, em 09/02/2023, às 16:34, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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Documento assinado eletronicamente por Natália Batista Peçanha, Professor(a) do Magistério Superior, em 09/02/2023, às 16:42, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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Referência: Processo nº 23117.007533/2023-13 SEI nº 4256759