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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1H, Sala 1H50 - Bairro Santa Mônica, Uberlândia-MG, CEP 38400-902 |
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Plano de Ensino
IDENTIFICAÇÃO
Componente Curricular: |
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Unidade Ofertante: |
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Código: |
Período/Série: |
Turma: |
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Carga Horária: |
Natureza: |
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Teórica: |
Prática: |
Total: |
Obrigatória: |
Optativa: |
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Professor(A): |
Ano/Semestre: |
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Observações: |
EMENTA
A disciplina compreende o estudo de diferentes abordagens temáticas e teórico metodológicas de pesquisas em História.
JUSTIFICATIVA
Com base em uma das habilidades essenciais para a formação acadêmica do pós-graduando; qual seja: a pesquisa e a produção científica, a disciplina oferecerá aos discentes a oportunidade para aprofundar discussões de natureza epistemológica e teórico-metodológicas da pesquisa em História, notadamente às que se referem às relações entre História e Antropologia e às perspectivas históricas a partir da perspectiva das alteridades. Com isso, a disciplina pretende contribuir para a formação acadêmcia ampla e interdisciplinar do/as mestrando/as.
OBJETIVO
Objetivo Geral: |
Estudos de complementação e aprofundamento em temas e questões considerados relevantes para o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas em História. |
Objetivos Específicos: |
Discussão e problematização das pesquisas históricas que se debruçaram sobre as relações entre Histórira e Antropologia, com vistas a pensar nas renovações metodológicas do campo historiográfico a partir do diálogo com a cultura. Apresentação e apreensão de perspectivas historiográficas que se debruçam para elucidar perpectivas e narrativas históricas a partir das alteridades. |
PROGRAMA
1 – História e Antropologia: diálogos e intersecções
1.1 – Cultura: um conceito antropológico
1.2 - O local da cultura: identidades, alteridades e etnicidades.
2 – A Antropologia na História
2.1 – Cultura e economia moral
2.2 – Renovações epistemológicas e teorias da história
3 – A História na Antropologia
3.1 – Estudos sincrônicos e diacrônicos
3.2 – Temporalidades e narrativas históricas
4 – História e Etnologia
4.1 – O filósofo e o etnólogo: uma ontologia histórica?
4.2 - Entre história cumulativa e história estacionária
5 – A História entre estrutura e evento
5.1 – História, cultura, política e identidades
5.2 – História: outras temporalidades e narrativas
METODOLOGIA
O desenvolvimento metodológico dos conteúdos dar-se-á de forma reflexiva, participativa, contínua e não linear, traçando ciclicamente uma trajetória que partirá dos conhecimentos elaborados pelo/as dicentes e resultará na exploração das possibilidades de aplicação dos conhecimentos formais na problematização das abordagens da História. Assim, a cada conteúdo abordado, primeiramente os discentes serão incentivados a externar suas compreensões e seus diálogos com as teorias e recortes historiográficos para, em seguida, haver o questionamento e a problematização, cujo objetivo será o de proporcionar uma situação de conflito e de maior reflexão. Estabelecido o conflito e proporcionada a reflexão, será feita a discussão dialogada do conhecimento cientificamente elaborado, que por sua vez será confrontado com os conhecimentos anteriores. A intenção é que do confronto, da problematização e da reflexão surja o desenvolvimento e a formação dos conceitos. A próxima etapa do desenvolvimento metodológico dos conteúdos será o trabalho de aplicação concreta da discussão e dos conceitos, quando o conhecimento científico será explorado em relação aos temas e às abordagens teóricas e metodológicas mais amplas das pesquisas em História. Uma vez internalizado, assimilado e compreendido, o momento final deverá ser o da verdadeira apropriação: a exploração das possibilidades de aplicação destes conhecimentos em relação aos objetos e problemas de pesquisas da/os mestrando/as. Para viabilizar a metodologia adotada, serão empregadas estratégias variadas com seus respectivos recursos. A aula preletiva - dialogada, que possibilita o desenvolvimento da reflexão ao mesmo tempo em que incentiva a participação na discussão intelectual, será o alicerce de todas as atividades, tendo como recursos básicos o uso da lousa, de Datashow e de recursos de Tecnologias Digitais de Informações e Comunicações. Outras estratégias e recursos serão as indicações complementares de filmes, documentários, periódicos e leituras sistematizadas com discussão em sala de aula. Além disso, o professor disponibilizará, para aqueles que o procurarem, atendimento individual e/ou em grupos fora dos horários habituais das aulas, dentro da grade horária e conforme disponibilidade do professor.
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
SEMANA |
UNIDADE/EIXO TEMÁTICO (QUANDO HOUVER) |
ATIVIDADES PREVISTAS |
CARGA HORÁRIA |
16/08 |
Apresentação |
Apresentação, discussão e aprovação do programa, dos textos e das atividades programadas de estudo e avaliação. |
3,5 |
23/08 |
Cultura – um conceito antropológico |
Discussão e debate com base nos textos: LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008, (cap. O impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem, p. 25-40). |
3,5 |
30/08 |
Cultura, alteridade, identidades e etnicidade. |
Discussão e debate com base nos textos: CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosacnaif, 2014. (cap. Etnicidade: da cultura residual mas irredutível In: p. 235 – 244). BAHBBA, Homi K. O local da Cultura. Belo Horizonte. Editora da UFMG, 1998. (cap. Locais da Cultura, p. 09-42) CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 2008 (cap. Paraísos comunais: identidade e significado na sociedade em rede, p. 20-68). |
3,5 |
06/09 |
Diálogos e intersecções entre História e Antropologia |
Leitura e análise do texto: MUSSA, Alberto. De canibus quaestio. In: Os contos completos. Rio de Janeiro: Record, 2016, p.137-175. |
3,5 |
13/09 |
O local da cultura: identidade e alteridade na história. |
Discussão, reflexão e elaboração de redação dissertativa no qual se analisem:
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3,5 |
20/09 |
História Social e Antropologia – cultura e economia moral |
Discussão e debate com base nos textos: THOMPSON, E. P.: A Miséria da Teoria: um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981, (cap. O termo ausente: experiência. p. 180 – 200). THOMPSON, E. P. Costumes em Comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998 (capítulos: Costume e cultura, p.13-24; A economia moral da multidão inglesa no século XVIII, p. 150-202) |
3,5 |
27/09 |
A Antropologia na História. |
Discussão e debate com base nos textos: BLOCH, Marc. Os reis taumaturgos: o caráter sobrenatural do poder régio, França e Inglaterra. São Paulo: Cia das Letras, 1993. (cap. Os primórdios do toque das escrófulas, p. 51-67; O toque das escrófulas e sua popularidade até o final do século XV, p. 91-131) |
3,5 |
04/10 |
A Antropologia na História |
Discussão e debate com base nos textos: BRAUDEL, Fernand. História e ciências sociais: a longa duração. In: Escritos sobre a história. 2ª. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992. p. 41- 78. |
3,5 |
11/10 |
A Antropologia na História |
Discussão e debate com base nos textos: GINZBURG, Carlo. Os andarilhos do bem: feitiçaria e cultos agrários nos séculos XVI e XVII. São Paulo: Cia das Letras, 1988 (cap. As batalhas noturnas, p. 19-54). GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Cia das Letras, 1987. |
3,5 |
18/10 |
A História na Antropologia |
Discussão e debate com base nos textos: SCHWARCZ, Lilia M. Questão de fronteira: sobre uma antropologia da história. Novos estudos. CEBRAP (72), Jul 2005 |
3,5 |
25/10 |
História e Etnologia |
Discussão e debate com base nos textos: LÉVI-SATRAUSS, Claude. Antropologia estrutural dois. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1989. (cap. Raça e história, p. 328 – 340). LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1989. (cap. História e etnologia, p. 13-41). |
3,5 |
01/11 |
O filósofo e o etnólogo: uma ontologia histórica? |
Discussão e debate com base nos textos: LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Campinas: Papirus, 1989, (cap. História e Dialética, p. 287 – 314). SARTRE, Jean-Paul. Sartre no Brasil – a conferencia de Araraquara. São Paulo: Editora da UNESP, 1987, (cap. A ideologia existencial e o fundamento da Antropologia, p. 49 – 103). |
3,5 |
08/11 |
Entre história cumulativa e história estacionária |
Discussão e debate com base nos textos: LÉVI-STRAUSS, C & ERIBON, D. De perto e de longe. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. (Capítulo: Na lixeira da história, p. 155–162). LÉVI-STRAUSS, C. História e Etnologia (tradução de Vanessa Lea). Textos Didáticos nº 24 – março de 2004. IFCH – Unicamp. |
3,5 |
22/11 |
A História entre a estrutura e o evento |
Discussão e debate com base nos textos: BOURDIEU, Pierre. Questões de Sociologia. Coleção Margens 47. Lisboa: Fim de Século, 2003. (cap. Algumas propriedades dos campos, 119 – 126). SAHLINS, M. Ilhas de história. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. (Capítulos: “Outras épocas, outros costumes: a Antropologia da História”, p. 60 -105; “Capitão James Cook; ou o Deus agonizante”, p. 140-171; e “Estrutura e História”, p. 172 – 179). |
3,5 |
29/11 |
História, cultura, política e identidade: outras temporalidades e outras narrativas |
Discussão e debate com base nos textos: GALLOIS, Dominique T. Nossas falas duras: discurso político e auto- representação Waiãpi. In: ALBERT, Bruce e RAMOS, Alcida R. (org.) Pacificando o Branco: cosmologias dos contatos no norte amazônico. São Paulo: Ed. UNESP, 2002, p. 205-237. SANTILI, Paulo. Trabalho escravo e brancos canibais: uma narrativa histórica Macuxi. In: ALBERT, Bruce e RAMOS, Alcida R. (org.) Pacificando o Branco: cosmologias dos contatos no norte amazônico. |
3,5 |
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São Paulo: Ed. UNESP, 2002, p. 487-505. |
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06/12 |
Avaliação da disciplina |
Discussão dos temas e abordagens dos trabalhos finais e balanço geral da disciplina em relação aos problemas e objetos das pesquisas individuais. |
3,5 |
13/12 |
Encerramento da disciplina |
Apresentação oral dos trabalhos finais. Entrega do trabalho escrito até 15/12/2022 |
3,5 |
AVALIAÇÃO
O desenvolvimento metodológico dos conteúdos dar-se-á de forma reflexiva, participativa, contínua e não linear, traçando ciclicamente uma trajetória que partirá dos conhecimentos elaborados pelo/as dicentes e resultará na exploração das possibilidades de aplicação dos conhecimentos formais na problematização das abordagens da História. Assim, a cada conteúdo abordado, primeiramente os discentes serão incentivados a externar suas compreensões e seus diálogos com as teorias e recortes historiográficos para, em seguida, haver o questionamento e a problematização, cujo objetivo será o de proporcionar uma situação de conflito e de maior reflexão. Estabelecido o conflito e proporcionada a reflexão, será feita a discussão dialogada do conhecimento cientificamente elaborado, que por sua vez será confrontado com os conhecimentos anteriores. A intenção é que do confronto, da problematização e da reflexão surja o desenvolvimento e a formação dos conceitos. A próxima etapa do desenvolvimento metodológico dos conteúdos será o trabalho de aplicação concreta da discussão e dos conceitos, quando o conhecimento científico será explorado em relação aos temas e às abordagens teóricas e metodológicas mais amplas das pesquisas em História. Uma vez internalizado, assimilado e compreendido, o momento final deverá ser o da verdadeira apropriação: a exploração das possibilidades de aplicação destes conhecimentos em relação aos objetos e problemas de pesquisas da/os mestrando/as. Para viabilizar a metodologia adotada, serão empregadas estratégias variadas com seus respectivos recursos. A aula preletiva - dialogada, que possibilita o desenvolvimento da reflexão ao mesmo tempo em que incentiva a participação na discussão intelectual, será o alicerce de todas as atividades, tendo como recursos básicos o uso da lousa, de Datashow e de recursos de Tecnologias Digitais de Informações e Comunicações. Outras estratégias e recursos serão as indicações complementares de filmes, documentários, periódicos e leituras sistematizadas com discussão em sala de aula. Além disso, o professor disponibilizará, para aqueles que o procurarem, atendimento individual e/ou em grupos fora dos horários habituais das aulas, dentro da grade horária e conforme disponibilidade do professor.
BIBLIOGRAFIA
Básica
BLOCH, Marc. Os reis taumaturgos: o caráter sobrenatural do poder régio, França e Inglaterra. São Paulo: Cia das Letras, 1993.
BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a história. 2ª. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosacnaif, 2014. GINZBURG, Carlo. Os andarilhos do bem: feitiçaria e cultos agrários nos séculos XVI e XVII. São Paulo: Cia das Letras, 1988.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Campinas: Papirus, 1989.
SAHLINS, M. Ilhas de história. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. SARTRE, Jean-Paul. Sartre no Brasil – a conferencia de Araraquara. São Paulo: Editora da UNESP, 1987
THOMPSON, E. P. Costumes em Comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Complementar
ALBERT, Bruce e RAMOS, Alcida R. (org.) Pacificando o Branco: cosmologias dos contatos no norte amazônico. São Paulo: Ed. UNESP, 2002
BAHBBA, Homi K. O local da Cultura. Belo Horizonte. Editora da UFMG, 1998
BOURDIEU, Pierre. Questões de Sociologia. Coleção Margens 47. Lisboa: Fim de Século,
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Cia das Letras, 1987
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1989.
THOMPSON, E. P.: A Miséria da Teoria: um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981
APROVAÇÃO
Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: 15/09/2022
Documento assinado eletronicamente por Marcel Mano, Professor(a) do Magistério Superior, em 29/09/2022, às 13:58, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. |
Documento assinado eletronicamente por Mônica Chaves Abdala, Usuário Externo, em 03/10/2022, às 21:34, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. |
Documento assinado eletronicamente por Ana Flavia Cernic Ramos, Professor(a) do Magistério Superior, em 06/10/2022, às 08:34, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. |
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Referência: Processo nº 23117.049327/2022-91 | SEI nº 3956082 |