UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História em Rede Nacional

Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1H, 2º piso, Sala 1H50 - Bairro Santa Mônica, Uberlândia-MG, CEP 38400-902
Telefone: (34) 3239-4395 - inhis@ufu.br
  

Timbre

Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

Componente Curricular:

Teoria da História

Unidade Ofertante:

Instituto de História

Código:

PROFHIS01

Período/Série:

 

Turma:

U

Carga Horária:

Natureza:

Teórica:

60 h

Prática:

 

Total:

60 h

Obrigatória:

(X)

Optativa:

( )

Professor(A):

Amon Santos Pinho

Ano/Semestre:

2020.3

Observações:

 

 

EMENTA

O estatuto epistemológico da história. História, historiografia e historicidade. Tempo histórico e experiência. Usos do contexto. Objetividade e subjetividade em história. O particular e o geral. História, verdade e prova. Retórica e conhecimento histórico. História e memória. História e identidades sociais. A narrativa histórica. O método histórico. O uso dos conceitos pelo historiador. A construção do objeto histórico. A operação historiográfica: lugar social, práticas e texto. Arquivo, compreensão/explicação e representação. Os conceitos antigo e moderno de história. A história-problema. Escalas de análise. Teorias e filosofias da história. A disciplinarização da história. A história como ciência social.

JUSTIFICATIVA

Disciplina obrigatória do Mestrado Profissional em Ensino de História – o ProfHistória –, ao que deveria vir a Teoria da História com o seu olhar indagativo e minucioso sobre tudo o que compõe a oficina do historiador, aí incluso o historiador ele mesmo e o seu lugar social de produção de sentido? A resposta indubitável é: ao próprio Ensino de História. Eis em função do que o acervo ontológico, epistemológico, estético e ético-político do conhecimento histórico, aqui, tem de se organizar. Ensinar História é empiria, mas não “apenas” empiria. É, a rigor, teoria experimentada tanto quanto empiria teorizada, que recorrentemente precisamos repensar, reelaborar, robustecer, consolidar, investir. Pois ensinar História é formar para a cidadania. Tarefa de que professores-pesquisadores e pesquisadores-professores não se podem demitir. Não sem um alto custo civilizacional e humano. Este é o compromisso e o desafio que está posto para as universidades e as escolas de educação básica. (E tanto mais em tempos nos quais pós-verdades antidemocráticas secundam hegemonias políticas, morais, comportamentais e ideológicas.) Ou, se formulado noutros termos, este é o repto e o risco – risco de êxito – com o qual, estreitamente associadas, Teoria da História, escritas da História e Ensino de História terão que lidar, da produção à transmissibilidade e à difusão de um saber histórico bem fundamentado e constituído.

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Proporcionar aos mestrandos(as) um espaço privilegiado de estudo e compreensão das relações potencialmente indissociáveis entre Teoria da História, historiografia e Ensino de História. Relações de ordem cognoscitiva, cognitiva, estética, didático-pedagógica e ética. Centralmente, o que se visa é ensaiarmos, com o rigor devido, “exercícios de pensamento político” (Hannah Arendt) que procurem lidar com esta pergunta de formulação simples e demandas para lá de desafiadoras: ontológica, epistemológica, estética e eticamente, do que se trata, em História, formar para a cidadania?

Objetivos Específicos:

- Problematizar a História-conhecimento, e a sua transmissão, como um constructo tensionado entre o científico e o artístico, o filosófico e o po(i)ético, o objetivo e o subjetivo, a realidade e a imaginação, a razão e a sensibilidade, por aí abordando sinteticamente todo um universo de questões teóricas clássicas, implicadas na assim chamada “operação historiográfica” (Michel de Certeau);

- Considerar criticamente o campo da Didática da História (Geschichtsdidaktik) – a partir de Jörn Rüsen e de alguns dos seus mais importantes intérpretes no Brasil –, destacando a relevância dos seus conceitos e contribuições para uma reflexão diferenciada sobre o Ensino de História;

- Analisar e compreender a categoria da consciência histórica em articulação com a grande questão do tempo e de sermos nós o tempo: vida cotidiana, temporalização, historicidade radical e atemporalidade humanas. Dito de outro modo – modo mobilizante da pergunta: qual seria o papel da Didática da História na reiterada busca dos indivíduos e das sociedades por orientação existencial, direção, sentido?

PROGRAMA

  1. Apresentação do plano de ensino com as atividades, leituras e avaliações que comporão a disciplina, seguida de uma introdução às temáticas principais de estudo;

  2. Pensamento e sentimento do mundo e da vida. Filosofia, poiesis e História;

  3. História, arte e ciência. Ou da História pensada, em tensão fecunda, entre Filosofia e Poesia: as perspectivas de Ranke e Droysen;

  4. Teoria da História, historiografia e Ensino de História. Inter-relações;

  5. Tempo, temporalidade, temporalização. Prolegômenos à noção de consciência histórica;

  6. Jörn Rüsen. Uma teoria da história como ciência;

  7. Consciência histórica. Categoria central da Didática da História (Geschichtsdidaktik);

  8. Didática da História. Uma parte indissociável do conhecimento histórico-científico;

  9. O que é a aprendizagem histórica?;

  10. Teoria da História, Didática da História, aprendizagem e consciência históricas. Uma síntese.

METODOLOGIA

Aulas expositivas dialogadas; leitura, análise e discussão de textos e autores referenciais; elaboração de sínteses parciais progressivas na forma de notas de leitura (comentários), articuladas aos interesses de pesquisa e às práticas docentes próprios aos professores-mestrandos.

Para a realização das atividades síncronas, com carga horária de 27 horas, utilizaremos a plataforma de videoconferências Zoom Meetings. Para a transmissão de informações e materiais relativos à disciplina, faremos uso de correio eletrônico.

As atividades assíncronas, cuja carga horária será de 33 horas, consistirão na leitura e comentário dos textos da bibliografia básica abaixo especificada. O comentário de cada texto deverá ser entregue semanalmente, à data da aula expositiva dialogada em que o mesmo será analisado e debatido (vide o cronograma em anexo).

AVALIAÇÃO

I – “A” – Excelente (de 90 a 100% de aproveitamento): com direito a crédito;

II – “B” – Bom (de 75 a 89% de aproveitamento): com direito a crédito;

III – “C” – Regular (de 60 a 74% de aproveitamento): com direito a crédito;

IV – “D” – Insuficiente (de 40 a 59% de aproveitamento): sem direito a crédito; e

V – “E” – Reprovado (de 0 a 39% de aproveitamento): sem direito a crédito.

BIBLIOGRAFIA

Básica

ARÓSTEGUI, Julio. Tempo e História. In: ______. A pesquisa histórica: Teoria e método. Bauru, SP: EDUSC, 2006, p. 271-288.

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Complementar

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. História, a arte de inventar o passado: Ensaios de teoria da história. Bauru, SP: EDUSC, 2007.

______. O tecelão dos tempos: novos ensaios de teoria da história. São Paulo: Intermeios, 2019.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2000.

ARISTÓTELES. Poética. 4.a ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011.

______. Retórica. 2.ª ed. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2005. (Obras Completas de Aristóteles, v. VIII, t. I)

ASSIS, Arthur. A teoria da história de Jörn Rüsen: Uma introdução. Goiânia: Editora UFG, 2010.

______. A didática da história de J. G. Droysen: constituição e atualidade. Revista Tempo, v. 20, 2014, p. 1-18.

AURELL, Jaume; BALMACEDA, Catalina; BURKE, Peter; SOZA, Felipe. Comprender el pasado: una historia de la escritura y el pensamiento histórico. Madri: Ediciones Akal, 2013.

BACZKO, Bronislaw. Imaginação Social. In: Enciclopédia Einaudi, v. 5, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.

______. Utopia. In: Enciclopédia Einaudi, v. 5, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. 7.a ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de história: Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

BOURDÉ, Guy & MARTIN, Hervé. As Escolas Históricas. Mem Martins, Portugal: Publicações Europa-América, 1990.

BOUTIER, Jean & JULIA, Dominique (orgs.). Passados recompostos: Campos e canteiros da história. Rio de Janeiro: Editora UFRJ: Editora FGV, 1998.

BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a História. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978.

BURKE, Peter (org.). A escrita da história: Novas perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1992.

______. A escola dos Annales (1929-1989): A revolução francesa da historiografia. São Paulo: Editora UNESP, 1991.

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CARDOSO, Oldimar. Para uma definição de Didática da História. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 28, n. 55, 2008, p. 153-170.

CERTEAU, Michel de. A escrita da historia. Rio de janeiro: Forense Universitária, 1982.

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______. Os saberes escolares e o conceito de consciência histórica. Revista Educação e Fronteiras, Dourados, v. 4, n. 11, mai.-ago. 2014, p. 110-125.

______. Um lugar na história para a didática da história. História & Ensino, Londrina, v. 23, n. 1, jan.-jun. 2017, p. 11-30.

______. Os conceitos de consciência histórica e os desafios da didática da história. Revista de História Regional, v. 6, n. 2, inverno de 2001, p. 93-112.

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______. O ensino de história em questão: cultura histórica, usos do passado. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.

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RÜSEN, Jörn. Razão histórica: fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora UnB, 2001.

______. Reconstrução do Passado: os princípios da pesquisa histórica. Brasília: Editora UnB, 2007.

______. História Viva: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Editora UnB, 2007.

______. Aprendizagem Histórica: fundamentos e paradigmas. Curitiba: W.A. Editores, 2012.

______. Teoria da história: uma teoria da história como ciência. Curitiba: Editora UFPR, 2015.

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TEIXEIRA, Felipe Charbel. Uma construção de fatos e palavras: Cícero e a concepção retórica da História. Vária História, vol. 24, n.º 40, jul./dez. 2008.

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______. As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001.

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WEHLING, Arno. A Invenção da História: Estudos sobre o Historicismo. Rio de Janeiro: Editora Gama Filho, 2001.

WHITE, Hayden. Meta-história: A imaginação histórica do século XIX. São Paulo: Edusp, 1992.

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APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______

Coordenação do Curso de Graduação: _________________________

 

CRONOGRAMA

DATAS

ATIVIDADES

15/08

Assuntos: 1. Apresentação do plano de ensino com as atividades, leituras e avaliações que comporão a disciplina;

2. Pensamento e sentimento do mundo e da vida. Filosofia, poiesis e História.

Dinâmica: Aula expositiva dialogada.

Bibliografia (texto 1):

SILVA, Agostinho da. Pólicles. In: ______. Filosofia enquanto Poesia: Sete cartas a um jovem filósofo, Conversação com Diotima, Filosofia nova e outros escritos. São Paulo: É Realizações, 2019, p. 142-160.

22/08

Assunto: História, arte e ciência. Ou da História pensada, em tensão fecunda, entre Filosofia e Poesia: a perspectiva de Ranke.

Dinâmica: Aula expositiva dialogada.

Bibliografia (texto 2):

RANKE, Leopold von. O conceito de história universal (1831). In: MARTINS, Estevão de Rezende (org.). A História pensada: Teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2010, p. 187-215.

29/08

Assunto: História, arte e ciência. Ou da História pensada, em tensão fecunda, entre Filosofia e Poesia: a perspectiva de Droysen.

Dinâmica: Aula expositiva dialogada.

Bibliografia (texto 3):

DROYSEN, Johann Gustav. Arte e método (1868). In: MARTINS, Estevão de Rezende (org.). A História pensada: Teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2010, p. 31-46.

05/09

Assunto: Teoria da História, historiografia e Ensino de História. Inter-relações.

Dinâmica: Aula expositiva dialogada.

Bibliografia (texto 4):

GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Escrita da história e ensino de história: Tensões e paradoxos. In: ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marcelo; GONTIJO, Rebeca (orgs.). A escrita da história escolar: Memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009, p. 35-50.

12/09

Assunto: Tempo, temporalidade, temporalização. Prolegômenos à noção de consciência histórica.

Dinâmica: Aula expositiva dialogada.

Bibliografia (texto 5):

ARÓSTEGUI, Julio. Tempo e História. In: ______. A pesquisa histórica: Teoria e método. Bauru, SP: EDUSC, 2006, p. 271-288.

19/09

Assuntos: 1. Jörn Rüsen: Uma teoria da história como ciência;

2. Consciência histórica: Categoria central da Didática da História (Geschichtsdidaktik).

Dinâmica: Aula expositiva dialogada.

Bibliografia (textos 6 e 7):

MARTINS, Estevão de Rezende. As matrizes do pensamento histórico em Jörn Rüsen. In: RÜSEN, Jörn. Jörn Rüsen: contribuições para uma Teoria da Didática da História. Organização de Maria Auxiliadora Schmidt e Estevão de Rezende Martins. Curitiba: W. A. Editores, 2016, p. 100-110;

RÜSEN, Jörn. Didática da história: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. In: ______. Jörn Rüsen e o ensino de história. Organização de Maria Auxiliadora Schmidt, Isabel Barca e Estevão de Rezende Martins. Curitiba: Editora da UFPR, 2010, pp. 23-40.

26/09

Assuntos: 1. Didática da História. Uma parte indissociável do conhecimento histórico-científico;

2. O que é a aprendizagem histórica?

Dinâmica: Aula expositiva dialogada.

Bibliografia (textos 8 e 9):

SADDI, Rafael. Didática da História como subdisciplina da ciência histórica. História & Ensino, Londrina, v. 16, n. 1, 2010, p. 61-80;

RÜSEN, Jörn. Experiência, interpretação, orientação: as três dimensões da aprendizagem histórica. In: ______. Jörn Rüsen e o ensino de história. Organização de Maria Auxiliadora Schmidt, Isabel Barca e Estevão de Rezende Martins. Curitiba: Editora da UFPR, 2010, pp. 79-91.

03/10

Assunto: Teoria da História, Didática da História, aprendizagem e consciência históricas. Uma síntese.

Dinâmica: Aula expositiva dialogada.

Bibliografia (texto 10):

SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Jörn Rüsen e sua contribuição para a didática da História. Intelligere, Revista de História Intelectual, v. 3, n. 2, out. 2017, p. 60-76.

10/10

Considerações finais;

Data-limite para a entrega dos trabalhos escritos, que deverão ser enviados para o e-mail amon@ufu.br


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Documento assinado eletronicamente por Amon Santos Pinho, Professor(a) do Magistério Superior, em 26/11/2020, às 10:21, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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Documento assinado eletronicamente por Newton Dangelo, Professor(a) do Magistério Superior, em 26/11/2020, às 17:59, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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Referência: Processo nº 23117.041630/2020-84 SEI nº 2152730