SEI/UFU - 3018399 - Ficha de Componente Curricular

Nesta disciplina, o aluno deverá avaliar as diferentes cadeias produtivas e processamento dos alimentos, identificando os produtos principais, os coprodutos e resíduos. Através desta análise, irá conhecer as técnicas de obtenção e aproveitamento dos coprodutos e resíduos, saber diferenciá-los em um processo, além de dominar os conceitos de reciclagem, upcycling e questões ambientais e econômicas envolvidas. A partir desses conceitos, o futuro profissional poderá propor alternativas para a minimização de resíduos, o aproveitamento efetivo e sustentável de todos os elementos gerados no sistema, gerando novos produtos e valorizando os resíduos agroindustriais, baseado na utilização dos princípios das Tecnologias Limpas.

O aluno deverá conhecer os principais elementos envolvidos na cadeia produtiva de alimentos, especificar as particularidades e necessidades de cada alimento, com base na análise de ciclo de vida do produto. Além de compreender as interações multidisciplinares que podem ocorrer entre geração de matérias-primas e de processos sustentáveis; compreender a necessidade da regulamentação (Legislação) nesta área, de maneira que o aluno terá desenvolvido as seguintes competências:

Inovar no processamento de alimentos, além de identificar os processos e equipamentos adequados ao fluxograma industrial de obtenção de alimentos de forma ecologicamente correta, desenvolver equipamentos para este fim, monitorar e controlar a qualidade desde a matéria prima até o produto final, ao mesmo tempo que pode propor alternativas, reduzindo a geração de resíduos e assim implementando as tecnologias limpas, respeitando as normas de segurança no trabalho.

Além disso, a disciplina torna o aluno capaz de desenvolver produtos e coprodutos de acordo com cada tipo de cadeia produtiva, de acordo com as técnicas adequadas às suas transformações, importante para resolver problemas, propor soluções e melhorias, e sobretudo, desenvolver novos produtos, inclusive com alegações funcionais.

O futuro profissional terá capacidade de propor pesquisas para solucionar erros no processo, para elaborar e ministrar treinamentos para colaboradores e profissionais da área de Tecnologias Limpas, visando a qualidade dos alimentos, de acordo com conceitos de engenharia, ciência e tecnologia de alimentos vistos na Universidade e relacionados com problemas práticos vivenciados no cotidiano. Através desse conhecimento, analisar de maneira lógica sistemas, produtos ou processos envolvendo os alimentos, de forma a garantir positivamente o impacto social, econômico e ambiental.

No exercício da profissão, este será capaz de emitir laudos, pareceres e relatos técnicos, trabalhando de forma ética e colaborativa no exercício da Engenharia de Alimentos, aplicando adequadamente os aspectos legais inerentes à profissão, através de órgãos regulamentadores nacionais e internacionais, ao mesmo tempo que se encontrará integrado aos setores acadêmicos, incentivado a adquirir novos conhecimentos de forma autônoma, atendendo assim às demandas do mercado de trabalho.

Análise dos sistemas de produção de alimentos e sua relação com as principais cadeias produtivas. Definição e classificação de produtos, coprodutos e resíduos do processamento de alimentos. Potencial tecnológico e aproveitamento de coprodutos de origem animal e vegetal. Importância econômica, social e impacto ambiental do aproveitamento de resíduos. Desenvolvimento de novos produtos, upcycling, reciclagem e tratamentos para coprodutos e resíduos sólidos e líquidos. Viabilidade mercadológica e aceitação dos produtos desenvolvidos.

1.1. Análise das principais cadeias produtivas;
1.2. Elos de produção de alimentos e elementos envolvidos no processamento;
1.3. Análise de perdas e desperdícios;

2.1. Definição e classificação;
2.2. Viabilidade de utilização;
2.3. Identificação de cada elemento e soluções para problemas na indústria de alimentos.

3.1. Avaliação do potencial tecnológico dos coprodutos;
3.2. Processos tecnológicos para o aproveitamento de coprodutos para a indústria alimentícia;
3.3. Desenvolvimento de novos produtos.

4. Aproveitamento de resíduos de origem animal e vegetal na elaboração de coprodutos

4.1. Tratamento de resíduos sólidos e líquidos;
4.2. Reciclagem e upcycling;
4.3. Desenvolvimento de novos produtos.

5. Impactos envolvidos no aproveitamento de resíduos e geração de coprodutos

5.1. Importância econômica e viabilidade mercadológica;
5.2. Importância social;
5.3. Impacto ambiental, uso da energia e da água nos processos;
5.4. Avaliação do ciclo de vida de um produto;
5.5. Rastreabilidade e sustentabilidade;
5.6. Políticas públicas e Legislação;
5.7. Aspectos toxicológicos e de segurança de alimentos para o consumo;
5.8. Aceitação dos produtos desenvolvidos.

KOBLITZ, M. G. B. Matérias-Primas Alimentícias - Composição e Controle de Qualidade. Editora Guanabara Koogan, 2011.

PARDI, M. C.; SANTOS, I. F.; SOUZA, E R.; PARDI, H. S. Ciência, higiene e tecnologia da carne. Goiânia: UFG, 1993-1996. v.2.

BAXTER, M. Projeto de produto: guia prático para o design de novos produtos. 3ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2011. 344 p.

GOBE, A.C.; MOREIRA, J.C.T.; PEREZ, M.C.; CARRAMENHA, P.R.C.; PASQUALE, P.P. Gerência de produtos. São Paulo: Saraiva, 2004. 258 p.

PAIVA, Ed Carlo Rosa. Gestão de resíduos sólidos orgânicos: compostagem : variáveis de projeto e operação. Saarbrücken: Novas Edições Acadêmicas, 2014. 150 p., il. Inclui bibliografia. ISBN 9783639685381 (broch.).

ROZENFELD, H; FORCELLINI, F.A.; TOLEDO, J.C.; AMARAL, D.C.; ALLIPRANDINI, D.H.; SACLICE, R.K.;TOLEDO, J.C.; SILVA, S.L.; Gestão do Desenvolvimento de produtos. Uma referência para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006. 577 p.

Documento assinado eletronicamente por Ricardo Amâncio Malagoni, Diretor(a), em 11/11/2021, às 10:45, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

Documento assinado eletronicamente por Jader Conceição da Silva, Coordenador(a), em 11/11/2021, às 16:24, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

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