Ficha de Componente Curricular

OBJETIVOS

Discutir os aspectos históricos da constituição deste corpo de conhecimento chamado Ciência, com ênfase nas ideias sobre a composição da matéria elaboradas em diferentes épocas e culturas e contextualizada numa vertente historiográfica contemporânea. Com isso, a disciplina justifica-se por discutir sobre a importância da História da Ciência, sobretudo a História da Química, como prática de sala de aula para que os futuros profissionais da área conheçam e reconheçam as concepções da matéria em diferentes épocas.

Ementa

Aprofundar os conhecimentos sobre História da Ciência, analisando sua constituição enquanto área do conhecimento, entendendo seus métodos de pesquisa e suas interfaces com o ensino de química. Como fio condutor dessas discussões o entendimento sobre a constituição e composição da matéria, tendo como temas o mundo greco-romano; a alquimia e a medicina árabe e como essas ideias foram difundidas no mundo europeu até o final da Idade Média; as discussões sobre a origem das doenças e a teoria humoral; o renascimento europeu e suas mudanças políticas, sociais e culturais; a química pneumática e a pseudo-Revolução Química de Lavoisier; as teorias atômicas do século XIX e a classificação dos elementos; a radioatividade de Soddy e Rutherford e as consequências na estrutura atômica e, por fim, a visão quântica do mundo atômico e as possíveis consequências para as teorias químicas no século XX. Além disso, cada tópico será discutido com suas possíveis interfaces com o ensino de química para a Educação Básica.

PROGRAMA

1. O que é História da Ciência?    
   1.1    História da Ciência e historiografia da Ciência
   1.2    História da Ciência e as políticas educacionais brasileiras    
      
2. O mundo greco-romano   
   2.1    Ideias sobre a composição da matéria
   2.2    A artes práticas   
   2.3    A alquimia no mundo clássico

3. O mundo árabe
   3.1    A alquimia árabe e suas vertentes
   3.2    A medicina árabe
   3.3    As invasões árabes e a difusão do conhecimento

4. A Idade Média
   4.1    A teoria humoral e os princípios das doenças
   4.2    As ideias de composição da matéria no mundo medieval
   4.3    O renascimento europeu e suas consequências
   4.4    O cristianismo, a Reforma e a Contra-Reforma Católica e o surgimento das religiões modernas.
    
5. Séculos XVII e XVIII
   5.1    As ideias mecanicistas
   5.2    A teoria do Flogisto e os estudos dos ares
   5.3    Lavoisier e não revolução da química
    
6. A Química do século XIX
   6.1    Os trabalhos de John Dalton e a solubilidade dos gases
   6.2    Os elementos e suas diferentes classificações
   6.3    Atomistas e equivalentistas
    
7. Da Radioatividade ao Modelo Quântico
   7.1    Os trabalhos de Frederick Soddy e Rutherford
   7.2    As diferentes ideias sobre a composição da matéria
   7.3    O experimento de Rutherford
   7.4    Os debates quânticos sobre a matéria

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ALFONSO-GOLDFARB, GOLDFARB, A. M.  Da alquimia à química.  São Paulo: Nova Stela, 1987.

ANDERY, M. A. P. A. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 10. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 2001.

FARIAS, R. F. et al.  Para gostar de ler a história da química. Campinas: Editora Átomo, 2005.

FILGUEIRAS, C. A. L. Lavoisier: o estabelecimento da química moderna. São Paulo: Odysseus Editora, 2007.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BACHELARD, G.  A formação do espírito científico. 4. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

BENSAUDE-VINCENT, B.; STENGERS, I. Histoire de la chimie. Paris: La Decouverte, 1992.

HENRY, J. A revolução científica e as origens da ciência moderna. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1998.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.

STENGERS, I. A invenção das ciências modernas. São Paulo: Editora 34, 2002.

STRATHERN, P. Oppenheimer e a bomba atômica. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1998.

STRATHERN, P. O sonho de Mendeleiev: a verdadeira história da química. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2002.

aprovação

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Documento assinado eletronicamente por Osmando Ferreira Lopes, Coordenador(a), em 17/11/2022, às 16:15, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

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Documento assinado eletronicamente por Fabio Augusto do Amaral, Diretor(a), em 22/11/2022, às 12:46, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

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