Plano de Ensino

IDENTIFICAÇÃO

EMENTA

Definição de extensão. A extensão na UFU.

JUSTIFICATIVA

A disciplina se justifica não somente socialmente, mas como também legalmente, pois o DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004 assegura o direito de acesso aos prédios públicos a qualquer cidadão. Além disso, ainda existem as normas NBR 9050 (2015) e NBR 16537 (2016) que tratam do assunto. Porém, acima de tudo, o projeto da disciplina se justifica pela necessidade da inclusão social de todos os cidadãos, sendo a calçada uma construção que todas as pessoas devem utilizar em vários momentos do dia, independentemente da situação de saúde do usuário. A inclusão social tem um papel relevante na qualidade de vida das pessoas. Sob este aspecto, um ponto pouco explorado, mas não menos importante é a construção das calçadas urbanas. A calçada mal dimensionada, mal construída ou com elementos presentes podem simplesmente dificultar a movimentação de um cidadão hígido. Porém, quando se trata de um cadeirante, pessoas com limitações motoras, idosos ou deficientes visuais dentre outros, a calçada pode ser fator impeditivo para a movimentação normal desta população, muitas vezes obrigando o indivíduo com alguma dificuldade motora a realizar o desvio para a pista de rolamento, ocasionando riscos desnecessários à vida, ou pior ainda, causando quedas em idosos que podem ser fatais. O projeto contará com a participação de profissionais da UFU e externos a UFU das áreas Médica, Fisioterapia e Engenharia Biomédica, entidades que cuidam de pessoas com deficiência locomotora (principalmente Parkinson e cadeirantes). O projeto será divido em etapas e cada etapa será discutida com os docentes, profissionais da área e indivíduos com deficiência locomotora, para adequação das coletas de dados e possíveis alterações nas calçadas. Assim, esse projeto busca analisar algumas quadras de cidades, à escolha do estudante, no intuito de verificar erros, acertos e possíveis modificações nas calçadas para adequações visando a acessibilidade de pessoas com deficiência. As ações deste projeto serão desenvolvimentos no âmbito do componente curricular ATIVIDADES CURRICULARES DE EXTENSÃO I do Curso de Graduação em Engenharia Biomédica da UFU. Espera-se que ao final do projeto haja uma integração entre estudantes e profissionais, e os saberes adquiridos ampliem o conhecimento dos participantes, despertando consciência crítica e prática.

OBJETIVO

PROGRAMA

1) Análise da legislação relativa à construção de calçadas:

a) NBR 9050 (2015)

b) NBR 16537 (2016)

c) DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004

d) LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000

e) LEI Nº 13.146 DE 06 DE JULHO DE 2015

2) Verificação in-loco da legislação

a) Avaliação de calçadas

b) Palestra sobre as análises das calçadas

c) Material para divulgação

METODOLOGIA

Os participantes serão divididos em grupos e cada grupo será responsável em verificar 1 quadra diferente por semana, medindo, identificando e analisando possíveis pontos que podem tornar difícil a locomoção de indivíduos com algum tipo de deficiência. Esses pontos devem ser identificados por meio de fotos e medidas de acordo com a legislação existente, ou o bom senso dos grupos.

Todas as esquinas devem ser fotografadas, independentemente da situação legal. Cada ponto identificado pelos grupos deve ser discutido e possíveis soluções devem ser apresentadas por meio de um vídeo que deve ser gravado mensalmente, isso significa que o vídeo mensal deve ser relativo a 4 quadras.

Para a realização do projeto de extensão, serão convidados a participarem profissionais e entidades relacionadas a quedas e problemas motores. Assim, serão convidados médicos geriatras, fisioterapeutas, associações de Parkinson e associações de cadeirantes, a participação destas entidades e profissionais será por meio de auxílio nos ajustes e alterações de calçadas. Esses profissionais e entidades auxiliarão na análise das não-conformidades das calçadas, bem como nas possíveis alterações e melhorias, expondo aos estudantes do projeto os problemas que podem ser ocasionados a indivíduos com problemas motores ou idosos. A intervenção destes profissionais será no momento de apresentação do vídeo final nas associações, ocasionando um momento de troca de conhecimento com a sociedade, discutindo as não-conformidades das calçadas e soluções apresentados pelos participantes.

Link para ingresso no Teams:

https://teams.microsoft.com/l/team/19%3aq44ZYN1fzQksxnl55or2GHHb4lgfXsUPMNtjQ3qLMTE1%40thread.tacv2/conversations?groupId=3a7e6eb8-cac2-4184-8b93-31c06e828f15&tenantId=cd5e6d23-cb99-4189-88ab-1a9021a0c451

Cronograma de Execução

Apresentação dos resultados

Terça-feira – 14hs – 15hs (Sala 3N317 ou 3N201)

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada por meio dos vídeos mensais, finalizando com a apresentação final dos projetos nas associações, a ser realizada até o dia 19/04/2024.

As notas serão as seguintes:

· Vídeos (3 vídeos)

o Vídeo 1- 18 pontos

o Vídeo 2 – 18 pontos

o Vídeo Final – 18 pontos

o Total – 54 pontos

· Apresentação do vídeo final - 46 pontos

Não havendo nota numérica na disciplina, os estudantes serão: “Aprovado sem nota” – caso atinjam nota superior a 60, ou; “Reprovado” – caso obtenham uma nota inferior a 60.

Obs.: na apresentação final a ser realizada entre os dias 01/04/2024 e 19/04/2024, todos os membros do grupo devem estar presentes e fazer parte da apresentação, o estudante que não comparecer e não participar ativamente na apresentação (falar sobre o tema) receberá nota zero (0).

*Vídeos:

1 – O primeiro vídeo deve ter a duração de no mínimo 10 minutos para contemplar a legislação a ser estudada e as 4 quadras analisadas no período;

2 – O segundo vídeo deve ter a duração de no mínimo 5 minutos, pois deve contemplar apenas as 4 quadras analisadas no período;

3 – O vídeo final (terceiro vídeo) deve ter a duração de no mínimo 15 minutos, para contemplar as principais observações das calçadas e as possíveis soluções, contemplando todas as 12 quadras analisadas;

4 – Em todos os vídeos todos os membros do grupo devem ter participação na fala apresentando conteúdo sobre o tema abordado. Importante ressaltar que antes da abertura da participação do membro do grupo no vídeo, ele deve se apresentar (além da apresentação realizada no início do vídeo), caso algum membro não esteja presente receberá nota zero na atividade que se ausentar;

**Apresentação final:

1 – O resultado final deve ser apresentado na associação escolhida pelo grupo;

2 – A apresentação final pode ser por meio de slides ou a forma que o grupo julgar mais pertinente;

3 – Todos os membros do grupo devem fazer a apresentação, caso algum membro não esteja presente receberá nota zero nesta atividade;

4 – A confirmação do item anterior pode ser uma foto do grupo junto aos responsáveis pela associação escolhida;

5 – A associação escolhida deve confirmar a apresentação (pode ser por meio de uma declaração da entidade).

BIBLIOGRAFIA

Básica

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9050/2015: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. BRASIL.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 16537: Acessibilidade - Sinalização tátil no piso - Diretrizes para elaboração de projetos e instalação. 2016. Rio de Janeiro, 2016.

BRASIL. Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 - DOU de 03/122004. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm>.

BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm

BRASIL, 2015, Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm

Complementar

ONÇA, Luciano Alves; CAMARGO, Eder dos Santos; PINHEIRO Alexandre, Cultura e extensão universitária : democratização do conhecimento, São João del-Rei : Malta, 2010.

FRANCIS, David George; GONÇALVES, Rogério; PESSÔA, Vera Lúcia Salazar.,Comunicação profissional : o ensino, a extensão e a pesquisa como práticas de construção do conhecimento, Uberlândia : UNIMINAS, 2004.

MACIEL, Alderlandia da Silva. A universidade e o princípio da indissociabilidade: entre ensino, pesquisa e entensão : utopia ou realidade?. Rio Branco: EDUFAC, 2018. 181 p., il. Inclui bibliografia. ISBN 9788582360859.

FRAGA, Lais Silveira. Transferência de Conhecimento e Suas Armadilhas na Extensão Universitária Brasileira. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, Campinas, Unicamp, v. 22, n. 2, p. 403-419, 2017.

CHERRY, Colin. A comunicação humana: uma recapitulação, uma vista de conjunto uma critica. 2.ed São Paulo: Cultrix, 1974. 500p., il.

APROVAÇÃO

Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______

Coordenação do Curso de Graduação: _________________________

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Documento assinado eletronicamente por Adriano Alves Pereira, Professor(a) do Magistério Superior, em 12/01/2024, às 12:03, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

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A autenticidade deste documento pode ser conferida no site https://www.sei.ufu.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 5098519 e o código CRC 4571A18E.

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