UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em História

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Timbre

Retificação

  

Processo nº 23117.006202/2024-39

Interessado: Divisão de Apoio à Pós-Graduação

  

A COORDENADORA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA, no uso de suas atribuições legais e regulamentares, retifica o EEdital PPGHI/INHIS/UFU/Nº1/2024_da seguinte forma:

No anexo 1:

Onde se lê: 

Linhas de Pesquisa:

 

1) Práticas Culturais e Relações de Poder

 

Esta linha abriga pesquisadores e pesquisadoras interessados (as) no estudo das múltiplas dimensões das relações de poder em intercâmbio com as práticas culturais. A Cultura é aqui compreendida como um processo de constante tensionamento entre tradição e ruptura produzido pelos embates das forças sociais. Nesse sentido, esta linha pretende abarcar estudos que se dediquem às diversas formas de elaboração simbólica, resultado da experiência dos indivíduos, dos compartilhamentos culturais construídos historicamente em situações conflitivas, sejam eles ações, ritos, valores, dentre outros. Importa ainda analisar os processos de trocas culturais entre sujeitos e grupos sociais em diferentes escalas espaciais, contextos e temporalidades. Isso porque entende-se que, do trânsito de indivíduos e de ideias, estabelecem-se histórias conectadas, marcadas por apropriações e ressignificações culturais, fundamentais para a produção artística e para a articulação de lutas sociais.

A linha interessa-se pelo estudo de costumes, valores e práticas culturais que definem e são definidos pelas relações sociais no trabalho, na vida cotidiana, nas instituições, nos espaços de lazer, em rituais, festas e celebrações, nos usos da lei e nas artes. As pesquisas aqui abrigadas buscam perceber também, através de documentação cartorial, processos judiciais e fontes orais, como os padrões culturais, as relações de poder e as mais variadas instituições sociais são criadas e transformadas sob o movimento de dinâmicas dos grupos sociais, bem como das estratégias dos sujeitos, em escalas variadas, analisando as experiências coletivas e individuais por meio das quais os agentes se constroem tanto como sujeitos quanto como grupos.

O estudo das artes contemplará não apenas o produto cultural, mas também seus suportes, lugares e os sujeitos a elas relacionados, como seus produtores, públicos/leitores, espectadores, críticos, considerados a partir de seu lugar social (gênero, classe, raça). Abarcará o cinema, a fotografia, o grafitti, o teatro, a música, a literatura, entre outros tipos de produções artísticas, tratadas aqui como expressões de ação política e social. A linha abrigará também estudos que abordam a imprensa, pensada como espaço de intervenção social e constituída de tensões e disputa políticas, econômicas e culturais cotidianas. São considerados relevantes diferentes aspectos da produção, distribuição/circulação e recepção de ideias, imagens e outras narrativas. Tais aspectos são tratados, preferencialmente, de modo articulado para a compreensão da maneira como ocorrem os processos de construção de sentido e seus tensionamentos e reconfigurações no âmbito das disputas políticas e simbólicas entre indivíduos, grupos sociais, ou sociedades.

 

Referências bibliográficas:

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história. Obras Escolhidas. Volume I. São Paulo: Brasiliense, 2012.

BUCK-MORS, Susan. Hegel, Haiti, and universal History. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 2009.

CHALHOUB, Sidney; PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda (org.) A História Contada: capítulos de história social no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante da Imagem: questão colocada aos fins de uma história da arte. São Paulo: Editora 34, 2013.

GINZBURG, Carlo. Nenhuma ilha é uma ilha: quatro visões da literatura inglesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

LEVI, Giovanni. A Herança Imaterial. A trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

MITCHELL, W.J.T. Iconology: Image, Text, Ideology. Chicago: The University Chicago Press, 1986.

PORTELLI, Alessandro. História Oral como arte da escuta. Letra & Voz, 2018.

REDIKER, Marcus. The Fearless Benjamin Lay: The Quaker Dwarf Who Became the First Revolutionary Abolitionist. New York: Verso, 2017.

SCOTT, Rebecca J.. Hébrard, Jean M. Provas de liberdade: uma odisseia atlântica na era da emancipação. Campinas: Ed. Unicamp, 2014.

THOMPSON, Edward P. Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

THOMPSON, Edward P. Os Românticos: a Inglaterra na era revolucionária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

WILLIAMS, Raymond. Marxismo e Literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

TRIVELLATO, Francesca. Corail contre diamants. De la Méditerranée à l'océan Indien au XVIIIe siècle. Paris: Seuil, 2016.

 

Leia-se: 

 

 

Linhas de Pesquisa:

 

1) Práticas Culturais e Relações de Poder

Esta linha abriga pesquisas sobre diversas formas de elaboração simbólica, experiências e compartilhamentos culturais construídos em diferentes circunstâncias. Interessa-se pelo estudo de costumes, valores e práticas culturais que definem e são definidos pelas relações sociais no trabalho, na vida cotidiana, nas instituições, em rituais, nos usos da lei e nas artes. Por meio de documentação cartorial, processos judiciais e fontes (orais, imagéticas, audiovisuais e outras), busca-se perceber como os padrões culturais, as relações de poder, as ideologias e as instituições são criadas e transformadas sob o movimento de dinâmicas dos grupos, bem como das estratégias dos sujeitos, em escalas variadas, analisando as experiências coletivas e individuais em que os agentes se constituem e são constituídos como sujeitos que se relacionam nos grupos aos quais pertencem.

A linha contará com estudos que abordam a imprensa, espaço de intervenção constituído por tensões e disputas políticas, econômicas e culturais. São considerados relevantes diferentes aspectos da produção, distribuição/circulação e recepção de ideias, imagens e outras narrativas. Esses aspectos, articulados, permitem compreender a maneira como ocorrem os processos de construção de sentido e seus tensionamentos e reconfigurações no âmbito dos debates entre indivíduos, grupos sociais ou sociedades. O estudo das artes, por sua vez, contemplará não apenas o produto cultural, mas também seus suportes, lugares e os sujeitos a elas relacionados, considerados a partir de seu lugar social (gênero, classe, raça).

Serão consideradas questões relativas à história do pensamento histórico ou à teoria e história da literatura. Com relação à primeira, desenvolvem-se no âmbito da linha estudos sobre teorias, métodos e escritas por meio das quais o pensamento histórico vem sendo construído e atravessado pelas questões da cultura, da sociedade, da política, da economia e do poder. Com relação à segunda, oportuno dizer que a ficção, com seus diferentes gêneros e fundamentos, abrange dispositivos regulados a partir de programas estabelecidos para hierarquizar os artefatos culturais segundo critérios e arranjos provisórios. Convém reconhecer a possibilidade de historicizar os artifícios e suas diferentes aplicações. Os critérios subjacentes a tais campos e questões explicitam as relações de poder de forma sistemática, a depender das práticas que as conformam e que delas se desdobram.

 

Referências:

 

BACZKO, B. Imaginação Social/ Utopia. In: Enciclopédia Einaudi, v. 5, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.

BAPTISTA, A. B. Autobibliografias. Campinas: EdUnicamp, 2003

CARNEIRO, D. F.; VENDRAME, M. I. Espaços, escalas e práticas sociais na micro-história italiana. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2021.

CHALHOUB, S.; PEREIRA, L. A. de M. (org.) A História Contada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

CHARTIER, R. A ordem dos livros. Brasília: Ed. UNB, 2017

COWLING, C. Concebendo a liberdade: Mulheres de cor, gênero e a abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2018.

GINZBURG, C. Nenhuma ilha é uma ilha. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

KOSELLECK. R. Futuro Passado. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006.

MORETTI, F. A cultura do romance. São Paulo: Cosac Naif. 2003

MORRISON, T. A origem dos outros: seis ensaios sobre racismo e literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

PORTELLI, A. História Oral como arte da escuta. Letra & Voz, 2018.

SCOTT, R. J. HÉBRARD, J. M. Provas de liberdade: uma odisseia atlântica na era da emancipação. Campinas: Ed. Unicamp, 2014.

THOMPSON, E. P. Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

VENDRAME, M. I.; KARZBURG, A. Micro-história: um método em transformação. São Paulo: Letra & Voz, 2020.

VENDRAME, M. I.; KARZBURG, A. Territórios da História: o micro, o local e o global. São Paulo: Alameda, 2023

 

 

Uberlândia, 30 de janeiro de 2024

 

CARLA MIUCCI FERRARESI DE BARROS

Coordenadora do Programa de Pós-graduação em História

Portaria de Pessoal UFU Nº 3111


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Documento assinado eletronicamente por Carla Miucci Ferraresi de Barros, Coordenador(a), em 30/01/2024, às 17:39, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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Referência: Processo nº 23117.006202/2024-39 SEI nº 5146363