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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Avenida João Naves de Ávila, 2121 - Bairro Santa Monica, Uberlândia-MG, CEP 38400-902 |
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Plano de Ensino
IDENTIFICAÇÃO
Componente Curricular: |
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Unidade Ofertante: |
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Código: |
Período/Série: |
Turma: |
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Carga Horária: |
Natureza: |
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Teórica: |
Prática: |
Total: |
Obrigatória: |
Optativa: |
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Professor(A): |
Ano/Semestre: |
2023/2º |
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Observações: |
Semestre Letivo: Inicio: 08/01/2024 - Término: 25/04/2024
Horário da disciplina: Turma F: Terça-feira das 08 h às 11:30 h Turma G: Terça-feira das 19 h às 22:30 h |
EMENTA
Abordagens teórico-metodológicas sobre o espaço rural e a evolução da agricultura. A agricultura no feudalismo e o desenvolvimento da agricultura capitalista. A questão do campesinato. A formação da propriedade rural no Brasil e os tipos. Estado e políticas para a agricultura no Pós 2ª Guerra. A modernização da agricultura e a formação dos complexos agroindustriais e do agronegócio no Brasil. As relações campo-cidade e o Novo Rural. A Questão Agrária brasileira. Os movimentos sociais e a Reforma Agrária no Brasil. A dinâmica recente da agricultura no Brasil e no Mundo e aos regimes/tipos de produção de alimentos.
JUSTIFICATIVA
Os conteúdos da disciplina de Geografia Agrária buscam de maneira abrangente compreender o processo de desenvolvimento capitalista da agricultura, partindo do período do feudalismo e a transição para a agricultura intensiva/capitalista. Com relação ao Brasil, os conteúdos contemplam desde o período de formação da propriedade rural abordando-se o surgimento da pequena e grande propriedade e buscando a compreensão e formação do complexo rural capitalista a partir da atividade cafeeira. Dentre os conteúdos centrais da disciplina destaca-se a modernização da agricultura brasileira dos anos 1970, com a tecnificação e impactos provocados nas estruturas sociais rurais e no ambiente. Por último, serão desenvolvidas as principais temáticas relacionadas à agricultura brasileira recente, tais como o problema da Reforma Agrária, Produção familiar e camponesa, biotecnologia, “novo rural” e desenvolvimento sustentável e reestruturação da agricultura com interface com relações campo-cidade e ambientais na agricultura.
OBJETIVO
Objetivo Geral: |
Estudar organização do espaço rural, destacando a importância da agricultura e suas transformações recentes no processo de desenvolvimento capitalista no Brasil e no Mundo. |
Objetivos Específicos: |
- Apresentar a trajetória teórico-metodológica da Geografia Agrária;
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PROGRAMA
1. Geografia Agrária: questões teórico-metodológicas
1.1. A Geografia Agrária no contexto da ciência geográfica
1.2. Geografia Agrária, Rural e Agrícola: conceituações e diferenciações
1.3. Geografia Agrária Brasileira: gênese e evolução
1.4. Paradigmas e abordagens teórico-metodológicas recentes na Geografia Agrária
2. Agricultura no contexto histórico, econômico e social mundial
2.1. A agricultura no regime feudal
2.2. Revoluções agrícolas e a gênese da agricultura moderna
2.3. Progresso técnico e a dinâmica do uso da terra
2.4. As transformações da agricultura no capitalismo e as teorias sobre o campesinato
2.5 As formas de organização e produção da agricultura nas diferentes sociedades contemporâneas
3. A formação da propriedade privada da terra no Brasil
3.1. O desenvolvimento capitalista no campo brasileiro e estrutura agrária
3.2. O latifúndio e a formação da pequena propriedade rural
3.3. A renda da terra e a concentração de terras no Brasil
3.4. As relações de trabalho no campo e os tipos de agricultura
3.5. Agricultura familiar/camponesa e agricultura empresarial
4. Políticas Públicas, modernização do campo e as relações campo-cidade
4.1. Políticas públicas de desenvolvimento rural e territorial no Brasil
4.2. Estado, Revolução Verde, modernização e industrialização da agricultura e as transformações nas relações sociais de produção no campo brasileiro
4.3. A formação do Complexo Agroindustrial (CAI) e o Agronegócio
4.4. A dinâmica recente da agricultura e o Novo Rural brasileiro
4.5. As ruralidades, a multifuncionalidade e novas relações campo-cidade
4.6. Mundialização e reestruturação dos regimes alimentares mundial e brasileiro
5. A questão agrária e as transformações recentes no campo brasileiro
5.1. A questão agrária, as relações de poder e os conflitos no campo brasileiro
5.2. Do Estatuto da Terra às novas legislações agrárias e formas apropriação de terras pelo capital
5.3. Os movimentos de luta pela terra e os novos sujeitos das lutas sociais no campo
5.4. Reforma Agrária e assentamentos rurais no Brasil
5.5. As Políticas Públicas e a questão da produção de alimentos pela agricultura familiar
5.6. Estratégias de produção alternativas no campo: a produção agroecologia e orgânica
TRABALHO DE CAMPO: (X) SIM* ( ) NÃO
DESTINOS: TRABALHO DE CAMPO 1 (Turma F-F-1): COPAMIL - Iraí de Minas (MG) - Dia 23/04 TRABALHO DE CAMPO 2 (Turma F): PA Assentamento Emiliano Zapata -Uberlândia (MG) - Dia 26/03 TRABALHO DE CAMPO 3 (Turma F/G): PA Assentamento Celso Lúcio -Uberlândia (MG) - Dia 23/03
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METODOLOGIA
De acordo com os critérios de avaliação apresentados e aprovados com os alunos, dentre as estratégias principais de ensino e avaliação estão: aulas expositivas; apresentação de seminários; exposições individuais e em grupo, além de exercícios de textos selecionados. Os seminários e apresentações orais, além das aulas expositivas, ocorrerão com discussões e debates, buscando-se contemplar os conteúdos e aprofundamento por meio de outras leituras e visões sobre os temas trabalhados. Destaca-se, como proposta da disciplina a realização de trabalhos de campo, nos quais os alunos terão oportunidade de enriquecer e aprofundar os temas abordados em aula. Nas aulas expositivas, como estratégias e recursos didáticos serão utilizados os quadros de giz e pincel, apresentações em Datashow, vídeos/documentários, entre outros.
AVALIAÇÃO
Tipo de Avaliação |
Data |
Pontuação |
1ª Avaliação |
20 Fev. |
30 |
Resumos textos/ Estudo Dirigido |
Jan. a Abr. |
20 |
Relatório(s) de Trabalho(s) de Campo |
Fev.Mar.Abr. |
20 |
Apresentações de Textos/Seminários |
Jan. a Abr. |
10 |
Prova final |
23 Abr. |
20 |
TOTAL |
100 |
ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO: Conforme Art. 141 da Resolução CONGRAD n. 46/2022 que aprovou as Normas Gerais da Graduação, “Será garantida a realização de, ao menos, uma atividade avaliativa de recuperação de aprendizagem ao estudante que não obtiver o rendimento mínimo para aprovação e com frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) no componente curricular”. Para maiores informações sobre atividades de recuperação, consulte Resolução CONGRAD nº 46/2022 disponível em: http://www.reitoria.ufu.br/Resolucoes/ataCONGRAD-2022-46.pdf
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Tipo de Avaliação |
Época |
Valor |
PROVA A ser realizada pelos alunos que não alcançaram nota na 1ª e 2ª Provas e/ou não puderam participar dos Trabalhos de Campo. |
23/Abril/2024 |
100,00 (Abrangerá todo o conteúdo ministrado na disciplina) |
Conforme o Art. 3º da RESOLUÇÃO COLCOCGE Nº 5, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2023, o(a) discente considerado(a) aprovado(a) na avaliação de recuperação de aprendizagem terá, como resultado final, para registro, a nota máxima 60,0 (sessenta pontos).
BIBLIOGRAFIA
Básica
FERNANDES, B. M.; MARQUES, M. I. M.; SUZUKI, J. C. (Org.) Geografia Agrária - Teoria e Poder. São Paulo, Expressão Popular, 2007.
FERREIRA, Darlene A.O. Geografia Agrária no Brasil: conceituação e periodização. Revista Terra Livre. São Paulo: AGB, N.16, 2001, p. 39-70.
GRAZIANO DA SILVA, José. O que é questão agrária. São Paulo: Ed. Brasiliense [Col. Primeiros Passos, 18].
GUIMARÃES, Alberto P. Quatro séculos de latifúndio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar Ed. 20ª Ed., 1985.
KAUTSKY, Karl. A questão agrária. Trad. C. Iperoig. 3a. ed., São Paulo: Proposta, 1980.
MARTINS, José de Souza. Camponeses e a política no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1982.
SUZUKI, Júlio C. Geografia Agrária: gênese e diversidade. In: Abordagens teórico-metodológicas em Geografia Agrária/ Gláucio José Marafon; João Rua e Miguel Ângelo Ribeiro. Orgs. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2007, p. 17-39.
Complementar
ALVES, Flamarion D.; FERREIRA, Enéas R. Panorama Metodológico da Geografia Rural: apontamentos para a História do Pensamento Geográfico. Simpósio de Pós-Graduação em Geografia do Estado de São Paulo (SIMPGEO-SP). Rio Claro: UNESP, 2008, p. 885-895.
GONÇALVES NETO, Wenceslau. Estado e agricultura no Brasil. Política agrícola e modernização econômica brasileira 1960-1980. São Paulo: Hucitec, 1997.
GRAZIANO DA SILVA, José. Estrutura agrária e produção de subsistência na agricultura brasileira. São Paulo: Hucitec,1980, p.13-31
KAGEYAMA, Ângela (coord.) e outros. O novo padrão agrícola brasileiro: do complexo rural aos complexos agroindustriais. Relatório de Pesquisa. N.127. Brasília: IPEA, 1990, 14p.
MARTINS, José S. O cativeiro da terra. São Paulo: Liv. Editora Ciências Humanas, 1979.
MEDEIROS, Leonilde S. de. Reforma Agrária no Brasil: história e atualidade da luta pela terra. São Paulo: Ed. Perseu Abramo, 2003.
MAZOYER, Marcel: ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do neolítico à crise contemporânea [tradução de Cláudia F. Falluh Balduino Ferreira]. – São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010.
OLIVEIRA, Ariovaldo U. A agricultura camponesa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2001.
OLIVEIRA, Ariovaldo U. A Geografia Agrária e as Transformações Territoriais Recentes no Campo Brasileiro. Novos caminhos da Geografia/ Ana Fani Alessandri Carlos (Org.). São Paulo: Ed. Contexto, 2002, p. 63-110.
OLIVEIRA, Ariovaldo U. Modo capitalista de produção, agricultura e Reforma Agrária. São Paulo: FFCH/Labur Edições, 2007.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter; LEÃO, Pedro C. da Rocha. Terra, violência e conflito na formação territorial brasileira. Revista da ANPEGE. v. 16. nº. 29, 2020, p. 712-767.
STEDILE, João Pedro; FERNANDES, Bernardo Mançano. Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.
APROVAÇÃO
Plano aprovado na 1ª reunião/2024 do Colegiado do Curso de Graduação em Geografia realizada em 22/01/2024.
Documento assinado eletronicamente por João Cleps Junior, Professor(a) do Magistério Superior, em 26/01/2024, às 13:59, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. |
Documento assinado eletronicamente por Angela Fagna Gomes de Souza, Coordenador(a), em 21/02/2024, às 13:39, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. |
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Referência: Processo nº 23117.038792/2023-88 | SEI nº 5015324 |