UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Colegiado do Curso de Graduação em Química - Pontal

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Timbre

Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

Componente Curricular:

Instrumentação para o ensino de Química I

Unidade Ofertante:

ICENP

Código:

GQI 111

Período/Série:

Turma:

QN

Carga Horária:

Natureza:

Teórica:

60

Prática:

0

Total:

60

Obrigatória:

( x )

Optativa:

( )

Professor(A):

Juliano Soares Pinheiro

Ano/Semestre:

2019/2

Observações:

 

 

EMENTA

1. Principais concepções sobre a natureza da Ciência

2. Ciência e Tecnologia

3. Contribuição da pesquisa em ensino de Ciências

4. Principais concepções das diversas correntes sobre ensino e aprendizagem de ciências

5. Tendências atuais no ensino

JUSTIFICATIVA

A disciplina Instrumentação para o Ensino de Química I justifica-se pela necessidade de se discutir a construção do conhecimento científico enquanto uma produção humana, suscetível a erros e imprecisões, sendo, portanto, um conhecimento transitório e passível de constantes mudanças. Ademais, é importante que os/as futuros/as professores/as de Química, concebam que a ciência Química não foi construída por mentes iluminadas, de maneira que o ensino da Química deve desmistificar a forma como o imaginário coletivo concebe a construção do conhecimento científico.

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Introduzir o estudante na reflexão crítica sobre a construção do conhecimento químico na escola e na sociedade

Objetivos Específicos:

Perceber o conhecimento científico como uma realidade construída pela inteligência humana; Romper com as visões simplistas sobre o ensino de ciências; Adquirir conhecimentos teóricos sobre a aprendizagem das ciências.

PROGRAMA

1. Principais concepções sobre a natureza da Ciência – construção humana do conhecimento científico guiada por paradigmas, sujeita a mudanças e relacionada a aspectos sociais, políticos, históricos e atendendo a diversos interesses.

2. Ciência e Tecnologia – herança cultural, conhecimento e recriação da natureza (traço fundamental das culturas); benefícios e malefícios.

3. Contribuição da pesquisa em ensino de Ciências – avançando o conhecimento de como se dão os processos de aprendizagem; subsídios para a elaboração de diferentes teorias e para a organização de propostas curriculares inovadoras.

4. Principais concepções das diversas correntes sobre ensino e aprendizagem de ciências Ensino Tradicional (os professores transmitem os conhecimentos acumulados pela humanidade por meio de aulas expositivas e os alunos reproduzem as informações – conhecimento científico considerado um saber neutro, isento e inquestionável); Escola Nova (dar condições para o aluno vivenciar o que se denominava método científico – observar, levantar hipóteses, testa-las, refutá-las e abandoná-las quando fosse o caso – trabalhando de forma a redescobrir conhecimentos (método da redescoberta); CTS (conteúdos socialmente relevantes e processos de discussão coletiva de temas e problemas de significado e importância reais – integração de diferentes conteúdos, caráter interdisciplinar); Movimento das concepções alternativas/mudança conceitual e construção do conhecimento (as crianças possuem concepções sobre uma variedade de tópicos em ciências mesmo antes da aprendizagem formal, na maioria das vezes são diferentes das concepções dos cientistas e podem não serem influenciadas pelo ensino); Ensino por pesquisa (tendo como ponto de partida situações problemáticas abertas empreende-se investigações similares às científicas); Perfil conceitual (conjunto de duas ou mais versões para um mesmo conceito, comportando simultaneamente as concepções cotidianas e as científicas, mesmo que sejam incompatíveis entre si).

5. Tendências atuais no ensino – pluralidade de perspectivas teórico-práticas (diversificados contextos e processos relacionados ao ensino e à aprendizagem em ciências).

METODOLOGIA

Para discutir a natureza do conhecimento científico nas aulas de Química, serão realizadas leituras acerca das principais produções de filósofos e epistemólogos da ciência, como Karl Popper, Thomas Kuhn, Lakatos, Feyerabend, Alan Chalmers, dentre outros, para que os/as alunos/as possam ter uma concepção filosófica e histórica de como a ciência, de maneira mais ampla e de Química de maneira mais detida, se constituíram ao longo do tempo. 

As leituras serão cobradas mediante a produção de resenhas e produções escritas relacionadas aos textos lidos pelos/as alunos/as. Tais leituras serão essenciais para os debates e discussões em sala de aula, que ocorreram de maneira a conferir protagonismo aos/às alunos/as no processo de entendimento da natureza da construção do conhecimento científico.

Além das leituras e discussões, os/as alunos/as deverão realizar a análise de livros didáticos de Química para a educação básica, levando em consideração como esses materiais veiculam a construção do conhecimento científico e a imagem de cientista, devendo observar se há distorções acerca desses aspectos.

Para os debates sobre a contribuição da pesquisa em Ensino de Ciências/Química e as principais concepções de ensino e aprendizagem de Química, a dinâmica será a mesma da leitura de textos e produções decorrentes destas leituras.

AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados em um processo contínuo em diferentes momentos ao longo do semestre. Serão utilizados os seguintes instrumentos avaliativos:

1- Os alunos deverão, para cada texto lido, fazer um texto contendo o que entenderam, o que não entenderam e 3 perguntas motivadoras de debate, compondo 30% da nota;

2- Análise de livros didáticos de Química, de acordo com as categorias Imagem de cientista veiculada no capítulo e a concepção de construção do conhecimento científico. Após a análise eles deverão apresentar uma proposta de ensino dos conteúdos analisados, levando em consideração os mesmo aspectos da análise do livro, compondo 30% da nota;

3- Prova escrita compondo 40% da nota.

Será considerado aprovado o aluno que obtiver um aproveitamento na disciplina igual ou superior a 60 (sessenta) pontos e alcançar uma frequência igual ou superior a 75% nas aulas.Entretanto, se a nota final for maior que 40 e menor que 60 pontos, o aluno poderá fazer um exame final, no valor de 100 pontos, o qual versará sobre toda a matéria do semestre, e neste caso, o aluno será aprovado se alcançar aproveitamento maior ou igual a 60% neste exame.

BIBLIOGRAFIA

Básica

1-CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.

2- FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1991.

3- KNELLER, G. F. A Ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar Editores; São Paulo: Edusp, 1980.

Complementar

4- KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978.

5- LUTFI, M. Cotidiano e educação em química. Ijuí: Livraria Unijuí, 1988.

6- MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo, EPU, 1986.

7- SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências, São Paulo: Cortez, 1999.

8- SCHNETZLER, R. P. e ARAGÃO. R. M. R. (orgs) Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. Campinas: R. Vieira Gráfica e Editora, 2000.

9- Textos selecionados dos periódicos: Journal of Chemical Education; Enseñanza de las Ciencias; Journal of Research in Science Teaching; Química Nova; Química Nova na Escola; Education in Chemistry; International Journal of Science Education; Science Education.

APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______

Coordenação do Curso de Graduação: _________________________

 


logotipo

Documento assinado eletronicamente por Hugo de Souza Rodrigues, Coordenador(a), em 27/09/2019, às 21:01, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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Referência: Processo nº 23117.084712/2019-80 SEI nº 1572171