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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1H, 2º piso, Sala 1H50 - Bairro Santa Mônica, Uberlândia-MG, CEP 38400-902 |
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Plano de Ensino
IDENTIFICAÇÃO
Componente Curricular: |
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Unidade Ofertante: |
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Código: |
Período/Série: |
Turma: |
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Carga Horária: |
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Teórica: |
Prática: |
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Obrigatória: |
Optativa: |
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Professor(A): |
Ano/Semestre: |
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Observações: |
EMENTA
O estatuto epistemológico da história. História, historiografia e historicidade. Tempo histórico e experiência. Usos do contexto. Objetividade e subjetividade em história. O particular e o geral. História, verdade e prova. Retórica e conhecimento histórico. História e memória. História e identidades sociais. A narrativa histórica. O método histórico. O uso dos conceitos pelo historiador. A construção do objeto histórico. A operação historiográfica: lugar social, práticas e texto. Arquivo, compreensão/explicação e representação. Os conceitos antigo e moderno de história. A história- problema. Escalas de análise. Teorias e filosofias da história. A disciplinarização da história. A história como ciência social.
JUSTIFICATIVA
A disciplina pretende introduzir uma abordagem da Teoria da História considerando-se algumas questões básicas: a contribuição de uma abordagem teórico e historiográfica da história para a formação de professores de história; o campo da teoria da história e as possibilidades de reflexão acerca do ensino/aprendizagem da disciplina história na educação básica; para que serve a história ou a quais interesses ela serve. Sem a pretensão de oferecer respostas conclusivas, objetiva-se suscitar discussões e debates e possibilitar aos mestrandos, profissionais da educação básica, o diálogo e compreensão da experiência cotidiana em sala de aula em um contexto contemporâneo que impõe uma série de desafios ao ofício do historiador, professor-pesquisador.
OBJETIVO
Objetivo Geral: |
Estudo das principais concepções de história e debates teórico-metodológicos e historiográficos, visando alcançar-se uma compreensão bem fundamentada das especificidades, propósitos, limites e desafios do conhecimento histórico. |
Objetivos Específicos: |
Analisar a História enquanto conhecimento: sua produção, divulgação, ensino, temporalidades, usos e narrativas; Discutir a relação entre história e memória a partir das políticas de memória e do ofício da História na produção do conhecimento e em sua divulgação; Refletir acerca do conhecimento histórico escolar e as disputas que se apresentam no campo do ensino e do cotidiano docente; |
PROGRAMA
Os eixos temáticos serão distribuídos:
DATAS |
ATIVIDADES |
18/03 |
Recepção dos estudantes. Roda de conversa organizada pela Coordenação do Programa. |
25/03 |
Apresentação do plano de atividades, metodologias e avaliações. Introdução à disciplina. LARROSA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação. Jan/Fev/Mar/Abr 2002. |
01/04 |
O conceito de História ARENDT, Hannah. “O conceito de História – antigo e moderno” In: Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1979, p. 69-126. |
08/05 |
Realização de leituras e notas de leituras para discussão em aula. |
15/04 |
O conceito de História ANKERSMIT, F. A escrita da história: natureza da representação histórica. Londrina: Eduel, 2012. |
22/04 |
Realização de leituras e notas de leituras para discussão em aula. |
29/04 |
Como conhecemos o passado I LOWENTHAL, David. Como conhecemos o passado. Projeto História. São Paulo, 17, 1998, p. 63-201. |
06/05 |
Repensando a História JENKINS, K. A história repensada. São Paulo: Contexto, 2004. |
13/05 |
Desafios à História TROUILLOT, Michel-Rolph. Silenciando o passado: poder e a produção da história. Tradução de Sebastião Nascimento. Curitiba: Huya, 2016. |
20/05 |
Desafios à História GRUZINSKI, Serge. Até que ponto a história nos torna mais humanos? Ler História, n. 70, 2017, p. 185-197. HARTOG, François. Situações postas à história. Revista de História, São Paulo, n. 166, jan./jun. 2012, p. 17-33. |
27/05 |
Procedimentos e escrita da História HARTOG, François. Evidência da história: o que os historiadores veem. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2013 |
03/06 |
RÜSEN, Jörn. Pode-se melhorar o ontem? In: SALOMON, Marlon (Org.). História, Verdade e Tempo. Chapecó, SC : Argos, 2011, p. 259-290. |
10/06 |
COSTA, Emília Viotti da. Novos públicos, novas políticas, novas histórias: do reducionismo econômico ao reducionismo cultural: em busca da dialética. Anos 90, Porto Alegre, n. 10, p. 7-22, dez. 1998. |
17/06 |
Resistências à memória HUYSSEN, Andreas. “Resistência à memória: usos e abusos do esquecimento público”. In Culturas do passado-presente – modernismos, artes visuais, políticas da memória. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014 – p. 155-176. |
24/06 |
Conhecimento histórico escolar e memórias ROCHA, Helenice et alii (orgs.). A escrita da história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. |
01/07 |
Escrita da História e ensino GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Escrita da história e ensino de história: Tensões e paradoxos. In: ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marcelo; GONTIJO, Rebeca (orgs.). A escrita da história escolar: Memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009, p. 35-50. |
08/07 |
Oficina de Pesquisa e Projetos |
15/07 |
Avalição do curso e entrega do trabalho final da disciplina. |
Trabalho de campo:
Prevê-se a realização de um trabalho de campo em cidade/local e data a definir com os mestrandos. O trabalho de campo será composto de visitas técnicas a museus, arquivos, bibliotecas, exposições de artes, espetáculos e outros que propiciem a imersão e a articulação do conhecimento com a materialidade histórica.
METODOLOGIA
As atividades do curso serão divididas em seminários, exposições, aulas dialogadas e debates a partir da leitura prévia dos textos indicados na bibliografia principal. Cada estudante assumirá a exposição e comentários acerca de um texto/temática proposta para a aula com o apoio e mediação da professora nos debates.
Toda a comunicação com os estudantes, envio e recebimento de materiais, será via correio eletrônico e arquivos poderão compartilhados no Google Drive.
AVALIAÇÃO
O mestrando será avaliado pela:
- frequência e participação nas aulas (20,0);
- condução das leituras pelas quais é responsável (30,0);
- elaboração de um texto individual articulando: a) questões de teoria da história discutidas ao longo do curso; b) problemas observados na experiência docente; c) possível tema de pesquisa. (50,0)
O texto deve ter entre 6 e 10 páginas, fonte times new roman, tamanho 12, espaçamento entrelinhas 1,5 e ser entregue de acordo com as normas da ABNT. Data da entrega:
Os critérios de avaliação contemplarão o domínio dos textos, temas, questões e autores utilizados; a organização, articulação e clareza das ideias; a coerência, coesão, correção e objetividade na formulação e expressão textuais.
Os conceitos serão atribuídos aos trabalhos escritos, conforme a escala de aproveitamento estabelecida pelas Normas Gerais de Pós-Graduação e pelo Regulamento do ProfHistória UFU:
I – “A” – Excelente (de 90 a 100% de aproveitamento): com direito a crédito;
II – “B” – Bom (de 75 a 89% de aproveitamento): com direito a crédito;
III – “C” – Regular (de 60 a 74% de aproveitamento): com direito a crédito;
IV – “D” – Insuficiente (de 40 a 59% de aproveitamento): sem direito a crédito; e
V – “E” – Reprovado (de 0 a 39% de aproveitamento): sem direito a crédito.
BIBLIOGRAFIA
Básica
ANKERSMIT, F.A escrita da história: natureza da representação histórica. Londrina: Eduel, 2012.
ARENDT, Hannah. “O conceito de História – antigo e moderno” In: Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1979, p. 69-126.
CERRI, Luís Fernando. Os saberes escolares e o conceito de consciência histórica. Revista Educação e Fronteiras, Dourados, v. 4, n. 11, mai.-ago. 2014, p. 110-125.
COSTA, Emília Viotti da. Novos públicos, novas políticas, novas histórias: do reducionismo econômico ao reducionismo cultural: em busca da dialética. Anos 90, Porto Alegre, n. 10, p. 7-22, dez. 1998.
GRUZINSKI, Serge. Até que ponto a história nos torna mais humanos? Ler História, n. 70, 2017, p. 185-197.
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Escrita da história e ensino de história: Tensões e paradoxos. In: ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marcelo; GONTIJO, Rebeca (orgs.). A escrita da história escolar: Memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009, p. 35-50.
HARTOG, François. Evidência da história: o que os historiadores veem. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2013
HARTOG, François. Situações postas à história. Revista de História, São Paulo, n. 166, jan./jun. 2012, p. 17-33.
HUYSSEN, Andreas. “Resistência à memória: usos e abusos do esquecimento público”. In Culturas do passado-presente – modernismos, artes visuais, políticas da memória. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014 – p. 155-176
JENKINS, K. A história repensada. São Paulo: Contexto, 2004
LOWENTHAL, David. Como conhecemos o passado. Projeto História. São Paulo, 17, 1998, p. 63-201.
Resistências à memória
ROCHA, Helenice et alii (orgs.). A escrita da história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.
RÜSEN, Jörn. Pode-se melhorar o ontem? In: SALOMON, Marlon (Org.). História, Verdade e Tempo. Chapecó, SC : Argos, 2011, p. 259-290.
SADDI, Rafael. Didática da História como subdisciplina da ciência histórica. História & Ensino, Londrina, v. 16, n. 1, 2010, p. 61-80.
TROUILLOT, Michel-Rolph. Silenciando o passado: poder e a produção da história. Tradução de Sebastião Nascimento. Curitiba: huya, 2016.
Complementar
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. História, a arte de inventar o passado: Ensaios de teoria da história. Bauru, SP: EDUSC, 2007.
ARENDT, Hannah. Entre o Passado e o Futuro. Tad. Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2005.
BACZKO, Bronislaw. Imaginação Social. In: Enciclopédia Einaudi, v. 5, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. 7.a ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de história: Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
BOURDÉ, Guy & MARTIN, Hervé. As Escolas Históricas. Mem Martins, Portugal: Publicações Europa-América, 1990.
BOUTIER, J. Passados recompostos: campos e canteiros da História. Rio de Janeiro: Editora UFRJ: Editora FGV, 1998.
BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a História. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978.
BURKE, Peter (org.). A escrita da história: Novas perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1992.
CATROGA, Fernando. Os passos do homem como restolho do tempo: memória e fim do fim da história. Coimbra: Almedina, 2009.
CERRI, Luís Fernando. Ensino de história e consciência histórica: implicações didáticas de uma discussão contemporânea. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.
CERTEAU, Michel. A escrita da História. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982.
Fernando Nicolazzi, Helena Miranda Mollo e Valdei Lopes de Araújo. Aprender com a história? O passado e o futuro de uma questão. Rio de Janeiro: FGV, 2011.
GAGNEBIN, Jeanne M. Lembrar Escrever Esquecer São Paulo: Editora 34. 2006.
HARTOG, François. Regimes de historicidade. Presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2014.
HUNT, L. (org.). A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
HUYSSEN, Andreas. Culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da memória. Rio de janeiro: Contraponto/MAR, 2014.
KOSELLECK, Reinhardt. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006.
MALERBA, Jurandir. et alii. Historiografia contemporânea em perspectiva crítica. Bauru: EDUSC, 2007.
PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.
REVEL, Jacques. Proposições. Ensaios de História e Historiografia. Rio de Janeiro: Ed.UERJ, 2009.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas, SP: UNICAMP, 2007.
RUSEN, Jörn. História Viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: UnB, 2007.
RUSEN, Jörn. Razão Histórica. Teoria da História: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: UnB, 2001.
APROVAÇÃO
Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______
Coordenação do Curso de Graduação: _________________________
Documento assinado eletronicamente por Maria Andrea Angelotti Carmo, Professor(a) do Magistério Superior, em 08/05/2023, às 21:10, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. |
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Referência: Processo nº 23117.087427/2022-16 | SEI nº 4096067 |