UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal

Rua Vinte, 1600 - Bairro Tupã, Ituiutaba-MG, CEP 38304-402
Telefone: (34)3271-5248 -
  

Timbre

Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

Componente Curricular:

História da Química e Filosofia da Ciência

Unidade Ofertante:

Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal

Código:

ICENP39002

Período/Série:

Turma:

QI

Carga Horária:

Natureza:

Teórica:

60

Prática:

0

Total:

60

Obrigatória:

(X)

Optativa:

( )

Professor(A):

Fernanda Monteiro Rigue

Ano/Semestre:

2021/2

Observações:

Período Letivo 2021/2 – Resolução nº. 25/2020 e suas atualizações, pela Resolução CONGRAD nº 11/2021, de 13/05/2021, Resolução CONGRAD nº 16, de 21/06/2021 e Resolução CONGRAD n° 38, de 14/02/2022 do Conselho de Graduação da Universidade Federal de Uberlândia - 02 de maio de 2022 a 20 de agosto de 2022.

 

EMENTA

As principais concepções sobre a Natureza das Ciências;

A escrita histórica e as diversas historiografias das  ciências;

A história da Química e sua relação com experimentação;

Primeiras teorias gregas sobre natureza da matéria;

A química do século XVI ao século XX;

A química no Brasil;

Racismo científico e teoria eugenistas.

JUSTIFICATIVA

A disciplina História e Filosofia da Ciência justifica-se pela necessidade de se discutir a construção do conhecimento científico enquanto uma produção humana, suscetível a erros e imprecisões, sendo, portanto, um conhecimento transitório e passível de constantes mudanças. Ademais, é importante que os/as futuros/as bacharéis em Química, concebam que a ciência Química não foi construída por mentes iluminadas proporcionando a estes/as futuros/as profissionais uma visão mais humanizada da Ciência Química e desmistificando a forma como o imaginário coletivo concebe a construção do conhecimento científico.

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Proporcionar ao futuro bacharel o entendimento do processo de produção, distribuição e consumo do discurso da história da Química, fornecendo uma visão de como a química se situa na história da humanidade.

Objetivos Específicos:

Contribuir para a formação do bacharel em química como crítico a questões relacionadas ao fazer sócio-histórico das Ciências, abrangendo o caráter humano da construção do conhecimento cientifico. Tratar do conhecimento a partir de outras matrizes epistemológicas, como africanas, indígenas e asiáticas.

PROGRAMA

As principais concepções sobre a Natureza das Ciências: construção humana do conhecimento cientifico guiada por paradigmas, sujeita a mudanças e relacionada a aspectos sociais, políticos, históricos e atendendo a diversos interesses.

A escrita histórica e as diversas historiografias das ciências: abordar o caráter ideológico da escrita histórica, possibilitando uma reflexão sobre para quem e por quem as histórias da ciência são escritas.

A história da Química e sua relação com experimentação: Caráter essencialmente experimental da construção do conhecimento químico.

Primeiras teorias gregas sobre natureza da matéria: Leucipo, Demócrito, Epicuro, Platão e Aristóteles, os elementos e a substância em Aristóteles.

A química do século XVI ao século XX: Panorama geral da construção da ciência Química.

A química no Brasil: A constituição da Química no Brasil.

Racismo científico e teoria eugenistas: Teorias científicas raciais, conceito biológico de raça, teorias científicas eugenistas, desconstrução do racismo científico.

METODOLOGIA

Atividades presenciais (60 aulas - ocorrerão às quintas-feiras (14:00horas–17:40horas)) compostas por: Aulas expositivas e dialogadas, calcadas na dialogicidade. Nesses momentos de aula haverá a apresentação da ementa e conteúdos programáticos previstos na disciplina, juntamente com dinâmicas de leitura e debate acerca de textos sobre a História da Química e Filosofia da Ciência, previstos na bibliografia básica e complementar. Ademais, haverá a exibição de vídeos sobre a História da Química e Filosofia da Ciência que trarão aspectos importantes para reflexão dos/as estudantes, bem como a socialização das atividades avaliativas elaboradas pelos/as mesmos/as. Os recursos didáticos mobilizados ao longo das ações da disciplina serão: quadro verde; lousa branca; apagador; giz; pincel atômico; notebook; data-show; caixa de som; livros paradidáticos; entre outros.

Atividades remotas-assíncronas (complementares para cumprimento das 60 horas) (12 aulas) compostas por: estudos, leituras e construção de resenhas de textos previstos na bibliografia básica e complementar, bem como realização de atividades avaliativas. Estas atividades serão depositadas, acessadas e socializadas na plataforma Microsoft Teams em datas pré-estabelecidas com a turma (a qual oferece todas as ferramentas que os/as estudantes necessitam para enviar tarefas e atividades requisitadas). Para isso, é primordial que os/as estudantes matriculados/as tenham e-mail institucional (@ufu.br) para ter acesso às funcionalidades da plataforma. Todas as atividades remotas-assíncronas deverão ser realizadas individualmente por cada estudante.

AVALIAÇÃO

Os/as discentes serão avaliados em um processo contínuo em diferentes momentos ao longo das atividades da disciplina. Ademais, a avaliação acompanhará o próprio processo e evolução com as leituras, escritas, conversações e seu modo de agir diante das provocações da disciplina, percebendo seu interesse, envolvimento e responsabilidade. Serão utilizados os seguintes instrumentos avaliativos:

1) Elaboração e apresentação de seminários: 40 pontos.

2) Elaboração de resenhas: 30 pontos.

3) Entrega do Portfólio envolvendo reflexões acerca das ações/aprendizagens vivenciadas na disciplina: 30 pontos.

Não entregar as atividades avaliativas, na data e horário determinado, implicará em nota 0 (zero).

Será considerado aprovado o aluno que obtiver um aproveitamento na disciplina igual ou superior a 60 (sessenta) pontos e alcançar uma frequência igual ou superior a 75% nas aulas. Entretanto, se a nota final for maior que 40 e menor que 60 pontos e/ou a frequência for inferior a 75%, o aluno poderá fazer um exame final, no valor de 100 pontos, o qual versará sobre toda a matéria do semestre, e neste caso, o aluno será aprovado se alcançar aproveitamento maior ou igual a 60% neste exame.

BIBLIOGRAFIA

Básica

ALFONSO-GOLDFARB, A. M. Da alquimia à química: um estudo sobre a passagem do pensamento mágico-vitalista ao mecanicismo. 2. ed. São Paulo: Landy, 2001.

BENSAUDE-VINCENT, B. História da química. Lisboa: Ins tuto Piaget, 1992.

CHASSOT, A. I. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

Complementar

BELTRAN, M. H. R.; TRINDADE, L. dos S. P. (Org.). História da Ciência e Ensino: abordagens interdisciplinares. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2017.

CHAVANNES, I. Aulas de Marie Curie: anotadas por Isabelle Chavannes em 1907. São Paulo: Edusp,  2007.

CUNHA JÚNIOR., H. Tecnologia africana na formação brasileira. Rio de Janeiro: CEAP, 2010.

FARIAS, R. F. Para gostar de ler a história da química. 2. ed. Campinas: Átomo, 2005. v. 1.

FARIAS, R. F. Para gostar de ler a história da química. 2. ed. Campinas: Átomo, 2005. v. 2.

FILGUEIRAS, C. A. L. Lavoisier: o estabelecimento da química moderna. 2. ed. São Paulo: Odysseus,2002.

FILGUEIRAS, C. A. L. Origens da química no Brasil. Campinas: Editora Unicamp, 2015.

FRANCELIN, M. M. Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias e paradoxos. Ciência da Informação. Brasília, v.33, n. 3, p.26-34, set./dez. 2004.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1978.

MARQUES, G. T. S. História da Química. 2ª Ed. Fortaleza: Editora da Universidade Estadual do Ceará (EdUECE), 2019. Disponível em: <http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/472966>.

MASSONIR, N. T. Epistemologias do século XX. Porto Alegre: Instituto de Física, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física, UFRGS, 2005. Disponível em: <https://ppgenfis.if.ufrgs.br/index.php>.

NEVES, L. S.; FARIAS, R. F. História da Química um livro texto para a graduação. 2ª Ed. São Paulo: Editora Átomo, 2011.

PORTOCARRERO, V. (Org.). Filosofia, história e sociologia das ciências I: abordagens contemporâneas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994.

ROSMORDUC, J. Uma História da Física e da Química: de Tales a Einstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988.

SILVA, D. D.; NEVES, L. S.; FARIAS, R. F. História da química no Brasil. 2. ed. Campinas: Átomo, 2006.

TERESI, D. Descobertas perdidas: as raízes antigas da ciência moderna, dos babilônios aos maias. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. 2. ed. São Paulo. Moderna, 2005.

LABORATÓRIO do Mundo. Idéias e Saberes do Século XVIIISão Paulo: Pinacoteca do Estado - Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.​

Textos selecionados dos periódicos: Journal of Chemical Education; Enseñanza de las Ciencias; Journal of Research in Science Teaching; Química Nova; Química Nova na Escola; Education in Chemistry; International Journal of Science Education; Science Education, entre outros periódicos da área da Educação e do Ensino.

APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______

Coordenação do Curso de Graduação: _________________________

 


logotipo

Documento assinado eletronicamente por Fernanda Monteiro Rigue, Professor(a) do Magistério Superior, em 11/04/2022, às 19:22, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


QRCode Assinatura

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site https://www.sei.ufu.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 3516070 e o código CRC 7AA6B2B0.




Referência: Processo nº 23117.024402/2022-10 SEI nº 3516070