Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

EMENTA

A emergência da história como campo disciplinar no século XIX. Os debates acerca do lugar do ensino da história. As diferentes concepções sobre o ensino, a aprendizagem e os conhecimentos históricos necessários para a história escolar. A trajetória do ensino de história na educação básica. A criação dos cursos universitários de história e a profissionalização dos professores. A produção historiográfica e a articulação entre o saber acadêmico e o saber escolar. Demandas sociais e ensino de história.

JUSTIFICATIVA

A disciplina fornecerá elementos para a discussão da história do ensino de história desde sua constituição como disciplina escolar no bojo de questões políticas, socioeconômicas e étnico-culturais inerentes à sociedade brasileira contemporânea. Nesse sentido, seu objeto – o ensino de história – se relaciona, mas não se confunde com os processos de constituição da disciplina de referência – a história da história – com suas condições sociais de produção, suas questões teórico-metodológicas, seus temas e problemas de investigação tratados de forma específica na disciplina Teoria da História. Reconhecendo a dinâmica própria da história do ensino de história na educação escolar como objeto, campo de pesquisa e prática social, a disciplina História do Ensino de História promove discussões imprescindíveis para subsidiar a elaboração e o desenvolvimento dos projetos dos pós-graduandos no Mestrado Profissional em Ensino de História no sentido de contribuir com a reflexão sobre os significados históricos, políticos, sociais e educacionais da atuação do professor de história. Para tanto, abordaremos temas e problemas centrais da história do ensino de história em suas principais características relacionadas à atuação dos professores, das produções acadêmicas sobre o ensino de história e da experiência individual/coletiva dos mestrandos cuja rememoração será fomentada através da escrita de memoriais que oportunizem o reconhecimento da história do ensino de história como um campo de pesquisa e de ação. Neste sentido, o Profhistória constitui momento oportuno de trans-form(a)cão da prática e dos saberes históricos em diferentes espaços de produção e difusão de memória e narrativas históricas que incluem mas não se restringem à sala de aula e ao espaço escolar.

OBJETIVO

PROGRAMA

1 – Introdução: O ensino da História, a formação de professores e a Pós-graduação

2 - Qual a história do ensino de história? 

2.1 – A institucionalização da história como conhecimento acadêmico e escolar no século XIX

2.2 -A criação dos cursos universitários de história e a profissionalização dos professores

2.3 - A trajetória do ensino de história na educação básica brasileira

3 - Ensino de História: a constituição do campo e os desafios contemporâneos

METODOLOGIA

 A disciplina será desenvolvida por meio de atividades síncronas (aulas dialogadas, por videoconferência e chats) e assíncronas (leitura, discussão e produção de textos). As atividades assíncronas serão desenvolvidas em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) criado no Google Classroom com seus aplicativos integrados, cujos dados e orientações de acesso serão enviados aos estudantes pelo e-mail cadastrado no sistema da UFU (É importante que o estudante mantenha seu e-mail atualizado no Portal do Estudante). Em caso de dificuldade técnica, comunicados os discentes, será utilizada em caráter excepcional, a plataforma Microsoft Teams. Já as atividades síncronas (aulas dialogadas por meio de vídeo-chamada e chat), bem como o atendimento aos estudantes serão realizados preferencialmente pelo Google Meet. Em caso de dificuldades técnicas para o acesso, utilizar-se-á o WebConf RNP. Havendo o retorno às atividades presenciais, as atividades síncronas aqui previstas serão realizadas sob este formato, com as devidas adaptações. Será proposta a leitura privilegiada de textos indicados no programa e a realização de uma atividade avaliativa diagnóstica e processual intitulada “Memórias de quem ensina história”, realizada em dois momentos: no início do curso, a escrita de um relato pessoal sobre a trajetória de formação e de profissional do mestrando como professor de história, enunciando suas expectativas em relação ao Mestrado Profissional. E ao final do curso, a escrita de um memorial que relacione a sua trajetória pessoal e profissional aos processos mais amplos da história do ensino de história discutidos durante o curso. O memorial deverá conter a apresentação de carta de intenções de pesquisa que se pretende desenvolver no Profhistória.

AVALIAÇÃO

O estudante será considerado aprovado se cumprir os seguintes requisitos:

1 – Participação em pelo menos 60% da carga horária das atividades síncronas;

2 – Realização das atividades assíncronas com pelos menos 60% de aproveitamento, conforme a escala de aproveitamento estabelecida pelas Normas Gerais de Pós-Graduação e pelo Regulamento do Programa:

I – “A” – Excelente (de 90 a 100% de aproveitamento): com direito a crédito;

II – “B” – Bom (de 75 a 89% de aproveitamento): com direito a crédito;

III – “C” – Regular (de 60 a 74% de aproveitamento): com direito a crédito;

IV – “D” – Insuficiente (de 40 a 59% de aproveitamento): sem direito a crédito; e

V – “E” – Reprovado (de 0 a 39% de aproveitamento): sem direito a crédito.

BIBLIOGRAFIA

Básica

BITTENCOURT, Circe M.F. Os confrontos de uma disciplina escolar: da história sagrada à história profana. Revista Brasileira de História, v.13, n.25/26, p.193-221, set/1992-ago/1993.

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FONSECA, Selva G. Caminhos da história ensinada. 3ª ed. São Paulo: Papirus, 1995. (1ª ed.1993)

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Complementar

ABUD, Katia Maria. , Revista Brasileira de História, v.18, nº.36, 1998, p.103-114.

BITTENCOURT, Circe Fernandes. Reflexões sobre o ensino de História. Estudos Avançados [online]. 2018, v. 32, n. 93 [Acessado 31 Janeiro 2022] ,pp. 127-149. Disponível em: <https://doi.org/10.5935/0103-4014.20180035>.

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CABRINI, Conceição. Ensino de História: revisão urgente. São Paulo: EDUC, 1986.

FREITAS, Itamar. Histórias do ensino de história no Brasil. São Cristovão: Editora UFS; Aracaju: Fundação Oviêdo Teixeira, 2006. (v. 1). 

GUSMÃO, Emery Marques. Memórias de quem ensina História: cultura e identidade docente. São Paulo: Ed. UNESP, 2004.

HOLLANDA, G. de. Um quarto de século de programas e compêndios de História para o ensino secundário brasileiro. 1931-1956. Rio de Janeiro, INEP/Ministério da Educação, 1957.

NADAI, Elza. O ensino de História no Brasil: Trajetória e perspectivas. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 13, n. 25/26, p. 163-174, set. 92/ago.93.

RALEJO, Adriana Soares, MELLO, Rafaela Albergaria e AMORIM, Mariana de Oliveira. BNCC e Ensino de História: horizontes possíveis. Educar em Revista [online]. 2021, v. 37 [Acessado 1 Fevereiro 2022]. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0104-4060.77056>. Epub 24 Set 2021

cronograma de atividades

Atividades Síncronas (mínimo de 50%): Aulas dialogadas realizadas pelo GoogleMeet em endereço divulgado no Ambiente Virtual (AVA) da disciplina.

Atividades Assíncronas (máximo de 50%): Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) criado no Google Classroom com seus aplicativos integrados.

Importante: O dados e orientações de acesso serão enviados aos estudantes pelo e-mail cadastrado no sistema da UFU (É importante que mantenha seu e-mail atualizado no Portal do Estudante)

APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______

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Documento assinado eletronicamente por Gilberto Cezar de Noronha, Professor(a) do Magistério Superior, em 20/04/2022, às 16:23, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

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A autenticidade deste documento pode ser conferida no site https://www.sei.ufu.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 3146254 e o código CRC 1F4FD8FA.

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