UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em História

Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1H, Sala 1H50 - Bairro Santa Mônica, Uberlândia-MG, CEP 38400-902
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Timbre

Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

Componente Curricular:

Teorias da História

Unidade Ofertante:

Instituto de História

Código:

MH121

Período/Série:

1

Turma:

U

Carga Horária:

Natureza:

Teórica:

60h

Prática:

 

Total:

60h

Obrigatória:

      ( x )

Optativa:

        (  )

Professor(A):

Amon Pinho

Ano/Semestre:

2022/1º

Observações:

 

 

EMENTA

Estudo das vertentes teóricas da historiografia nacional e internacional em correlação direta e objetiva com os campos de atuação das linhas de pesquisa “Linguagens, identidades e subjetividades”, “História, territorialidades e diversidades” e “Práticas culturais e relações de poder”. Discussão e problematização dos autores clássicos e das perspectivas contemporâneas sobre as teorias e escritas da História, bem como sua importância para o desenvolvimento das investigações empreendidas nas linhas.

JUSTIFICATIVA

Numa disciplina cuja ementa versa sobre as teorias e escritas da história, ocuparmo-nos das relações entre história, filosofia, poética e retórica, a partir de um recorte afinado com a questão da linguagem na atualidade do debate teórico-historiográfico, justifica-se, em primeiro lugar, pela reflexão e problematização que centralmente ensejam a propósito dos processos de elaboração e apresentação do discurso produzido pelos historiadores em sua tarefa de investigar, representar e dar a conhecer o passado desde um tempo presente determinado, entendido como lugar social de produção de sentido. Trata-se, numa palavra, de acercarmo-nos analiticamente das condições de produção desse constructo a que chamamos historiografia, isto é, das escritas da história consideradas em sua pluralidade, ou, melhor dizendo, consideradas no âmbito de diferentes historicidades, regimes historiográficos, correntes teóricas,  procedimentos empíricos e estratégias discursivas.

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Analisar os conceitos de história e os debates teórico-metodológicos e historiográficos os mais relevantes, refletindo criticamente acerca dos grandes temas e questões que se põem como transversais às investigações desenvolvidas no âmbito das linhas de pesquisa do programa e respectivas modalizações.

Objetivos Específicos:

Tomando como ponto de partida a síntese que, na esteira de Reinhart Koselleck, François Hartog propõe para a questão da narrativa historiográfica na história do milenar pensamento histórico ocidental, o objetivo desta disciplina, tal como ora concebida, consiste em examinarmos os aspectos teóricos, metodológicos, poéticos e retóricos das concepções e escritas da história na antiguidade e na contemporaneidade, ora convergindo ora divergindo das principais teses hartoguianas, à luz do conhecimento, confrontação e estudos de caso de autores tão diversificados, idearia e epocalmente falando, quanto indiscutivelmente referenciais.

PROGRAMA

I. François Hartog e a questão da narrativa histórica I: Um percurso pela história do milenar pensamento histórico ocidental;

II. Filosofia, poética e história em Aristóteles;

III. A história como construção de erga (fatos) e logoi (palavras). Cícero e a concepção retórica de história no mundo antigo: docere, delectare, movere;

IV. Reinhart Koselleck e a tese da dissolução do tópos de longa duração histórica da Historia magistra vitae: Modernidade, filosofias da história, Escola Histórica Alemã e o processo de autonomização da história (Geschichte) enquanto singular coletivo;

V. Humboldt, Ranke, Droysen e a formulação de um conceito mais elevado de história, perante a filosofia e poética aristotélicas. A história entre arte e ciência;

VI. Escritas da história e estudos de caso:

- Luciano de Samósata, Como se deve escrever a história;

- Charles Langlois e Charles Seignobos, Introdução aos estudos históricos;

- Hayden White, Meta-história e Trópicos do discurso;

- Carlo Ginzburg, Relações de força: história, retórica, prova;

VII. Compte-rendu: François Hartog e a questão da narrativa histórica II. Convergências e divergências desde o estudo direto dos autores considerados;

VIII. Considerações finais: Para além das guinadas retórica e subjetiva contemporâneas. Por sínteses teórico-historiográficas mais fecundas, desafiantes e ricas.

METODOLOGIA

Aulas expositivas dialogadas; leitura, análise e discussão, em seminários, de textos de autores referenciais.

Para a realização das atividades síncronas, com carga horária de 34 horas, utilizaremos a plataforma de videoconferências Cisco Webex Meetings ou símile. Para a transmissão de informações e materiais relativos à disciplina, faremos uso de correio eletrônico.

As atividades assíncronas, cuja carga horária será de 26 horas, se concretizarão 1) no estudo de textos da bibliografia abaixo especificada; 2) na preparação de exposição para participação em seminário; e 3) na elaboração de um trabalho escrito individual.

AVALIAÇÃO

A avaliação consistirá 1) na realização de uma apresentação oral, em forma de seminário, a partir de textos da bibliografia da disciplina, e 2) na elaboração de um trabalho escrito individual, no qual os alunos(as) desenvolvam uma reflexão em forma de dissertação, objetivando sistematizar os estudos realizados no transcorrer do semestre.

As notas serão atribuídas às apresentações nos seminários e aos trabalhos escritos, e os critérios de avaliação aferirão o domínio dos textos, temas, questões e autores mobilizados; a organização, articulação e clareza das ideias; a coerência, coesão, correção e objetividade na formulação e expressão orais ou escritas.

Como parâmetro para a redação do trabalho, tenha-se em conta as seguintes indicações: fonte times new roman, tamanho 12, espaçamento entrelinhas 1.5, com extensão de três páginas, sem contar o espaço destinado às referências bibliográficas.

Especificação da Atividade Avaliativa

Datas de entrega

Valor atribuído

Seminários

A combinar

Até 30 pontos

Trabalho escrito

15/07

Até 70 pontos

BIBLIOGRAFIA

BÁSICA

ARISTÓTELES. Poética. 4.a ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011.

GINZBURG, Carlo. Relações de força: História, retórica, prova. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

HARTOG, François. Evidência da história. O que os historiadores veem. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2011.

______ (org.). A história de Homero a Santo Agostinho. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

HUMBOLDT, Wilhelm von. Sobre a tarefa do Historiador. In: MARTINS, Estevão de Rezende (org.). A História pensada: Teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2010.

KOSELLECK. Reinhart. Futuro Passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006.

LANGLOIS, Charles-Victor; SEIGNOBOS, Charles. Introdução aos estudos históricos. São Paulo: Editora Renascença, 1944.

MACHADO, Ronaldo Silva. História e Poesia na Poética de Aristóteles. Mneme. Revista de Humanidades, v. 1, n.º 1, ago./set. 2000.

RANKE, Leopold von. O conceito de história universal (1831). In: MARTINS, Estevão de Rezende (org.). A História pensada: Teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2010.

SAMÓSATA, Luciano de. Como se deve escrever a história. Belo Horizonte: Tessitura, 2009.

______. Luciano [V]. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013.

TEIXEIRA, Felipe Charbel. Uma construção de fatos e palavras: Cícero e a concepção retórica da História. Vária História, vol. 24, n.º 40, jul./dez. 2008.

WHITE, Hayden. Trópicos do discurso: Ensaios sobre a Crítica da Cultura. 2.ª ed. São Paulo: EDUSP, 2001.

COMPLEMENTAR

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. História, a arte de inventar o passado: Ensaios de teoria da história. Bauru, SP: EDUSC, 2007.

______. O tecelão dos tempos: novos ensaios de teoria da história. São Paulo: Intermeios, 2019.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2000.

ARISTÓTELES. Retórica. 2.ª ed. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2005. (Obras Completas de Aristóteles, v. VIII, t. I)

ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A Poética Clássica. 12.ª ed. São Paulo: Cultrix, 2005.

ARÓSTEGUI, Julio. A pesquisa histórica: Teoria e método. Bauru, SP: EDUSC, 2006.

ASSIS, Arthur. A teoria da história de Jörn Rüsen: Uma introdução. Goiânia: Editora UFG, 2010.

______. A didática da história de J. G. Droysen: constituição e atualidade. Revista Tempo, v. 20, 2014, p. 1-18.

AURELL, Jaume; BALMACEDA, Catalina; BURKE, Peter; SOZA, Felipe. Comprender el pasado: una historia de la escritura y el pensamiento histórico. Madri: Ediciones Akal, 2013.

BACZKO, Bronislaw. Imaginação Social. In: Enciclopédia Einaudi, v. 5, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.

______. Utopia. In: Enciclopédia Einaudi, v. 5, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

______. La aventura semiológica. 2.ª ed. Barcelona: Paidós, 1993.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. 7.a ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BERISTÁIN, Helena. Diccionario de Retórica y Poética. 7.ª ed. México: Editorial Porrúa, 1995.

BIEDA, Esteban. Lógos, persuasión y poder en la tragedia griega. In: LIVOV, Gabriel; SPANGENBERG, Pilar. La palabra y la ciudad: retórica y política en la Grecia Antigua. Buenos Aires: La Bestia Equilátera, 2012.

BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

BOURDÉ, Guy & MARTIN, Hervé. As Escolas Históricas. Mem Martins, Portugal: Publicações Europa-América, 1990.

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CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História: Ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

______(orgs.). Novos Domínios da História. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

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CATROGA, Fernando. Os passos do homem como restolho do tempo: memória e fim do fim da história. Coimbra: Almedina, 2009.

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DROYSEN, Johann Gustav. Manual de Teoria da História. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

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PARADA, Maurício (org.). Historiadores: clássicos da História, 4 vols. Petrópolis, RJ: Vozes; Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2012-2018.

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PESAVENTO, Sandra Jatahi. História e História Cultural. 3.ª ed. Belo Horizonte: Minas Gerais, 2012.

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PIRES, Francisco Murari. Mithistória, 2 vols. 2.ª ed. São Paulo: Humanitas, 2006.

PLEBE, Armando. Breve história da retórica antiga. São Paulo: EPU: EDUSP, 1978.

POMIAN, Krzysztof. Sobre la historia. Madrid: Ediciones Cátedra, 2007.

PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.

REBOUL, Olivier. Introdução à retórica. 2.ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

REIS, José Carlos. História & Teoria: Historicismo, modernidade, temporalidade e verdade. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2007.

______. A História, entre a Filosofia e a Ciência. 3.ª ed. Belo Horizonte: Autêntica: 2006.

______. História da “consciência histórica” ocidental contemporânea: Hegel, Nietzsche, Ricoeur. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2011.

RÉMOND, René (org.). Por uma história política. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.

RETÓRICA a Herênio. São Paulo: Hedra, 2005.

REVEL, Jacques (org.). Jogos de escalas: A experiência da microanálise. Rio de Janeiro: FGV, 1998.

______. História e historiografia: exercícios críticos. Curitiba: Editora UFPR, 2010.

______. Proposições. Ensaios de história e historiografia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2009.

RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa, 3 vols. São Paulo: Wmf Martins Fontes, 2010.

______. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora da UNICAMP, 2007.

______. A metáfora viva. São Paulo: Loyola, 2000.

RÜSEN, Jörn. Razão histórica: fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora UnB, 2001.

______. Teoria da história: uma teoria da história como ciência. Curitiba: Editora UFPR, 2015.

SALOMON, Marlon (org.). Heterocronias: estudos sobre a multiplicidade dos tempos históricos. Goiânia: Edições Ricochete, 2018.

SARLO, Beatriz. Cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

SEIXAS, Jacy Alves de. Comemorar entre memória e esquecimento: reflexões sobre a memória histórica. História: Questões e debates, Curitiba, Editora da UFPR, n. 32, jan.-jun. 2000.

______. Os tempos da memória: (des)continuidade e projeção. Uma reflexão (in)atual para a história? Projeto História, São Paulo, n. 24, jun. 2002.

______. Percursos de memórias em terras de história: problemáticas atuais In: BRESCIANI, Stella; NAXARA, Márcia (orgs.). Memória e (res)sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Editora da Unicamp, 2001.

SINKEVISQUE, Eduardo. O estilo em Como se deve escrever a história, de Luciano. Nuntius Antiquus, vols. VIII, n.º 2, jul.-dez. 2012, e IX, n.º 1, jan.-jun. 2013.

SPINA, Segismundo. Introdução à poética clássica. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

THOMPSON, Edward. A miséria da teoria ou um planetário de erros (uma crítica ao pensamento de Althusser). Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981.

______. As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001.

TUCÍDIDES. História da guerra do Peloponeso. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

VEYNE, Paul. Como se escreve a história e Foucault revoluciona a história. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1982.

WEHLING, Arno. A Invenção da História: Estudos sobre o Historicismo. Rio de Janeiro: Editora Gama Filho, 2001.

WHITE, Hayden. Meta-história: A imaginação histórica do século XIX. São Paulo: Edusp, 1992.

______. A questão da narrativa na teoria histórica contemporânea. In: NOVAIS, Fernando A.; SILVA, Rogerio Forastieri da (orgs.). Nova História em perspectiva, vol. 1. São Paulo: Cosac Naify, 2011.

WILLIAMS, Raymond. Cultura e materialismo. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

______. Palavras-chave: um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo, 2007.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Atividades Síncronas

DATAS

As atividades síncronas ocorrem sempre às quintas-feiras, nas datas abaixo indicadas, entre 19:30 e 21:30 horas, perfazendo 34 horas de carga horária. A plataforma de TI utilizada é o Cisco Webex Meetings ou símile.

17/03

Apresentação do plano de ensino e introdução às temáticas principais da disciplina.

24 e 31/03

François Hartog e a questão da narrativa histórica: Um percurso pela história do milenar pensamento histórico ocidental.

Texto 1: HARTOG, François. Evidência da história. O que os historiadores veem. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2011.

07/04

Filosofia, poética e história em Aristóteles.

Textos 2 e 3:

ARISTÓTELES. Poética. 4.a ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011;

MACHADO, Ronaldo Silva. História e Poesia na Poética de Aristóteles. Mneme. Revista de Humanidades, v. 1, n.º 1, ago./set. 2000.

14/04

A história como construção de erga (fatos) e logoi (palavras). Cícero e a concepção retórica de história no mundo antigo: Docere, delectare, movere.

Textos 4 e 5:

CÍCERO, Marco Túlio. Do Orador; Ad Familiares. In: HARTOG, François (org.). A história de Homero a Santo Agostinho. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

TEIXEIRA, Felipe Charbel. Uma construção de fatos e palavras: Cícero e a concepção retórica da História. Vária História, vol. 24, n.º 40, jul./dez. 2008.

21/04

Feriado Tiradentes.

28/04 e 05/05

Reinhart Koselleck e a tese da dissolução do tópos de longa duração histórica da Historia magistra vitae: Modernidade, filosofias da história, Escola Histórica Alemã e o processo de autonomização da história (Geschichte) enquanto singular coletivo.

Texto 6: KOSELLECK. Reinhart. Futuro Passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006.

12 e 19/05

Humboldt, Ranke, Droysen e a formulação de um conceito mais elevado de história, perante a filosofia e poética aristotélicas. A história entre arte e ciência.

Textos 7 e 8:

HUMBOLDT, Wilhelm von. Sobre a tarefa do Historiador. In: MARTINS, Estevão de Rezende (org.). A História pensada: Teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2010.

RANKE, Leopold von. O conceito de história universal (1831). In: MARTINS, Estevão de Rezende (org.). A História pensada: Teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2010.

26/05

Escritas da história e estudos de caso: Luciano de Samósata

Texto 9: SAMÓSATA, Luciano. Como se deve escrever a história. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013.

02/06

Escritas da história e estudos de caso: Charles Langlois e Charles Seignobos

Texto 10: LANGLOIS, Charles-Victor; SEIGNOBOS, Charles. Introdução aos Estudos Históricos. São Paulo: Editora Renascença, 1944.

09 e 23/06 (16/06 - Feriado Corpus Christi)

Escritas da história e estudos de caso: Hayden White

Texto 11: WHITE, Hayden. Trópicos do discurso: Ensaios sobre a Crítica da Cultura. 2.ª ed. São Paulo: Edusp, 2001.

30/06 e 01/07

Escritas da história e estudos de caso: Carlo Ginzburg

Texto 12: GINZBURG, Carlo. Relações de força: História, retórica, prova. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

08/07

Compte-rendu. Considerações finais.

15/07

Entrega dos trabalhos escritos.

 

Atividades Assíncronas

As atividades assíncronas, com carga horária de 26 horas, consistirão em estudos, leituras e realização de trabalhos. Os textos que compõem a bibliografia básica da disciplina serão enviados diretamente para o e-mail dos discentes matriculados.

 

APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______

 


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Documento assinado eletronicamente por Amon Santos Pinho, Professor(a) do Magistério Superior, em 13/06/2022, às 09:28, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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Referência: Processo nº 23117.086625/2021-81 SEI nº 3253649