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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Rua Vinte, 1600 - Bairro Tupã, Ituiutaba-MG, CEP 38304-402 |
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Plano de Ensino
IDENTIFICAÇÃO
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EMENTA
Estudo de processos históricos e produções historiográficas referentes a temas – políticos, sociais, culturais etc. – da história do Brasil.
JUSTIFICATIVA
Não há dúvidas de que a escravidão africana no Brasil é uma das áreas do conhecimento histórico que mais avançaram em vários sentidos: fontes, temas e abordagens. A disciplina trará um panorama da produção historiográfica sobre o cativeiro africano no Brasil nas cinco últimas décadas, a chamada Nova Historiografia da Escravidão, examinando os principais debates relacionados à história social e contrariando a coisificação e/ou o heroísmo atribuído aos trabalhadores escravizados. Os diversos significados atribuídos aos conceitos: trabalho livre, trabalho compulsório e trabalho escravizado; protesto, resistência, família escrava, alforria e identidade serão alvo da análise. Reflexão crítica sobre a produção recente na área, situando os deslocamentos temáticos e os enfrentamentos teóricos mais importantes da historiografia contemporânea.
OBJETIVO
Objetivo Geral: |
- Ler e discutir a produção historiográfica sobre a História do Brasil. |
Objetivos Específicos: |
- Refletir sobre a questão da memória na historiografia brasileira; - Debater os variados temas culturais na historiografia brasileira; - Discutir a questão do gênero na historiografia brasileira. |
PROGRAMA
Unidade I - Escravidão negra na História do Brasil.
1.1. O marxismo nas análises das sociedades escravistas.
1.2. Balanços historiográficos: décadas de 1970 a 2000
1.3. A influência de E.P. Thompson nas análises da escravidão africana no Brasil
Unidade II: Família Escrava, Protesto, Resistência e Negociação
2.1. As diversas visões sobre a família escrava.
2.2. Os africanos escravizados no Brasil: entre negociações e resistências.
Unidade III: Alforrias, Abolição e a precarização da liberdade.
4.1. Visões da liberdade na escravidão.
4.2. Abolições e a precarização da liberdade.
METODOLOGIA
A disciplina será desenvolvida com exposições dialogadas baseadas nos textos teóricos e metodológicos selecionados, apresentação de trabalhos e atendimentos individuais ou em grupo. Serão 15 (quinze) encontros presenciais às quartas-feiras das 19h00min. às 22h30min. entre os dias 08/01/2024 e 09/05/2024. Na primeira aula serão apresentados o plano de ensino, a dinâmica da disciplina e as formas de avaliação. O ambiente da disciplina na plataforma Moodle (https://www.moodle.ufu.br) será utilizada para atividades assíncronas tais como: roteiros de leitura, cine debate e entrega das atividades avaliativas escritas não presenciais. Os atendimentos individuais ou em grupo deverão ser agendados no e-mail: carloseduardo.araujo@ufu.br. Eventualmente, poderemos utilizar a plataforma RNP (https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/carlos-eduardo-moreira-de-araujo) para atividades síncronas, tais como, a recepção na disciplina de profissionais na área da educação antirracista e do ensino de História. Os roteiros de leitura serão baseados na bibliografia específica das temáticas de pesquisa apresentadas e discutidas ao longo das aulas.
AVALIAÇÃO
- Avaliação 1: Fichamento de um dos livros listados abaixo. Entrega no ambiente da disciplina na plataforma Moodle (https://www.moodle.ufu.br). Valor: 40 pontos. Data: até 27/03/2024.
Critérios avaliativos: Correção ortográfica; coerência textual; articulação entre as questões principais das bibliografias levantadas, utilização de citação bibliográfica e registro das referências.
Lista das obras para o Fichamento:
GOMES, Flávio dos Santos. História de Quilombolas: mocambos e comunidades de senzalas no Rio de Janeiro, século XIX. Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Cia das Letras, 2006.
MAC CORD, Marcelo; ARAÚJO, Carlos Eduardo Moreira de; GOMES, Flávio dos Santos (org.). Rascunhos cativos: educação, escolas e ensino no Brasil escravista. Rio de Janeiro: 7Letras, 2017.
MARQUESE, Rafael de Bivar. Feitores de corpo, missionários da mente: senhores, letrados e o controle dos escravos nas Américas, 1660-1860. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835. 3.ed. Revista e Ampliada. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
SCHWARTZ, Stuart B. Escravos, roceiros e rebeldes. Bauru: EDUSC, 2001.
SECRETO, María Verônica; GOMES, Flávio dos Santos (org.). Territórios ao sul: escravidão, escritas e fronteiras coloniais e pós-coloniais na América. Rio de Janeiro: 7Letras, 2017.
- Avaliação 2: Apresentação e Comentário de 2 (dois) textos livremente selecionados ao longo da disciplina. Data: ao longo do semestre. Valor: 20 pontos.
Critérios avaliativos: Correção ortográfica; coerência textual; articulação entre as questões principais dos textos discutidos; confecção de slides; utilização de citação bibliográfica e registro das referências utilizadas nos slides e no comentário
- Avaliação 3: Prova escrita, individual, presencial e sem consulta com base nos conteúdos e materiais trabalhados na disciplina. Valor: 40 pontos. Data: 03/04/2024.
Critérios avaliativos: Correção ortográfica; coerência textual; utilização de citação bibliográfica e registro das referências; articulação entre as questões principais dos textos levantados nos debates em sala.
Avaliação de Recuperação (AVR): Atendendo ao artigo 141 da Resolução CONGRAD 46/2022, a avaliação de recuperação da disciplina será uma Prova escrita, individual, presencial e sem consulta com base nos conteúdos e materiais trabalhados na disciplina. Valor: 40 pontos. Data: 17/04/2024.
Critérios avaliativos: correção ortográfica, coerência textual, articulação entre as discussões e textos da disciplina e destes com outras disciplinas, citação bibliográfica e registro das referências utilizadas.
BIBLIOGRAFIA
Básica
BRESCIANI, Stella; NAXARA, Márcia (Orgs.). Memória e (res)sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Ed. da UNICAMP, 2004.
CHALHOUB, Sidney Chalhoub; PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda (org.). A história contada: capítulos de história social da literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
DEL PRIORE, Mary. História das mulheres no Brasil. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2012.
Complementar
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 14. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
COURTINE, Jean-Jacques [et al.]. História do corpo. As mutações do olhar. O século XX. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX. 2. ed. rev. São Paulo: Brasiliense, 1995.
GRAHAM, Sandra Lauderdale. Caetana diz não: histórias de mulheres da sociedade escravista brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
PINTO, Célia Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003.
APROVAÇÃO
Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/____/______
Coordenação do Curso de Graduação: _________________________
Documento assinado eletronicamente por Carlos Eduardo Moreira De Araujo, Professor(a) do Magistério Superior, em 01/02/2024, às 12:16, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. |
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Referência: Processo nº 23117.001186/2024-98 | SEI nº 5152065 |