UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em História

Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1H, Sala 1H50 - Bairro Santa Mônica, Uberlândia-MG, CEP 38400-902
Telefone: (34) 3239-4395 - www.ppghis.inhis.ufu.br - ppghis@inhis.ufu.br
  

Timbre

Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

Componente Curricular:

Tópicos Especiais em História II

Unidade Ofertante:

Instituto de História

Código:

MH126

Período/Série:

Turma:

U

Carga Horária:

Natureza:

Teórica:

Sim

Prática:

 

Total:

60

Obrigatória:

( )

Optativa:

( x )

Professor(A):

Kátia Rodrigues Paranhos

Ano/Semestre:

2023/2

Observações:

 

 

EMENTA

A disciplina compreende o estudo de diferentes abordagens temáticas e teórico metodológicas de pesquisas em História.

JUSTIFICATIVA

Pretende-se discutir as relações entre a História e os campos das Linguagens, entendidas como (re)elaborações simbólicas das experiências, organização e classificação de mundo, em suas diversas manifestações e suportes
– visualidades, sonoridades e corporeidades –, e cujo enfoque teórico-metodológico evidencia as problemáticas da produção, reprodução e circulação de sentidos, assim como a das (re)configurações das formas de percepção de mundo. O curso dará ênfase no estudo de obras historiográficas visando debater métodos, práticas de pesquisa e trabalho com fontes por parte dos autores selecionados e articulados com as pesquisas desenvolvidas pelos mestrandos na linha em questão.

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Possibilitar o estudo de temas e questões-problemas considerados relevantes para o desenvolvimento das pesquisas acadêmicas em História a partir das demandas da linha Linguagens, Identidades e Subjetividades.
 

Objetivos Específicos:

Debater a diversidade teórico-metodológica de pesquisas desenvolvidas voltadas às questões de linguagens, subjetividades e identidades.
Analisar trabalhos historiográficos atentando-se para seus diferentes procedimentos de pesquisa, recorte temático e utilização do instrumental teórico
Privilegiar, ao longo do semestre letivo, o estudo de obras que utilizem diferentes tipos de fontes históricas.

 

“O homem é o animal que vive entre dois grandes brinquedos – o Amor onde ganha, a Morte onde perde. Por isso inventou as artes plásticas, a poesia, a dança, a música, o teatro, o circo e, enfim, o cinema”. ANDRADE, Oswald de. “A crise da filosofia messiânica”. In: Obras completas: do Pau-Brasil à antropofagia e às utopias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978, p. 126.
 

PROGRAMA

Unidade I: História, linguagens e subjetividades
Discussão sobre conceitos de referência, temáticas e abordagens historiográficas.

Unidade II: Escritas da história: “o inventário das diferenças”
Reflexão sobre as formas da história: textos, visualidades e sujeitos sociais.

Unidade III Experiência: o outro em cena ou “o termo ausente: experiência”
Análise sobre os sentidos da(s) identidade (s): entre práticas e representações.

METODOLOGIA

Aulas expositivas com base em bibliografia especializada, com a participação dos alunos e a leitura dos textos como atividades obrigatórias.

 

6. 1. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

SEMANA

UNIDADE/EIXO TEMÁTICO
(QUANDO HOUVER)

ATIVIDADES PREVISTAS

CARGA HORÁRIA

Agosto: 22 e 29

Unidade I: História,
linguagens e subjetividades

Aula expositiva e debate Pra começo de conversa:
MATISSE, Henri, BOSI, Alfredo e CONTI, Mario Sérgio.
STONE, Lawrence, WHITE, Hayden e CHARTIER, Roger.

4h
4h

Setembro: 5 e 12

Idem

Aula expositiva e debate RAMER, Lloyd S., RANCIÈRE,
Jacques e CESAR, Temístocles.

4h

Setembro: 19 e 26

Idem

Aula expositiva e debate CERTEAU, Michel de. , GAY,
Peter e GINZBURG, Carlo

4h

Outubro: 3, 10 e 17

Unidade II: Escritas da
história: “o inventário das
diferenças”

Aula expositiva e debate WARBURG, Aby, FERRO,
Marc, MIRZOEFF, Nicholas, HUTCHEON, Linda e
ALAMBERT, Francisco.

4h

Outubro: 24 e 31

Idem

Aula expositiva e debate FOUCAULT, Michel, VEYNE,
Paul, VEYNE, Paul e SCHORSKE, Carl E.

4h

Novembro: 7, 14 e 21

Unidade III: Experiência: o
outro em cena ou “o termo
ausente: experiência”

Aula expositiva e debate BENJAMIN, Walter,
THOMPSON, E. P. SCOTT,
Joan W.

4h

Novembro: 28

Encerramento da disciplina

4h

60h

AVALIAÇÃO

7. 1. Participação efetiva nos debates realizados em sala de aula – 30 pontos
7. 2. Produção de ensaio crítico (entre 10 e 15 páginas) desenvolvendo questões históricas e teóricas abordadas no curso (de preferência, mas não obrigatoriamente, construindo relações com as temáticas da pesquisa de mestrado), ou seja, fundamentadas na bibliografia e nas discussões de sala de aula – 70 pontos.

BIBLIOGRAFIA

Básica

MATISSE, Henri. Notas de um pintor. In: Escritos e reflexões sobre arte. São Paulo: Cosac Naify, 2007, p. 37-50.
BOSI, Alfredo. A poesia é ainda necessária? In: Entre a literatura e a história. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2015, p. 9-23.
CONTI, Mario Sérgio. Introdução. In: PROUST, Marcel. À procura do tempo perdido: para o lado de Swann, v. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 9-13.
STONE, Lawrence. O ressurgimento da narrativa: reflexões sobre uma nova velha história. Revista de História, n. 2/3, Campinas, 1991, p. 13-37.
WHITE, Hayden. O passado prático. ArtCultura: Revista de História, Cultura e Arte, v. 20, n. 37, Uberlândia, 2018, p. 9-19. Disponível em <https://seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/47235/25563>.
CHARTIER, Roger. Verdade e prova: história, retórica, literatura, memória. Revista de História, n. 181, São Paulo, 2022, p. 1-21. Disponível em
<htps://www.scielo.br/j/rh/a/vsvJWJbLGGMJRsY7T5Kc7Lf/?format=pdf&lang=pt>.
KRAMER, Lloyd S. Literatura, crítica e imaginação histórica: o desafio literário de Hayden White e Dominick LaCapra. In: HUNT, Lynn (org.). A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 131-173.
RANCIÈRE, Jacques. Se é preciso concluir que a história é ficção. Dos modos da ficção. In: A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Exo experimental org/Editora 34, 2005, p. 52-62.
CESAR, Temístocles. Hamlet Brasileiro: ensaio sobre giro linguístco e indeterminação historiográfca (1970- 1980). História da Historiografa, v. 8, n. 17, Ouro Preto, 2015, p 440-461. Disponível em <htps://www.historiadahistoriografa.com.br/revista/issue/view/HH17>.
CERTEAU, Michel de. O riso de Michel Foucault. In: História e psicanálise: entre ciência e ficção. Belo Horizonte: Autêntica, 2011, p. 117-129.
GAY, Peter. Razão, realidade, psicanálise e o historiador. In: Freud para historiadores. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989, p. 101-119.
GINZBURG, Carlo. Freud, o homem dos lobos e os lobisomens. In: Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 207-217, e p. 280-281.
WARBURG, Aby. Mnemosyne. Revista Arte & Ensaios, v. 19, n. 19, Rio de Janeiro, 2009, p. 125-131. Disponível em <https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/50819/27565>.
FERRO, Marc. A quem pertence as imagens? In: NÓVOA, Jorge, FRESSATO, Soleni Biscouto e FEIGELSON, Kristian (orgs.). Cinematógrafo: um olhar sobre a história. Salvador-São Paulo: Edufba/Unesp, 2009, 15-25.
MIRZOEFF, Nicholas. O direito a olhar. ETD: Educação Temátca Digital, v. 18, n. 4, 2016, p. 745-768. Disponível em <htps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/artcle/view/8646472>.
HUTCHEON, Linda. Começando a teorizar a adaptação: o quê? quem? por quê? como? onde? quando? In: Uma teoria da adaptação. Florianópolis: Editora da UFSC, 2011, p. 21-59.
ALAMBERT, Francisco. Do ornamento ao espetáculo: Kracauer e a crítica materialista da cultura. In: História, arte e cultura: ensaios. São Paulo: Intermeios, 2020, p. 113-126.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor? In: Estética: literatura e pintura, música e cinema. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009, p. 264-298.
VEYNE, Paul. O inventário das diferenças: história e sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1983.
SCHORSKE, Carl E. O livro: tema e conteúdo (p. 13-28), O autor: o encontro com a história (p. 29-49), A história e o estudo da cultura (p. 241-255) e A busca do graal: Wagner e Morris (p. 108-123). In: Pensando com a história: indagações na passagem para o modernismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura (Obras escolhidas, v. 1). São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 114-119.
THOMPSON, E. P. Educação e experiência. In: Os românticos: a Inglaterra na era revolucionária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, p. 11-47.
SCOTT, Joan W. A invisibilidade da experiência. Projeto História, v. 16, São Paulo, 1998, p. 297-325. Disponível em <https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/11183/8194>.

Complementar

AUMONT, Jacques. O olho interminável: cinema e pintura. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
BARTHES, Roland. Michelet. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
BURCKHARDT, Jacob. A cultura no Renascimento na Itália: um ensaio. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
BURKE, Edmund. Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas idéias do sublime e do belo. Campinas: Papirus/Editora da Unicamp, 1993.
BURUCÚA, José Emilio. História, arte, cultura: de Aby Warburg a Carlo Ginzburg. Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica, 2003.
ECO, Umberto. Arte e beleza na estética medieval. Rio de Janeiro: Globo, 1989.
GAY, Peter. O estilo na história: Gibbon, Ranke, Macaulay, Burckhardt. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão: um estudo da psicologia da representação pictórica. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
JAMESON, Fredric. A virada cultural: reflexões sobre o pós-moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
JONES, Gareth Stedman. Languages of class: studies in english working class history 1832-1982. New York: Cambridge University Press, 1983.
LEFORT, Claude. As formas da história: ensaios de antropologia política. 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.
PARANHOS, Kátia Rodrigues, LEHMKUHL, Luciene e PARANHOS, Adalberto (orgs.). História e imagens: textos visuais e práticas de leituras. Campinas: Mercado de Letras/Fapemig, 2010.
RANCIÉRE, Jacques. A noite dos proletários: arquivos do sonho operário. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
SAMUEL, Raphael. Teatros de memória. Projeto História, n. 14, São Paulo, fev. 1997, p. 41-81.
SCHORSKE, Carl E. Viena fin-de-siècle: política e cultura. São Paulo/Campinas: Companhia das Letras/Editora da Unicamp, 1988.
SENNETT, Richard. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
TAYLOR, Miles. As guinadas lingüísticas na história social britânica. História Social, n. 4/5, Campinas, IFCH/Unicamp, 1998, p. 77-90.
WARBURG, Aby. Atlas mnemosyne. Madri: Akal, 2010.
WHITE, Hayden. Trópicos do discurso. São Paulo: Edusp, 1994.
WILLIAMS, Raymond. Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
XAVIER, Ismail. O olhar e a cena. São Paulo: Cosac & Naif, 2003.

“Talvez a velhice e o medo me enganem, mas suspeito que a espécie humana – a única – está em vias de extinção e que a Biblioteca perdurará: iluminada, solitária, infinita, perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos, inútil, incorruptível, secreta”. BORGES, Jorge Luis. “A biblioteca de Babel”, in: Ficções (1944). São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 78.

APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: 11/10/2023

Coordenação de Pós-graduação: Carla Miucci Ferraresi de Barros

 


logotipo

Documento assinado eletronicamente por Carla Miucci Ferraresi de Barros, Coordenador(a), em 30/10/2023, às 11:40, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por Kátia Rodrigues Paranhos, Usuário Externo, em 01/11/2023, às 19:31, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


QRCode Assinatura

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site https://www.sei.ufu.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 4909290 e o código CRC 26444814.




Referência: Processo nº 23117.043902/2023-23 SEI nº 4909290