UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal

Rua Vinte, 1600 - Bairro Tupã, Ituiutaba-MG, CEP 38304-402
Telefone: (34)3271-5248 -
  

Timbre

Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

Componente Curricular:

História da Química e Filosofia da Ciência

Unidade Ofertante:

Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal

Código:

ICENP

39002

Período/Série:

Turma:

QI

Carga Horária:

Natureza:

Teórica:

60

Prática:

0

Total:

60

Obrigatória:

(X)

Optativa:

( )

Professor(A):

Fernanda Monteiro Rigue

Ano/Semestre:

2023/2

Observações:

Ofertada em formato presencial. Componente curricular utilizará da Plataforma Microsoft Teams®, equipe HIST. QUÍ. FIL. CIÊNCIA (2023-2), com vistas a ampliar o contato entre professora e estudantes, tendo em vista a complementação de aprendizagens inerentes ao desenvolvimento das ações (arquivos de aulas, listas, notas, entre outros). Plano de Ensino elaborado conforme premissas dos Artigos presentes na Resolução CONGRAD nº 118, de 10 de novembro de 2023.

 

ementa

As principais concepções sobre a Natureza das Ciências;

A escrita histórica e as diversas historiografias das  ciências;

A história da Química e sua relação com experimentação;

Primeiras teorias gregas sobre natureza da matéria;

A química do século XVI ao século XX;

A química no Brasil;

Racismo científico e teoria eugenistas.

JUSTIFICATIVA

A disciplina História da Química e Filosofia da Ciência justifica-se pela necessidade de se discutir a construção do conhecimento científico enquanto uma produção humana, suscetível a erros e imprecisões, sendo, portanto, um conhecimento transitório e passível de constantes mudanças. Ademais, é importante que os/as futuros/as bacharéis em Química, concebam que a ciência Química não foi construída por mentes iluminadas proporcionando a estes/as futuros/as profissionais uma visão mais humanizada da Ciência Química e desmistificando a forma como o imaginário coletivo concebe a construção do conhecimento científico.

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Proporcionar ao futuro bacharel o entendimento do processo de produção, distribuição e consumo do discurso da história da Química, fornecendo uma visão de como a química se situa na história da humanidade.

Objetivos Específicos:

Contribuir para a formação do bacharel em química como crítico a questões relacionadas ao fazer sócio-histórico das Ciências, abrangendo o caráter humano da construção do conhecimento cientifico.

Tratar do conhecimento a partir de outras matrizes epistemológicas, como africanas, indígenas e asiáticas.

PROGRAMA

As principais concepções sobre a Natureza das Ciências: construção humana do conhecimento cientifico guiada por paradigmas, sujeita a mudanças e relacionada a aspectos sociais, políticos, históricos e atendendo a diversos interesses.

A escrita histórica e as diversas historiografias das ciências: abordar o caráter ideológico da escrita histórica, possibilitando uma reflexão sobre para quem e por quem as histórias da ciência são escritas.

A história da Química e sua relação com experimentação: Caráter essencialmente experimental da construção do conhecimento químico.

Primeiras teorias gregas sobre natureza da matéria: Leucipo, Demócrito, Epicuro, Platão e Aristóteles, os elementos e a substância em Aristóteles.

A química do século XVI ao século XX: Panorama geral da construção da ciência Química.

A química no Brasil: A constituição da Química no Brasil.

Racismo científico e teoria eugenistas: Teorias científicas raciais, conceito biológico de raça, teorias científicas eugenistas, desconstrução do racismo científico.

METODOLOGIA

Aulas expositivas e dialogadas, calcadas na dialogicidade. Nesses momentos de aula haverá a apresentação da ementa e conteúdos programáticos previstos na disciplina, juntamente com dinâmicas de leitura, reflexão e debate acerca de textos previstos na bibliografia básica e complementar. Ademais, haverá a exibição de vídeos sobre as discussões do componente curricular e suas implicações no processo de formação inicial dos/as estudantes, bem como a socialização das atividades avaliativas elaboradas pelos/as mesmos/as. Os recursos didáticos mobilizados ao longo das ações da disciplina serão: quadro verde; lousa branca; apagador; giz; pincel atômico; notebook; data-show; caixa de som; livros didáticos e paradidáticos; entre outros.
Os/as estudantes também terão acesso aos materiais da nossa disciplina na plataforma Microsoft Teams (a qual oferece todas as ferramentas que os/as estudantes necessitam para enviar tarefas e acessar materiais da disciplina) - que também servirá como subsídio para realização de Atividades Acadêmicas Extras, conforme redação da Resolução CONGRAD nº 118, de 10 de novembro de 2023. Para isso, é primordial que os/as estudantes matriculados/as tenham e-mail institucional (@ufu.br) para ter acesso às funcionalidades da plataforma.

AVALIAÇÃO

Os/as discentes serão avaliados em um processo contínuo em diferentes momentos ao longo das atividades da disciplina. Ademais, a avaliação acompanhará o próprio processo e evolução com as leituras, escritas, conversações e seu modo de agir diante das provocações da disciplina, percebendo seu interesse, envolvimento e responsabilidade.

Serão utilizados os seguintes instrumentos avaliativos:
1)   Elaboração e apresentação de seminários: 35 pontos.
2)   Elaboração de resenhas: 30 pontos.
3)   Entrega do Portfólio envolvendo reflexões acerca das ações/aprendizagens vivenciadas na disciplina: 35 pontos.
Todos os critérios a serem empregados nos diferentes instrumentos avaliativos serão explanados e explicitados aos alunos e alunas durante a disciplina, ficando a docente à disposição para maiores esclarecimentos.
Não entregar as atividades avaliativas, na data e horário determinado, sem justificativa e vinculação com o que está previsto nas normas da universidade, implicará em nota 0 (zero).
Será considerado aprovado o/a aluno/a que obtiver um aproveitamento na disciplina igual ou superior a 60 (sessenta) pontos e alcançar uma frequência igual ou superior a 75% nas aulas. Entretanto, se a nota final for maior que 40 e menor que 60 pontos e, alcançar uma frequência igual ou superior a 75%, o aluno poderá fazer uma Atividade Avaliativa de Recuperação da Aprendizagem (Conforme Art. 141 da Resolução CONGRAD Nº 46 de 31 de março de 2022), no valor de 100 pontos, a qual versará sobre toda a matéria do semestre, e neste caso, o/a aluno/a será aprovado/a se alcançar aproveitamento maior ou igual a 60% neste exame. A Atividade Avaliativa de Recuperação da Aprendizagem será realizada no período previsto pela Resolução CONGRAD Nº 106, de 07 de junho de 2023. Persistindo a nota final menor do que 60 pontos, o/a discente será reprovado/a

 

BIBLIOGRAFIA

Básica

ALFONSO-GOLDFARB, A. M. Da alquimia à química: um estudo sobre a passagem do pensamento mágico-vitalista ao mecanicismo. 2. ed. São Paulo: Landy, 2001.

BENSAUDE-VINCENT, B. História da química. Lisboa: Instituto Piaget, 1992.

CHASSOT, A. I. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

Complementar

BELTRAN, M. H. R.; TRINDADE, L. dos S. P. (Org.). História da Ciência e Ensino: abordagens interdisciplinares. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2017.

BELTRAN, M. H. R.; SAITO, F. ; TRINDADE, L. S. P. (Org.). História da Ciência Tópicos Atuais. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2010. 

BELTRAN, M. H. R.; SAITO, F. ; TRINDADE, L. S. P. (Org.). História da Ciência Tópicos Atuais 2. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2010. 

BELTRAN, M. H. R.; SAITO, F. ; TRINDADE, L. S. P. (Org.). História da Ciência Tópicos Atuais 3. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2014. 

BELTRAN, M. H. R. [et al]. A imprensa, a pólvora e a bússola: Ciência e Técnica nas origens da Ciência Moderna. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2017. 

CHAVANNES, I. Aulas de Marie Curie: anotadas por Isabelle Chavannes em 1907. São Paulo: Edusp,  2007.

CUNHA JÚNIOR., H. Tecnologia africana na formação brasileira. Rio de Janeiro: CEAP, 2010.

FARIAS, R. F. Para gostar de ler a história da química. 2. ed. Campinas: Átomo, 2005. v. 1.

FARIAS, R. F. Para gostar de ler a história da química. 2. ed. Campinas: Átomo, 2005. v. 2.

FARIAS, R. F. História da alquimia. Campinas: Editora Átomo, 2010.

FILGUEIRAS, C. A. L. Lavoisier: o estabelecimento da química moderna. 2. ed. São Paulo: Odysseus,2002.

FILGUEIRAS, C. A. L. Origens da química no Brasil. Campinas: Editora Unicamp, 2015.

FRANCELIN, M. M. Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias e paradoxos. Ciência da Informação. Brasília, v.33, n. 3, p.26-34, set./dez. 2004.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1978.

MARQUES, G. T. S. História da Química. 2ª Ed. Fortaleza: Editora da Universidade Estadual do Ceará (EdUECE), 2019. Disponível em: <http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/472966>.

MASSONIR, N. T. Epistemologias do século XX. Porto Alegre: Instituto de Física, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física, UFRGS, 2005. Disponível em: <https://ppgenfis.if.ufrgs.br/index.php>.

NEVES, L. S.; FARIAS, R. F. História da Química um livro texto para a graduação. 2ª Ed. São Paulo: Editora Átomo, 2011.

PORTOCARRERO, V. (Org.). Filosofia, história e sociologia das ciências I: abordagens contemporâneas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994.

RIGUE, F.; DALMASO, A.; RAMOS, M. R. A potência do Portfólio na Formação Docente em Química: um relato narrativo autobiográfico. Revista Insignare Scientia - RIS, v. 4, n. 1, p. 151-167, 19 fev. 2021.

ROSMORDUC, J. Uma História da Física e da Química: de Tales a Einstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988.

SILVA, D. D.; NEVES, L. S.; FARIAS, R. F. História da química no Brasil. 2. ed. Campinas: Átomo, 2006.

TERESI, D. Descobertas perdidas: as raízes antigas da ciência moderna, dos babilônios aos maias. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. 2. ed. São Paulo. Moderna, 2005.

LABORATÓRIO do Mundo. Idéias e Saberes do Século XVIIISão Paulo: Pinacoteca do Estado - Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.​

LIMA, A. L.; SOARES, M. H. F. B. E a parte da história que não é contada? Reflexões feministas sobre a História da Ciência. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática[S. l.], v. 10, n. 3, p. e22071, 2022. DOI: 10.26571/reamec.v10i3.14266. Disponível em: <https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/14266>

Textos selecionados dos periódicos: Journal of Chemical Education; Enseñanza de las Ciencias; Journal of Research in Science Teaching; Química Nova; Química Nova na Escola; Education in Chemistry; International Journal of Science Education; Science Education, entre outros periódicos da área da Educação e do Ensino.

APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______

Coordenação do Curso de Graduação: _________________________

 


logotipo

Documento assinado eletronicamente por Rodrigo Barroso Panatieri, Coordenador(a), em 22/03/2024, às 14:16, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


QRCode Assinatura

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site https://www.sei.ufu.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 5102275 e o código CRC 32B428BA.




Referência: Processo nº 23117.090087/2023-91 SEI nº 5102275